BILBAO, José Antonio (Asunción, 1919). Poeta paraguaio. Obtívo o título de adbogado em 1946, mas non chegou a exercer. “El claro arrobo” (1946), “Verde de umbral” (1953), “La estrella y la espiga” (1957) e “Cuaderno de bitácora” (1961), todos eles publicados em Buenos Aires, reflexam a sua alegría de viver e as suas profundas convicçóns relixiosas, especialmente notábeis nas suas églogas, que som a parte mais conhecida da sua obra. A pesar de que se manteve alonxádo dos outros membros da sua xeraçón (a de 1940), recebeu a influênça de Herib Campos Cervera.
BIANCHI, Edmundo (1880 – 1965). Autor de obras teatrais naturalistas, nascido no Uruguai. As suas primeiras indagaçóns na degradaçón moral e física da sociedade em que viveu, forom recebidas com algúm interese. Pronto perdeu o favor do público, porque non encontrou novos temas nem explorou diferêntes estilos. Durante a última parte da sua vida, viveu prácticamente esquecido de todos. As suas obras som “Futuro” (1902), “La quiebra” (1910), “Orgullo de pobre” (1912), “Perdidos en la luz” (1913), às quais seguirom, no segundo e pior período, “La senda oscura” e “El hombre absurdo” (ambas de 1932); A sua obra mais conhecida, “Los sobrevivientes” (Buenos Aires, 1942), estreáda em 1939; “La sinfonía de los héroes” (1940) e “El oro de los mártires” (1941).
BETANCOURT, José Victoriano (1813 – 1875). Ensaista cubano. Adbogado. Escrebeu mais de cinquenta ensaios de costûmes em xornais e revistas do seu país. Foi um humorista em muitos dos seus artígos, mas tomou muito em sério a reforma política e em 1868, tivo que exilar-se em Mêxico a raiz da sua participaçón no movimento revolucionário. Um dos seus ensaios mais característicos é “Los curros de Manglai”, onde descrebe a precária condiçón em que se encontram os negros, forçados ao crime ou ao roubo pola própria sociedade que os rechaza. Outros títulos som “Me quiero casar”, “El día de los ingleses” e “El médico pedante e las viejas cuaranderas”.
BERTRANA, Prudenci (Tordera, 1867 – 1941). Novelista, xornalista e autor teatral catalán. Estudou o “bachillerato” em Gerona e em 1855, realizou um curso de enxenharia industrial em Barcelona. Por volta de 1890, retornou a Gerona, onde se casou e teve de dedicar-se à pintura – que tinha sido a sua grande paixón da infância – para ganhar a vida. Ali, entrou em contacto com os círculos literários da cidade e publicou as suas primeiras novelas: “Josafat” (1906), ambientada na catedral de Gerona e na qual aparecem elementos naturalista e também do decadentismo; “Nàufrags” (1907), na que descrebe a paixón que sente um sacerdote pola sua prima, e “Tieta Claudina” (publicada em castelán em 1910, baixo o título de “Ernestina”, e em catalán em 1929), novela de folhetín. Em 1911, instalou-se definitivamente em Barcelona, onde dirixíu “L’Esquella de la Torratxa” e “La Campana de Gràcia”. Também escrebeu libros de narraçóns, entre os que destacam: “Crisàlides” (1907) e “Proses bàrbares” (1911). Em 1925 publicou unha das suas obras mais ambiciosas, “Jo! Memòries d’un metge filòsof”, cuxo protagonista é um ser inadaptado, polas constântes frustraçóns de non ser um “superhome”. Escrebeu, ainda por cima unha triloxía autobiográfica: “Entre la terra i els núvols” (L’hereu, 1931); “El vagabund”, 1933; “L’impenitent” (1948). As suas obras teatrais resultam menos interesantes: “Enyorada solitud” (1917), “Les ales d’Ernestina” (1921), etc…
BERTIS, Juan Felipe (San Salvador, 1837 – 1899). Humanista e literato salvadorenho que instaurou a cátedra de Literatura na Universidade de El Salvador. Em “Ciencia y literatura” (1941) forom editados trinta e cinco ensaios. Fervente católico, Bertis foi ordenado sacerdote e escrebeu intelixentes trabalhos sobre oratória clássica, especialmente sobre Cicerón e Demóstenes.
BERTINI, Giovanni Maria (Barcelona, 1900). Hispanista italiano e editor dos “Quaderni Ibero-Americani” (Turín), que começarom a publicar-se em 1946 patrocinados pola Associazione per i Rapporti Culturali con la Spagna, il Portogallo e l’America Latina. Entre as suas obras mais importântes poderemos citar “Fiore di romanze spagnole” (Módena, 1939), “Studi e ricerche ispaniche” (Milán, 1942), “Profilo estetico di Giovanni della Croce” (Venecia, 1944), “Poesie spagnole del 600” (Turín, 1950), “Romanze novellesche spagnole in America” (Turín, 1957) e, em colaboraçón com C. Acutis y P. L. Ávila, “La romanza spagnola in Italia” (Turín, 1970). Traducíu para italiano a “Historia de la literatura española” de Ángel Valbuena Prat e editou o “Oráculo manual” de Baltasar Gracián (Milán, 1954).
BERRO, Adolfo (Montevideo, 1819 – 1841). Primeiro poeta romântico uruguaio. Em 1839 o Tribunal Superior de Justicia nombrou-o asesor do defensor de escrávos; nesse mesmo ano escrebeu “La emancipación y mejora intelectual de las gentes de color”. Nas suas “Poesías” (1840) reuníu trabalhos de unha grande variedade temática como “El esclavo” e “La cárcel”, poemas sociais; “Ecos de la voz del Señor”, de tinte relixioso; românces como “Población de Montevideo” e românces históricos como “Yandabayú y Liropeya”, basada em um incidente protagonizado na Arxentina por Barco de Centenera. No prólogo declara a sua aspiraçón à simplicidade, à elegancia e à moralidade, tanto em meios como em fins. Ainda que a sua obra em ningúm momento alcânça unha madurez expressiva, está cheia de color, de vigor nas descripçóns, e o ritmo das suas poesías, especialmente dos românces, resulta notábel.
BERNAT I BALDOVÍ, Josep (Sueca, Valencia, 1810 – 1864). Escritor teatral. Depois de estudar dereito na Universidad de Valencia, foi nomeado xuíz e membro das Cortes pola sua terra natal em 1844. Fíxo-se popular através de unha larga série de artígos de costûmes publicados no “El Sueco”, “El Tabalet” e “La Donsagna”. As suas obras som notábeis, sobre tudo polo seu humor desagradábel e polo seu realismo vulgar, como “El Gafau” ou “El pretendiente labriego”, “La viuda i el escolá” e “Palaques y caragols” ou “La tertulia de Calau”. A sua aportaçón mais valiosa à literatura em fala catalán, som os seus “Miracles”, que revivem a tradiçón medieval de escenificar ao ar libre os milágres dos santos. “Los miracles” de Bernat están centrados na vida e obras de santo Vicente Ferrer. Entre os mais bonitos podem-se citar: “El rei moro de Granada” (publicado e estreádo em Valencia, 1860). Nel, o santo converte a Aldora, filha do rei mouro de Valencia, o qual maldí a Deus e é levado para o inferno pelos anxos.
BERNARDO DEL CARPIO. Figura possibelmente lexendária, de orixem françês, que na tradiçón espanhola converte-se num nobre leonês, que se nega a apoiar o vasalhaxe de Alfonso II ante Carlomagno, invasor da sua patria. A xesta orixinal, de ao redor de 1200, perdeu-se, mas, foi recontada por várias crónicas em prosa como o “Chronicon mundi” de Lucas de Tui, mentras que outras ignoram a esta personaxem. Ao parecer a sua criaçón levou-se a cabo para responder às extravagâncias que se mencionam nos primeiros versos da “Chanson de Roland”, nos quais se afirma que Carlomagno e os seus francos libertarom a Espanha do látigo da ocupaçón sarracena. A versón de Rodrigo de Toledo segue probabelmente unha xésta mais tardía, que non era a orixinal. “A Crónica general”, que intenta fundir ambas, fracasa no seu intento. De acordo com as histórias de Bernardo que nos contam os românces, Bernardo é sobrinho do rei Alfonso II, filho da irmán do rei e do conde de Saldaña. Alfonso el Casto desherda a Bernardo, seu lexítimo herdeiro, alegando que é filho bastardo. Bernardo suxére ao rei, que os seus pais casarom em segredo e que é filho lexítimo. Para evitar que Bernardo herde o trono, Alfonso planea nomear a Carlomagno como sucesor. Isto fai que Roldán e Bernardo entrem em pugna xá que Roldán era sobrinho de Carlomagno. Bernardo, xunta-se entón aos mouros e com eles colabora na derrota de Carlomagno. Unha vez morto o rei Alfonso, Bernardo pede que o seu pai sexa libertado, Alfonso III afirma que assím se fará. Mas, quando Bernardo acude a receber ao conde, encontra-o morto. Varios dramaturgos se inspirarom na vida desta personáxe lexendária, Juan de la Cueva em “La libertad de España por Bernardo del Carpio”; Lope de Vega em “Las mocedades de Bernardo y Hartzenbuch en Alfonso el Casto”. Agustín Alonso, Francisco de Villena, Suárez de Figueroa, Bernardo de Balbuena e outros muitos poetas inspirarom-se nel para escreber poemas épicos.
BERNÁRDEZ, Francisco Luis (1900 – 1978). Poeta arxentino. Passou a sua xuventude em Espanha, onde leu os poetas modernistas, que influenciarom os seus primeiros libros, “Orto” (1922), “Bazar” (1922), “Kindergarten” (1924) e “Alcándara” (1925). Colaborou na revista “Martín Fierro” (1924 – 1927), mas o seu trabalho posterior, de cariz relixioso, é mais característico do seu estilo, “El buque” (1935), “Cielo de tierra” (1937), “La ciudad sin Laura” (1938), “Poemas elementales” (1942), “Poemas de carne e hueso” (1943), “El ruiseñor” (1945), “Las estrellas” (1947), “El ángel de la guarda” (1949), “La flor” (1951) e “El arca” (1954). Nas suas últimas obras utilizou um verso de 22 sílabas, que o acercou à prosa poética de Claudel. Foi um mêstre do soneto, como por exemplo em “Homenaje a Garcilaso” e “Soneto lejano”
BERNÁLDEZ, Andrés (c. 1450 – 1513). Historiador, capelán de Diego Deza (1443 – 1523), arzobispo de Sevilla e autor da “Historia de los reyes católicos don Fernando y doña Isabel” (ed. F. de G. Ruiz de Apodaca, Granada, 1856, 2 vols.). Como historiador resulta bastânte pessado, inxénuo e antisemita. Foi um adorador de Cristóbal Colón, a quem conheceu perssoalmente e cuxos papeis pessoais pudo consultar. Só a Colón, dedica quatorze capítulos da sua História.
BERMÚDEZ DE CASTRO Y DÍEZ, Salvador (Jerez de la Frontera, 1814 – 1883). Poeta romântico. Foi princípe de Santa Lucía, duque de Ripalda e marqués de Lema e de Nápoles. Foi embaixador em México (1844 – 1847) e em París (1865). Os seus “Ensayos poéticos” (1840) venhem precedidos por unha introduçón na que culpa da sua frixidez o descontento ao espírito da época em que forom imbuidos: “talvez nestes ensaios há alguns que som triste mostra de um escépticismo desconsolador e frío. Lo sé. pero no es mía la culpa: culpa és de la atmósfera emponzoñada que hemos respirado todos los hombres de la generaçión presente…” Escrebeu também “Antonio Pérez” (1841), biografía do secretário de estado de Felipe II.
Por isso Aquél -ainda que, varón douctíssimo- chama sem razón absurdo a Vives, debido a que afirma que a indagaçón da natureza da mente está cheia de obscuridade. Mais lonxe vou eu: se a opinión de Vives é absurda, eu quero ser absurdíssimo, pois non só a considero plena de obscuridade, senón que ainda tenebrosa, escabrosa, abstrusa, inaccesíbel, por muitos intentada sem que ninguém o tenha conseguido, nem vaia a conseguí-lo. Acaso a el, como era de inxénio agudíssimo, lhe resultou fácil, e com verdade que tratou da alma com suma elegância e doctamente, ao igual que fixo com a maioria das cousas de que se ocupou. Mas, em modo algúm tratou dela de forma absolucta, nem com ordem, nem na sua totalidade. Dixo muitas cousas que enganam à mente com o boato externo das palabras, cousas que inxeridas em abundância, parecem acalar a fáme, mas, se as examinas com mais rigor, acabam por deixar ao descoberto o engano, e a questón fica como dantes, difícil, segundo mostraremos no seu lugar. Mas, agora analizemos o que versa sobre o presente assunto. ¿Que é o conhecimento? Aprehensón de unha cousa. ¿Que é aprehensón? Aprendé-lo tú por tí mesmo, pois nem eu podo meter tudo na cabeza. Se insistes em perguntar, direi-che: intelecçón, visón penetrante, intuiçón. Se me segues perguntando por éstas, calarei: non podo, non sei!
No entanto, infelizmente, non tive só os dois professores anteriormente mencionados. Tive mais e entre os outros, existem três que sobrevoavam o cúmulo da brutalidade e também da inutilidade. O primeiro deles todos tinha de alcunha o nome do sátrapa que governava Portugal: Salazar. Era a sua viva imaxem. Era coronel e dizia a lenda que durante a libertaçao de Goa, Damao e Dio, pela sua gente legítima, os hindus, foram encontrá-lo, presa do pânico subido a unha árvore. Mas, ainda que tivesse tratamento de coronel só me leccionou Matemática no terceiro ano. Com este “ilustre matemático” tive um pequeno desentendimento, que me deu para ver o talante do Director Raul Lopez. Estava o ínclito professor com um colega no quadro à volta de um problema de conxuntos, quando o senhor Coronel Salazar se engana. O desentendimento estava a provocar trifulca, e este tipo de despesas sempre era o aluno que pagava. Apercebi-me do erro; no ano anterior, extra programa, o Dr. Catarino trabalhara bem connosco, esse tipo de questóns. Entao querendo ser justiceiro e simultâneamente dar uma boa cachaporra psicológica no militar, levantei-me e disse: quem está enganado é o Senhor Coronel… Armou-se “zum-zum” na sala. O colega que estava no estrado (um rapaz da Guiné-Bissau; era alto; forte e tinha, xá naquela idade, toques de alopecia. Como de tantos outros, ainda que retenha a cara, non recordo o nome.) respirou aliviado, porque os dardos do professor mudaram de alvo. Fui chamado ao estrado com autoridade e raiva. Fui intimado a resolver o problema e assim o fiz; o Coronel Salazar tentou desmentir-me. E, ao Zeca das bolinhas e das meninas, ontem e hoxe, tendo razao e sabendo, ninguém desmente. Pode desaparecer o mundo, mas, o Zequinha das garotas nao se cala quando tem argumentos. O processo dialéctico foi forte e, outro colega meteu também a pá no forno para aquecer. O Salazar rebentava de furor. Saíu-se, finalmente, pela tangente e disse: amanha quero os três aqui para resolver os seguintes problemas… Respondi: se me chama amanha por culpa disto; non lhe respondo. No dia seguinte ou na próxima aula, entrou o professor com a cara de sátrapa, e de imediato disse: Montero ao estrado. O tal, dito cujo Montero, que cresceu com leite de cabra, levantou-se e foi para o estrado. O coronel, mandou-me fazer o problema. Neguei-me. E voltei-me a negar. E, por se era pouca a música, continuei a negar-me. Os dous colegas atingidos na aula anterior também foram convidados pelo Salazar, para somar-se à dança do “Vira milho”… Negamo-nos. O Salazar (honra lhe sexa feita: nao nos tocou.) expulsou-nos da aula mas, fazendo alguma recomendaçao a alguém – talvez a um prefeito – e fomos encaminhados para o chefe dos prefeitos Curinha (o tal que a direcçao dos pós-CNA despromoveu e colocou como prefeito de sala, substituindo-o pelo prefeito mais áspero e menos querido do antigo CNA: o Pinto.) Narramos o caso. O Curinha, com ar sério, disse: vamos ao Douctor Raul Lopes.
Durante os anos setenta, Rorty leu Kuhn, que em 1962 publicara a lendária “A Estrutura das Revoluçóns Científicas”, e também Feyerabend, cuxo renovador “Contra o Método” aparecerá em 1875. Tanto Kuhn como Feyerabend axudaram Rorty a distanciar-se non só de reformadores do empirismo lóxico como Quine, mas também de outros pensadores, como Karl Popper, que também tinham ido mais além do positivismo em nome do racionalismo (a sua “A Lóxica da Pesquisa Científica” adquiriu mais influência depois de traduzida para inglês em 1959 e, sobretudo, a partir da sua segunda ediçón de 1968). Kuhn e Feyerabend tinham pensamentos muito diferentes, mas igualmente úteis para questionar a ideia de que a ciência é a suprema exemplificaçón da noçón do “progresso” (entendido como passaxem do erro para a verdade), e a de que esse progresso é possível graças à aplicaçón do método científico. Efectivamente, segundo Kuhn, a história da ciência non é um processo de acumulaçón de conhecimentos, mas unha sucessón de diferentes formas de ver e explicar o mundo. A ciência non avança de forma progressiva, mas passando de um estado de “normalizaçón” para um de “alteraçón”, de unha fase de “consenso” para unha fase de “revoluçón”. Durante essas mudanças non som apenas substituídas unhas explicaçóns por outras, também muda a visón inteira dos factos e fenómenos que é preciso explicar. As teorias do passado podem parecer absurdas retrospectivamente, mas em relaçón ao seu tempo e ao conhecimento disponível tinham o seu sentido. Entendê-las requer um tipo de comprehensón semelhante à necessária para falar outra linguaxem ou para, noutra cultura, lidar com crenças diferentes das nossas.