OS CASTROS SOM CÉLTICOS

Os castros som célticos: non tememos afirmalo, a pesar do descrédito no qual caíu a teoria de que tudo o que é antigo está referído ao pobo celta; mas a verdade é superior aos sistêmas. Acusan desde logo a maneira de ser das tribus galegas, no momento em que os romanos se apoderarom do país. Para eles non debía ser cousa nova, nem esta classe de defesas, nem a sua multitude, nem o uso que delas faciam os naturais; quando non o referirom, é sinal de que non as extranharam. Assim foi. Xá as tinham visto nas Galias, na Bretanha, ali onde César xá levára as suas lexións. A marcada semelhança com os monumentos de igual índole em naçóns ditas célticas, advertiam-lhes que eram também iguais os pobos, contra os quais tinham que combater. Non erra, polo tanto, quem acredite que som productos de unhas mesmas xentes e de idêntica civilizaçón. Encontram-se na Inglaterra e na Bretanha francesa, e, cousa digna de ser notada, cesan entre nós, tán pronto transpomos os limites da antiga Galiza; ao menos, non os vimos, nem os encontramos citádos. Os que forom descríptos polos escritores ingleses recordam ao instante os nossos. Presentam a condiçón necesária para non ser confundidos com os campamentos romanos, som redondos e ascendem à sua croa por unha rampa espiral. O “rath” irlandês non é outra cousa que um pequeno castro. Xá non pode dizer-se outro tanto dos que Halleguen nomeia, pois non descrebe mais que o que denomina Castro galo-romano de Rosnoen. Afirma que estaba rodeado por um parapeto de terra que protexe um riácho e encontra-se na mesma direcçón que o de Brest, probando esta última circunstância unha certa unidade e correlaçón entre eles para concorrer à defesa da costa. De igual maneira na Galiza. A forma circular da que os arqueólogos franceses chaman fortaleza galo-romana de Roc-de-Vie (Corréze) assim como o seu aspecto xeral delatam nela um verdadeiro castro. Também o representa, e de unha maneira inequívoca, aquel baixo-relevo no qual se reproduziu o incêndio de unha aldeia xermânica polos soldados de Roma. Vese por el, que, as casas estabam empraçadas na coroa de um castro, ao qual se ascendia por um caminho igual ao dos nossos, e resguardados por muros de terra. Este duplo carácter de cidade e fortificaçón e polo tanto da habitaçón do chefe, templo e foro, salta à vista. (…) Todos aqueles que ainda contenhem dentro do seu recinto algunhas aldeias, forom non só habitaçón do “Brenn” ou xefe, senón também um importante centro de povoaçón, coberto à sua hora polas humildes casas que temos xá descrípto, passaxeiras como o home que as levantou: o tempo e o fogo as devorou, mas non a sua memória.
MANUEL MURGUÍA