POEMAS HAXIOGRÁFICOS DE CARÁCTER XUGRARESCO

À par do xénero dos “debates”, difunde-se unha literatura de poemas narrativos em versos curtos, sobre motivos haxiográficos. Ainda que esencialmente narrativos, um perceptíbel contrapunto lírico da a estes poemas a peculiar tonalidade, que permite xustificar a sua consideraçón dentro deste capítulo. Assim mesmo, os seus metros curtos diferênciam-nos á vez da épica heroica e dos poemas de clerecía, aproximando-os simultâneamente ao tom lírico. Tán só dous destes poemas se conservarom: o “Libro de la infancia y Muerte de Jesús” (Libre dels tres Reys d’Orient) e a “Vida de Santa María Egipciaca”, pertencentes âmbos à difundida temática das lendas haxiográficas, vidas de santos e relatos sacados principalmente dos Evanxelhos apócrifos. O verso predominante nos dous poemas é o de nove sílabas, mas com grande frequência o verso eneasílabo resulta substituido polo de oito sílabas, muito mais gostoso para o ouvído castelán, como que había de converter-se no verso nacional. De todas as maneiras, o que caracteriza a métrica destes poemas é a sua irregularidade. Menéndez Pidal, defensor persuadido de este carácter da poesía primitiva -épica e lírica- apresenta incluso estes dous poemas como exemplos representativos do verso irregular. “Os xugrares espanhois -afirma-, ainda traducindo e imitando um metro regular francês, usabam versos de medida cambiante. Na “Vida de santa María Egipciaca” dominam os versos de nove sílabas por influência do modelo francês, ainda que non lhe som muito inferiores em abundância os versos de dez e os de oito sílabas; xá resultan mais raros os de once e os de sete; mas, em suma, o metro é irregular, seguindo os hábitos da poesía xugraresca espanhola.”
J. L. ALBORG