Arquivos diarios: 15/06/2022

ESCRITORES HISPÂNOS (ADOLFO BERRO)

BERRO, Adolfo (Montevideo, 1819 – 1841). Primeiro poeta romântico uruguaio. Em 1839 o Tribunal Superior de Justicia nombrou-o asesor do defensor de escrávos; nesse mesmo ano escrebeu “La emancipación y mejora intelectual de las gentes de color”. Nas suas “Poesías” (1840) reuníu trabalhos de unha grande variedade temática como “El esclavo” e “La cárcel”, poemas sociais; “Ecos de la voz del Señor”, de tinte relixioso; românces como “Población de Montevideo” e românces históricos como “Yandabayú y Liropeya”, basada em um incidente protagonizado na Arxentina por Barco de Centenera. No prólogo declara a sua aspiraçón à simplicidade, à elegancia e à moralidade, tanto em meios como em fins. Ainda que a sua obra em ningúm momento alcânça unha madurez expressiva, está cheia de color, de vigor nas descripçóns, e o ritmo das suas poesías, especialmente dos românces, resulta notábel.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (JOSEP BERNAT I BALDOVÍ)

BERNAT I BALDOVÍ, Josep (Sueca, Valencia, 1810 – 1864). Escritor teatral. Depois de estudar dereito na Universidad de Valencia, foi nomeado xuíz e membro das Cortes pola sua terra natal em 1844. Fíxo-se popular através de unha larga série de artígos de costûmes publicados no “El Sueco”, “El Tabalet” e “La Donsagna”. As suas obras som notábeis, sobre tudo polo seu humor desagradábel e polo seu realismo vulgar, como “El Gafau” ou “El pretendiente labriego”, “La viuda i el escolá” e “Palaques y caragols” ou “La tertulia de Calau”. A sua aportaçón mais valiosa à literatura em fala catalán, som os seus “Miracles”, que revivem a tradiçón medieval de escenificar ao ar libre os milágres dos santos. “Los miracles” de Bernat están centrados na vida e obras de santo Vicente Ferrer. Entre os mais bonitos podem-se citar: “El rei moro de Granada” (publicado e estreádo em Valencia, 1860). Nel, o santo converte a Aldora, filha do rei mouro de Valencia, o qual maldí a Deus e é levado para o inferno pelos anxos.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (BERNARDO DEL CARPIO)

BERNARDO DEL CARPIO. Figura possibelmente lexendária, de orixem françês, que na tradiçón espanhola converte-se num nobre leonês, que se nega a apoiar o vasalhaxe de Alfonso II ante Carlomagno, invasor da sua patria. A xesta orixinal, de ao redor de 1200, perdeu-se, mas, foi recontada por várias crónicas em prosa como o “Chronicon mundi” de Lucas de Tui, mentras que outras ignoram a esta personaxem. Ao parecer a sua criaçón levou-se a cabo para responder às extravagâncias que se mencionam nos primeiros versos da “Chanson de Roland”, nos quais se afirma que Carlomagno e os seus francos libertarom a Espanha do látigo da ocupaçón sarracena. A versón de Rodrigo de Toledo segue probabelmente unha xésta mais tardía, que non era a orixinal. “A Crónica general”, que intenta fundir ambas, fracasa no seu intento. De acordo com as histórias de Bernardo que nos contam os românces, Bernardo é sobrinho do rei Alfonso II, filho da irmán do rei e do conde de Saldaña. Alfonso el Casto desherda a Bernardo, seu lexítimo herdeiro, alegando que é filho bastardo. Bernardo suxére ao rei, que os seus pais casarom em segredo e que é filho lexítimo. Para evitar que Bernardo herde o trono, Alfonso planea nomear a Carlomagno como sucesor. Isto fai que Roldán e Bernardo entrem em pugna xá que Roldán era sobrinho de Carlomagno. Bernardo, xunta-se entón aos mouros e com eles colabora na derrota de Carlomagno. Unha vez morto o rei Alfonso, Bernardo pede que o seu pai sexa libertado, Alfonso III afirma que assím se fará. Mas, quando Bernardo acude a receber ao conde, encontra-o morto. Varios dramaturgos se inspirarom na vida desta personáxe lexendária, Juan de la Cueva em “La libertad de España por Bernardo del Carpio”; Lope de Vega em “Las mocedades de Bernardo y Hartzenbuch en Alfonso el Casto”. Agustín Alonso, Francisco de Villena, Suárez de Figueroa, Bernardo de Balbuena e outros muitos poetas inspirarom-se nel para escreber poemas épicos.

OXFORD