
Apesar de toda a xente lhe chamar “Big Bang”, muitos libros nos advertem de que non debemos imaxiná-lo como unha explosón no sentido convencional. Foi antes unha vasta e súbita expansón, a unha escala avassaladora. Mas, o que foi que a provocou? Unha hipótese é que talvez a singularidade sexa unha relíquia de um universo mais antigo xá desaparecido, e nós sexamos apenas um universo num eterno ciclo de expansón e colapso de universos, como o balón de unha máquina de osixénio. Outros atribuem o “Big Bang” áquilo que se chama “um falso vácuo” ou “um campo escalar” ou “a enerxia do vácuo” – unha propriedade ou algo que, de algum modo, introduziu unha dimensón de instabilidade no nada preexistente. Parece impossíbel conseguir obter sexa o que for a partir da nada, mas o facto de o nada xá ter existido e agora existir o universo é prova evidente de que isso é possíbel. Pode ainda ser que o nosso universo sexa apenas unha parte de outros universos maiores, alguns deles em dimensóns diferêntes, e que haxa “Big Bangs” a acontecer a toda a hora e em todo o lado. Ou ainda que o espaço e o tempo tenham tido outras formas completamente diferentes antes do “Big Bang” – formas demasiado diferentes para poderem caber na nossa imaxinaçón – , e que o “Big Bang” represente apenas unha espécie de fase de transiçón, em que o universo passou de unha forma que non conseguimos compreender para unha que é quase perceptíbel. “Estas questóns aproximam-se muito das questóns relixiosas”. A teoria do “Big Bang” non trata propriamente da explosón (o bang), mas sim do que se passou a seguir. Logo a seguir, a propósito. À custa de muitos cálculos matemáticos e da observaçón cuidadosa do que se passa com os aceleradores de partículas, os cientistas acreditam que se pode recuar até 10-(43) segundos a seguir ao momento da criaçón, altura em que o universo era tán pequeno que seria necessário um microscópio para o ver. Non debemos ficar de queixo caído perante cada número extravagante que se nos apresenta, mas talvez valha a pena darmo-nos conta de um de tempos a tempos, só para nos lembrarmos até que ponto é imenso e inabarcável pola mente humana.
BILL BRYSON