ESCRITORES HISPÂNOS (VICENTE BLASCO IBÁÑEZ)

BLASCO IBÁÑEZ, Vicente (Valencia, 1867-Menton, 1928). Novelista e escritor de libros de viáxes. Deixou muito novo a sua casa, para trabalhar como secretário do popular novelista Fernández y González. Del aprendeu a rapidés na composiçón da novela, a vigorosa descripçón das personáxes e das suas costûmes e as têcnicas para interessar o leitor até ao final da obra. Carece do sentido do humor e rara vez é irónico, mas tem unha indubitábel forza expressiva. Todo o drama e a tensón criadora de Zola passarom para a pluma de Blasco Ibáñez sem esforço e sem perder ningunha das suas qualidades; novelas como a obra maestra “Cañas y barro” (1912) só podem ser comparadas com as do xénio françês. O seu ideal republicano ocasionou-lhe muitos problemas: foi preso e exiliado de 1890 a 1891. Ao voltar, fundou o xornal “El Pueblo”. Montou o partido “Blasquista” para opôr-se ao de Rodrigo Soriano, mas, abandonou tudo em 1909 para viaxar por América e dar conferências. Durante a primeira guerra mundial apoiou aos aliados e foi-lhe concedida a “Lexión de Honra” françêsa. Em 1920, a Universidade George Washington concedeu-lhe o gráu de “doutor honoris causa”. Quando Primo de Rivera assumíu o poder em 1923, Blasco exiliou-se em Menton, onde morreu. Consciente do valor dos seus heróis, usou como modelos a homes da política, axitadores e até pescadores valencianos, toureiros e simples campesinos. Os seus últimos libros resultam demasiado fáceis. O exceso de popularidade influênciou negativamente na sua obra, escrita, nos últimos tempos, com descuido e sem a amargura e o sufrimento pessoal que caracterizarom as suas primeiras novelas de xuventude. O seu primeiro período foi o melhor: o das novelas rexionais “Arroz y tartana” (1894), que trata sobre a classe média valenciana; “Flor de mayo” (1895), sobre os pescadores; “La barraca” (1898), sobre a usura; “Entre naranjos” (1900), das relaçóns entre um artista e um político; “Sónnica la cortesana” (1901), novela histórica sobre o saqueo de Sagunto levado a cabo por Aníbal, basada na história de Silus Italicus e inspirada pola novela de Flaubert “Salammbô” (1862), e a extraordinária “Cañas y barro” (1902), que trata sobre os amores de Tonet y Neleta na Albufera. Entre 1903 e 1905 escrebeu novelas de tese, entre as que se encontram “La catedral” (1903), na qual morre o revolucionário Gabriel Luna ao pretender salvar as xóias da virxem; “El intruso” (1904) é um ataque à falsa piedade dos xesuitas; “La bodega” (1905) conta a morte de um home a máns do irmán da mulher que violou. Na novela situada em Madrid, “La horda” (1905), Maltrana acredita na igualdade social, mas intriga para assegurar que o seu filho tenha todos os priviléxios. De 1906 a 1909, Blasco escrebeu unha série de novelas psicolóxicas: “La maja desnuda” (1906), sobre o pintor Mariano Renovales; “Sangre y arena” (1908), que conta a história do “torero” Juan Gallardo e que rebosa costumbrismo do mundo taurino e dos “aficionados” de todas as clásses sociais; “Los muertos mandan” (1908), duas novelas diferêntes sobre a personáxe Jaime Febrer, e Luna Benamor (1909), sobre um amor frustrado polo prexuíço antixudeu. Blasco Ibáñez escrebeu as suas novelas “europeias” ou cosmopolitas entre 1916 e 1919. A primeira delas, “Los cuatro jinetes del Apocalipsis (1916), non resulta demasiado boa, mas sim que foi muito popular. trata sobre a primeira guerra mundial e as suas sequelas na sociedade. “Mare nostrum” (1918), sobre submarinos de guerra, é decididamente antialemán. “Los enemigos de la mujer” (1919) é unha visón da guerra desde a perspectiva de uns ricos aristócratas em Montecarlo. As suas novelas históricas, escritas de 1925 a 1929, incluiem “El Papa del mar” (1925), defesa de Pedro Luna; “A los pies de Venus” (1926), sobre los Borgia; unha novela sobre Colón, “En busca del Gran Kan” (1928), e “El caballero de la Virgen” (1929), sobre o conquistador Alonso de Ojeda. Intentou escreber um ciclo balzaquiano sobre América, do que “Los argonautas” (1914) era somênte um prólogo, mas acabou por escreber nada mais que unha novela, “La tierra de todos” (1922), e renunciou à empresa. Escrebeu em câmbio três novelas de aventuras, “El paraíso de las mujeres” (1922), “La reina Calafia” (1923) e “El fantasma de las alas de oro” (1930). Os seus libros de viáxes som: “En el país del arte” (1896), sobre Itália; “Oriente” (1907), sobre cidades que están entre Xénova e a velha Constantinopla; “La Argentina y sus grandezas” (1910) e a muito interesante “La vuelta al mundo de un novelista” (1924-1925, 3 vols.). Entre os seus contos podemos anotar: “Cuentos valencianos” (1893), “La condenada e otros cuentos” (1896). Os seus contos largos aparecem em: “Préstamo de la difunta” (1921), “Las novelas de la Costa Azul” (1924), “Las novelas de amor e de la muerte” (1927) e o “Adiós a Schubert” (1927). As suas “Obras completas” editarom-se em quarenta volûmes, em Valencia de 1923 a 1934.

OXFORD

Deixar un comentario