A ideia da “supersimetría” foi um ponto clave na formulaçón da “supergravidade”, mas na realidade o conceito tinha-se orixinado anos antes, nos teóricos que estudabam unha teoría denominada “teoría de cordas”. Segundo a “teoría de cordas”, as partículas non som pontos senon modos de vibraçón que tenhem lonxitude, mas non altura nem largura – como fragmentos de corda infinitamente finos – . As “teorías de cordas” também conducen a infinitos, mas acredita-se que na versón adequada todos eles se anularám. Ademais, tenhem outra característica pouco usual: tán só som consistentes se o espaço-tempo tem dez dimensóns em lugar das quatro usuais. Dez dimensóns podem parecer excitantes aos científicos, mas causaríam autênticos problemas se esquecéramos onde deixámos estacionado o auto. Se están presentes, ¿por qué non advertimos essas dimensóns adicionais? Segundo a “teoría de cordas”, están enroladas num espaço de tamanho minúsculo. Para representárnos-lo, imaxinemos um plano bidimensional. Afirmamos que o plano é bidimensional porque necessitamos dous números, por exemplo unha coordenada horizontal e outra vertical, para localizar nel um ponto qualquer. Outro espaço bidimensional é a superfície de unha palha de beber. Para localizar um ponto nela, necesitamos saber em que lonxitude da palha está o ponto e, ademais, onde está na sua dimensón circular transversal. Mas se a palha é muito fina, podemos ter unha ideia satisfactóriamente aproximada da posiçón, empregando tán só a coordenada ao longo da palhinha, de maneira que podemos ignorar a dimensón circular. E se a palhinha fora unha milhonésima de bilhonésima de bilhonésima de centímetro de diámetro, non percibiríamos em absolucto a sua dimensón circular. Ésta é a imaxem que tenhem os teóricos das dimensóns adicionais – están muito curvadas, nunha escala tán ínfima que non podemos Vê-las – . Na “teoría de cordas”, as dimensóns adicionais están enroladas no que se chama um “espaço interno”, em oposiçón ao espaço tridimensional que experimentamos na vida corrente. Como veremos, esses estados internos non som só dimensóns ocultas que podemos barrer debaixo do tapete, senón que albergam unha importânte significaçón física.
Em todo o caso, qual é a relaçón entre as impressóns e as ideias? O facto de Hume descrever as ideias – embora, como acabámos de dizer, de unha maneira non muito precisa – como “imaxens débeis” xá nos permite adivinhar a sua resposta: as nossas ideias som cópias das nossas impressóns, o que equivale a dizer que é impossíbel “pensar” algo que non tenhamos “sentido” previamente com os nossos sentidos externos ou internos. Um cego non sabe nada de cores nem um surdo de sons. Simplesmente, a essas pessoas falta-lhes a experiência orixinal. Da mesma forma, a alguém que xamais tenha sentido ciúme (ou a dor causada pola morte de um filho) poderia dizer-se, xustamente, que non sabe o que significam estes sentimentos. A formulaçón tecnicamente mais correcta que nos oferece Hume sobre este princípio de que as ideias copiam as impressóns é a seguinte: “Todas as nossas ideias simples, na sua primeira apariçón, derivam de impressóns simples, às quais correspondem e que elas representam exactamente”. Hume, de facto, reconhece que se pode imaxinar unha cidade como Nova Jerusalém, cuxo pavimento era de ouro e cuxos muros estam construídos com rubis, apesar de nunca se ter visto tal cidade. Isto é, trata.se de unha ideia complexa à qual non corresponde qualquer impressón complexa. Mas é unha ideia formada por ideias simples que remetem para as suas correspondentes impressóns. Em suma, o que este princípio da cópia nos diz é que a experiência tem de fornecer todos os materiais do pensar. Por isso, qualificamos Hume como “empirista”. O que nos leva ao mesmo tempo a unha questón interessante. Acabámos de dizer que as ideias provêm das impressóns, quer por serem cópias débeis das mesmas – como se fossem perdendo intensidade – , quer por, ao serem ideias complexas, serem elaboradas com outras ideias mais simples que, ao mesmo tempo, som cópias de impressóns. Mas, e as impressóns? De onde procedem? As de reflexón non apresentam problema algum, pois surxem no meu interior (o amor, o ódio, etc…). Mas, e as de sensaçón? Hume vai afirmar taxativamente que desconhecemos as causas orixinárias das impressóns dos nossos sentidos. Todos acreditamos que som producto, na nossa mente, da acçón de um mundo exterior que elas representam. Mas podemos ter a certeza disso? Quem nos diz que non têm a sua orixem nunha divindade que as coloca na minha mente? Podemos verdadeiramente excluir essa possibilidade ou rexeitar que sexam um producto da nossa própria mente, unha espécie de alucinaçón? Do ponto de vista estrictamente teórico, talvez estas sexam opçóns que non possamos descartar, mas acreditamos verdadeiramente nelas, levamo-las a sério? Para Hume esta é a pergunta importante, e aqui tem de se admitir que o escepticismo non se pode refutar, embora, ao mesmo tempo, também non nos convença. Mais tarde, veremos como Hume expressa com grande dramatismo esta situaçón, mas antes devemos aprofundar mais as implicaçóns escépticas desse princípio de derivaçón das ideias a respeito das impressóns. O próprio Hume vai propor o seguinte critério de significado: Quando suspeitamos que um termo filosófico está a ser utilizado sem nenhum significado ou ideia (o que é muito frequente), debemos apenas perguntar: “de que impressón deriva essa suposta ideia?” E, se for impossíbel designar unha, isto servirá para confirmar a nossa suspeita.
BOBADILLA, Emilio (Cárdenas, 1862-1921). Poeta e novelista satírico melhor conhecido como “Fray Candil”. Cubano. Viveu durante muitos anos em França e em Espanha. As suas novelas estám pobremente construídas. Felipe Trigo imitou o seu estilo. Publicou “Novelas en germen” (Madrid, 1900), “A fuego lento” (Barcelona, 1903), “En la noche dormida” (Madrid, 1903), e “En pos de la paz” (Madrid, 1917). É recordado hoxe especialmente polos seus sarcásticos artígos e ensaios “Escaramuzas, sátiras y críticas” (1888), “Capirotazos: sátiras y críticas” (1890), “Triquitraques: críticas” (1892), “Solfeo, crítica y sátiras” (1894) e “La vida intelectual: folletos críticos” (1895). Todos eles publicados em Madrid. “Artículos periodísticos” (1952), é unha útil antoloxía preparada por Domingo Mesa e Surama Ferrer. Bobadilla escrebeu poesía romântica, tal vez baixo a influênça de Núñez de Arce, mais que de Herrera y Reissig ou José Asunción Silva: “Relámpagos” (1884), “Fiebres” (Madrid,1889) e “Vórtice” (1903). Escrebeu também um libro de viáxes “Viajando por España” (1910).
BLOMBERG, Héctor Pedro (Buenos Aires, 1890-1955). Poeta, contista e novelista arxentino. Passou a sua infância no Paraguay e viaxou para o Brasil e a Europa, antes de residir na Arxentina. Trabalhou como xornalista em “La Nacíón” e “La Razón”. A sua poesía tem um tôm popular e a sua atmósfera é com frequência sentimental e tráxica: “A la deriva” (1912), “La canción lejana” (Barcelona, 1912), “Las islas de la inquietud” (1914), “Gaviotas perdidas” (1921) e “Bajo la Cruz del Sur” (1922). O seu melhor libro foi a colecçón de contos “Las puertas de Babel” (1920). Também publicou “Los soñadores de bajo fondo” e “Los peregrinos de la espuma” (Ambos em 1924). A sua melhor obra teatral, situada no período do dictador Rosas, é “La sangre de las guitarras” (estreiada em 1930). Entre os seus poemas dramáticos están “Pancho Garmendía” e “Los pastores de estrellas” (ambos de 1922). As suas novelas: “La otra pasión” (1925), “Naves” (1927), na que volta aos seus temas favoritos, a história e o mar. Entre os seus ensaios mencionamos “Martí, el último libertador” (1945) e “Poetas que cantaron al indio de América”.
BLEST GANA, Alberto (Santiago, 1830-1920). Novelista chileno. Filho de um médico irlandês e de chilena, estudou na Academía Militar de Santiago e entre 1847 e 1852 continuou a sua educaçón militar em Françâ. Regressou como professor da Academía, cargp que desempenhou até 1855, quando se retirou da carreira para dedicar-se à literatura. Escrebeu as suas primeiras novelas antes de receber a influênça determinante de Balzac: “Una escena social” (1853), “Los desposados” (1855), “Engaños y desengaños” (1855), “El primer amor” (1858) e outras mais. Os temas eram românticos e a linguáxe estaba cheia de convençóns que encherom a obra de Blest durante toda a sua carreira. O seu tema mais importânte é o da inocência pisoteada, ou, em têrmos económicos, a explotaçón da mente e do corpo do home para conseguir ganhos. Foi o pai da novela social chilena, xá que elevou o tôm médio do costumbrismo a unha estatura de novela documental. O descuido e a pobreza do seu estilo impedírom-lhe chegar a ser um grande novelista. A sua primeira novela de êxito foi “La aritmética en el amor” (1860), onde intenta criar por vez primeira na literatura chilena, unha série de personáxes claramente representativas dessa sociedade. O seu modelo literário, Balzac, tinha pertencído a unha complexa e muito diversa sociedade à qual Blest quería retratar. A sociedade chilena era ríxida, muito menos elástica que a do escritor françês. Assím, as possibilidades de Blest frente a este tipo de literatura eram muito menores. Escrebeu também “El pago de las deudas” (1861), “Martín Rivas” (1862), “El ideal de una calavera” (1862) e “La flor de la higuera” (1864), esta última publicada durante o ano em que Blest proxectou “Durante la conquista”, novela histórica sobre a independência chilena. Blest rompeu o borrador e durante toda a sua larga carreira diplomática escrebeu pouco, publicando unha nova versón da sua novela em 1897; “El loco Estero” (1909) trata do Santiago da sua xuventude. “Los trasplantados” (1904) conta a história de unha rica chilena que é obrigada a casar-se por conveniência com um aristócrata europeio empobrecido e que termina suicidando-se.
BLECUA, José Manuel (Alcolea de Cinca, 1913). Crítico literario e professor de literatura espanhola em várias universidades espanholas. Escrebeu unha breve “Historia de la literatura española” (Zaragoza, 1942) e um “detallado estudo sobre o Cántico de Jorge Guillén”, assim como varias antoloxías. Delas, a mais importânte é “Floresta de lírica española” (1957; 2ª ed., 1968, 2 vols.). Blecua fixo ediçóns do “Libro infinido de don Juan Manuel” (Zaragoza, 1934), el “Laberinto de Fortuna de Juan de Mena” (Madrid, 1943), o “Cancionero de 1628” (Zaragoza, 1945), as “Poesías varias de grandes ingenios españoles de J. Alfay”, orixinalmente publicado em Zaragoza, 1654 (Zaragoza, 1946); as “Rimas inéditas de Fernando de Herrera” (1948); as “Rimas de Lupercio y Bartolomé Leonardo de Argensola” (Zaragoza, 1950-1951, 2 vols.); “La Dorotea de Lope de Vega”, “Las poesías de Quevedo” (1963) e, em 1981, “La vida como discurso”.
BLASCO IBÁÑEZ, Vicente (Valencia, 1867-Menton, 1928). Novelista e escritor de libros de viáxes. Deixou muito novo a sua casa, para trabalhar como secretário do popular novelista Fernández y González. Del aprendeu a rapidés na composiçón da novela, a vigorosa descripçón das personáxes e das suas costûmes e as têcnicas para interessar o leitor até ao final da obra. Carece do sentido do humor e rara vez é irónico, mas tem unha indubitábel forza expressiva. Todo o drama e a tensón criadora de Zola passarom para a pluma de Blasco Ibáñez sem esforço e sem perder ningunha das suas qualidades; novelas como a obra maestra “Cañas y barro” (1912) só podem ser comparadas com as do xénio françês. O seu ideal republicano ocasionou-lhe muitos problemas: foi preso e exiliado de 1890 a 1891. Ao voltar, fundou o xornal “El Pueblo”. Montou o partido “Blasquista” para opôr-se ao de Rodrigo Soriano, mas, abandonou tudo em 1909 para viaxar por América e dar conferências. Durante a primeira guerra mundial apoiou aos aliados e foi-lhe concedida a “Lexión de Honra” françêsa. Em 1920, a Universidade George Washington concedeu-lhe o gráu de “doutor honoris causa”. Quando Primo de Rivera assumíu o poder em 1923, Blasco exiliou-se em Menton, onde morreu. Consciente do valor dos seus heróis, usou como modelos a homes da política, axitadores e até pescadores valencianos, toureiros e simples campesinos. Os seus últimos libros resultam demasiado fáceis. O exceso de popularidade influênciou negativamente na sua obra, escrita, nos últimos tempos, com descuido e sem a amargura e o sufrimento pessoal que caracterizarom as suas primeiras novelas de xuventude. O seu primeiro período foi o melhor: o das novelas rexionais “Arroz y tartana” (1894), que trata sobre a classe média valenciana; “Flor de mayo” (1895), sobre os pescadores; “La barraca” (1898), sobre a usura; “Entre naranjos” (1900), das relaçóns entre um artista e um político; “Sónnica la cortesana” (1901), novela histórica sobre o saqueo de Sagunto levado a cabo por Aníbal, basada na história de Silus Italicus e inspirada pola novela de Flaubert “Salammbô” (1862), e a extraordinária “Cañas y barro” (1902), que trata sobre os amores de Tonet y Neleta na Albufera. Entre 1903 e 1905 escrebeu novelas de tese, entre as que se encontram “La catedral” (1903), na qual morre o revolucionário Gabriel Luna ao pretender salvar as xóias da virxem; “El intruso” (1904) é um ataque à falsa piedade dos xesuitas; “La bodega” (1905) conta a morte de um home a máns do irmán da mulher que violou. Na novela situada em Madrid, “La horda” (1905), Maltrana acredita na igualdade social, mas intriga para assegurar que o seu filho tenha todos os priviléxios. De 1906 a 1909, Blasco escrebeu unha série de novelas psicolóxicas: “La maja desnuda” (1906), sobre o pintor Mariano Renovales; “Sangre y arena” (1908), que conta a história do “torero” Juan Gallardo e que rebosa costumbrismo do mundo taurino e dos “aficionados” de todas as clásses sociais; “Los muertos mandan” (1908), duas novelas diferêntes sobre a personáxe Jaime Febrer, e Luna Benamor (1909), sobre um amor frustrado polo prexuíço antixudeu. Blasco Ibáñez escrebeu as suas novelas “europeias” ou cosmopolitas entre 1916 e 1919. A primeira delas, “Los cuatro jinetes del Apocalipsis (1916), non resulta demasiado boa, mas sim que foi muito popular. trata sobre a primeira guerra mundial e as suas sequelas na sociedade. “Mare nostrum” (1918), sobre submarinos de guerra, é decididamente antialemán. “Los enemigos de la mujer” (1919) é unha visón da guerra desde a perspectiva de uns ricos aristócratas em Montecarlo. As suas novelas históricas, escritas de 1925 a 1929, incluiem “El Papa del mar” (1925), defesa de Pedro Luna; “A los pies de Venus” (1926), sobre los Borgia; unha novela sobre Colón, “En busca del Gran Kan” (1928), e “El caballero de la Virgen” (1929), sobre o conquistador Alonso de Ojeda. Intentou escreber um ciclo balzaquiano sobre América, do que “Los argonautas” (1914) era somênte um prólogo, mas acabou por escreber nada mais que unha novela, “La tierra de todos” (1922), e renunciou à empresa. Escrebeu em câmbio três novelas de aventuras, “El paraíso de las mujeres” (1922), “La reina Calafia” (1923) e “El fantasma de las alas de oro” (1930). Os seus libros de viáxes som: “En el país del arte” (1896), sobre Itália; “Oriente” (1907), sobre cidades que están entre Xénova e a velha Constantinopla; “La Argentina y sus grandezas” (1910) e a muito interesante “La vuelta al mundo de un novelista” (1924-1925, 3 vols.). Entre os seus contos podemos anotar: “Cuentos valencianos” (1893), “La condenada e otros cuentos” (1896). Os seus contos largos aparecem em: “Préstamo de la difunta” (1921), “Las novelas de la Costa Azul” (1924), “Las novelas de amor e de la muerte” (1927) e o “Adiós a Schubert” (1927). As suas “Obras completas” editarom-se em quarenta volûmes, em Valencia de 1923 a 1934.
BLANCO WHITE, José María (Sevilla, 1775 – 1841). Poeta, xornalista e polemista em matéria de relixión. Quando a família de José María chegou a Espanha desde Irlanda mudarom o apelhido por Blanco y Crespo, que o autor utiliza indiferêntemente com o de Blanco White. Cresceu como católico-romano e foi ordenado sacerdote em 1800, mas depois da leitura de Feijoo e Fénelon fixo-se um escéptico em matéria de relixión e um liberal políticamente. Em 1810 exiliou-se em Inglaterra, onde fundou “El Español” (1810 – 1813) como plataforma para lutar contra o colonialismo espanhol e o conservadurismo gobernamental. O seu primeiro libro, “Letters from Spain, by don Leucadio Doblado” (Londres, 1822) deu-lhe certa fama em Inglaterra. Alí cultivou a amizade de Southey, lord Holland, J. S. Mill e a senhora Hemans. Depois de unha aguda crise, converteu-se ao anglicanismo nos anos vinte, viveu em Oxford e Dublín e finalmente estabeleceu-se em Liverpool, onde se converteu em unitário. Escrebeu o seu “Practical and internal evidence against catholicism” (2.ª ed., 1826) e “Second travels of an Irish gentleman in search for a religion” (Dublín, 1833, 2 vols.). Em 1824 – 1825 editou “Variedades, ó Mensajero de Londres”. Os seus sonetos em fala inglesa, non forom recolhidos num libro, mas o famoso “Mysterious night”, considerado por Coleridge o melhor soneto da literatura inglesa do seu tempo. A poesía de Blanco-White, teve influênça de Quintana y Arjona e foi editada na BAE (1875, vol. 67). Menéndez Pelayo incluíu-o nos seus “Heterodoxos”, mas a melhor informaçón sobre a sua vida é proporcionada pola sua autobiografía “Life of the reverend Joseph Blanco White written by himself” (1845, 3 vols.), na que narra muitas das suas experiências e ideias.
BLANCO-FOMBONA, Rufino (Caracas, 1874-1944). Escritor e político venezolano que foi encarcelado durante os primeiros anos da dictadura de Juan Vicente Gómez (1908-1935), mas que ao exilar-se na Europa fundou unha das editoriais mais importântes: Editorial América (Madrid, 1914). Regresou a Venezuela depois da morte do dictador. Começou a sua carreira literária escrebendo poemas modernistas no estilo de Rubén Darío em “Pequeña ópera lírica” (1904), mas o seu “Cancionero del amor infeliz” (1917) é xá unha obra madura e pessoal. Como contista resulta mediocre. Publicou: “Cuentos americanos” (París, 1903), que forom editados primeiro em Françês, e ao ano seguinte em castelán (Madrid). “El hombre de hierro” (Madrid, 1907) foi escríta na prisón. As suas novelas “Cantos de la prisión y del destierro” (Madrid, 1911) e “El hombre de oro” (Madrid, 1915) forom escrítas durante o exilio. O melhor da sua obra som os libros de ensaios e crítica literária, entre os que destacam “Letras y letrados de Hispanoamérica” (París, 1908), “La evolución política y social de Hispanoamérica” (Madrid, 1911), “Grandes escritores de América, siglo XIX” (Madrid, 1917), “El conquistador español del siglo XVI” (Madrid, 1922), “El modernismo y los poetas modernistas” (Madrid, 1929) e “El espejo de tres faces” (Santiago de Chile, 1937). Em 1958 forom editadas as suas “Obras selectas” em Madrid.
BLANCO-AMOR, Eduardo (Ourense, 1900-1979). Poeta e escritor galego. Foi professor de galego em Buenos Aires. Autor de “Românces galegos” (1928), “Poema en catro tempos” (1931), de tema marinheiro, e um “Cancioneiro” (1956). Na sua poesía as influênças vanguardistas misturam-se com unha profunda resonância modernista. Autor dum românce em galego “A esmorga” e de vários libros de prosa em castelán.
BLANCO, Tomás (1900). Historiador portorriquenho e ensaista. Escrebeu a novela curta “Los vates” (1949) e o libro de poesía “Los cinco sentidos” (1955), mas os seus libros importântes som de tipo histórico e de ensaio literario: “Prontuario histórico de Puerto Rico” (Madrid, 1935), “El prejuicio racial en Puerto Rico” (1942) e “Sobre Palés Matos” (1950), ensaio sobre um dos melhores poetas do seu país.
BLANCO, Andrés Eloy (Cumaná, 1897-1955). Poeta venezolano. O seu primeiro libro foi “Canto a la espiga y al arado” (1916), saltou à fama em 1923, quando a Real Academia Española premiou o seu “Canto a España”. Em 1928 foi encarcelado por opôr-se ao goberno do dictador Juan Vicente Gómez. Abandonou Venezuela e non regressou até 1935, depois da morte do dictador. Em 1946 foi elexído presidente da Asamblea Nacional. Quando Rómulo Gallegos foi elexído presidente da República nas primeiras eleiçóns libres, nombrou a Blanco ministro de Relaciones Exteriores. Depois do golpe de estado de 1948, Gallegos e Blanco exiliarom-se em Cuba e México. Os seus ensaios políticos están reunidos em “Navegación de altura” (1948). Publicou o ensaio biográfico “Vargas, albacea de la angustia” (1947). Escrebeu a prosa poética “Malvina recobrada” (1957) e unha obra de teatro, “Abigail”” (1931). A sua poesía foi crescendo em intensidade desde “Tierras que me oyeron” (1921) até à menos convencional “La aeroplana clueca” (1935), “Barco de piedra” (1937) e “Baedeker 2.000” (1938). O seu melhor libro é “Giraluna”, publicado em México o mesmo ano da sua morte.
BIZCARRONDO, Indalecio (San Sebastián, 1831-1876). Poeta romântico vasco, que escrebeu baixo o pseudónimo “Vilinch”. Na infância sofreu um accidente que lhe desfigurou a cara. A falta de unha educaçón escolar, non o privou de unha expressón fluída e vigorosa. Autor de obras cheias de encanto e xentilêça, nalgunhas ocasións escrebe também sátiras ou se deixa levar pola amargura. O seu vocabulário é limitado e bastânte provinciano, mas a sinceridade com que escrebe, fai esquecer esses defeitos. Os seus libros forom publicados despois da sua morte, “Neurtitzak eta neurri gabeko itzak” (San Sebastián, 1911) e “Bilintx’en bertsuak” (Rentería)
BIOY CASARES, Adolfo (Buenos Aires, 1914 – 1982). Contista e novelista arxentino. Os seus primeiros libros de contos forom: “Caos” (1934) e “Luis Greve muerto” (1937), mas fixo-se famoso com a sua novela curta “La invención de Morel” (1940), na qual unha máquina copia e reproduce a realidade no tempo e no espaço a través de um proxector. A esta novela curta seguirom outras histórias fantásticas similares: “Plan de evasión” (1945) e “La trama celeste”” (1948), nos que utiliza os recursos da doble identidade, os trucos da memória, mundos simultâneos, telepatía e máquinas fantásticas. Os últimos libros forom: “El sueño de los héroes” (1954), “Historia prodigiosa” (1956). Bioy estivo casado com unha interesante escritora arxentina, Silvina Ocampo, com quem escreveu a novela detectivesca “Los que aman, odian” (1946). Também colaborou activamente com Jorge Luis Borges; ambos editarom a “Poesía gauchesca” (México, 1955) e escreberom, utilizando o pseudónimo de “Honorio Bustos Domecq”, várias novelas de detectives como “Seis problemas para don Isidro Parodi (1942) e “Dos fantasías memorables, un modelo para la muerte” (1946). Com Silvina Ocampo e Borges compilou a excelente “Antología de la literatura fantástica” (1940) e unha “Antología poética argentina” (1941). Recentemente publicou “El gran serafín” (1967), “Diario de la guerra del cerdo” (1969) e “Dormir al sol” (1973). Também escrebeu a sua autobigrafía: “Años de mocedad: recuerdos” (1963).
BILBAO, Manuel (1827 – 1895). Escritor chileno de novelas históricas, o seu modelo foi Dumas pai, mas nunca logrou chegar a esse nível de qualidade. Escrebía as obras por entregas, e a pesar do seu mediano talento, chegou a ser muito famoso, sobre tudo com “El inquisidor mayor, o historia de unos amores” (1852), baseada no xuízo que a Inquisición fixo a François Moyen em Lima, durante a época colonial. O seu anticlericalismo manifésta-se também noutras obras suas como: “El pirata de Guayas” (1865) e “Vida de Francisco Bilbao” (1866).