PLOTINO (PLATONÓPOLIS)

Após a sua axitada viaxem pola Ásia e a morte de Amónio, Plotino descartou a hipotese de voltar a estabelecer-se em Alexandria, onde apenas esteve de passaxem para honrar a memória do mestre e selar um pacto com Erénio e Orígenes (os seus principais condiscípulos) que consistia em non revelar nem leccionar os ensinamentos non escritos de Amónio (razón pola qual Plotino xamais o nomeará nos seus escritos). Este “acordo de cavalheiros” procurava garantir que nenhum deles tirasse benefício pessoal dos seus apontamentos das aulas, que deveriam ser reelaborados de forma orixinal. Dando por concluída a sua formaçón, Plotino voltou as suas atençóns para Roma, onde ambicionava unha carreira como docente. Chegado à capital, montou a sua própria escola no ano 246, valendo-se de um subsídio estatal recebido pouco depois, durante o reinado de Galiano, que o tomou em alta estima desde o momento que o conheceu, debido à sua importância como filósofo. As aulas de Plotino na sua escola de Roma eram gratuitas e de entrada libre. Ao longo dos quase vinticinco anos que duraram, assistiram a elas pessoas de todas as classes sociais e credos relixiosos, incluindo cristáns, gnósticos e membros de escolas filosóficas rivais. Destacou-se também a elevada presença femenina, começando pola esposa do imperador Galiano, Salonina, que sentia por Plotino unha grande admiraçón. A escola recebia a visita habitual de numerosos membros do senado, o que é surpreendente por se tratar de um filósofo tán alheio à vida pública. Plotino non só viveu sempre afastado da política (o que naquel tempo complicado era unha espécie de mostra de integridade pessoal), como também fez o possíbel por desencoraxar os seus conhecidos quando tentavam entrar neste campo. Além disso, ao contrário de Platón e Aristóteles, mostrou um aberto desinteresse pola “razón política”, incluindo a organizaçón do Estado e as condiçóns cívicas da filosofia, assim como pola lóxica e polas técnicas argumentativas. Um sintoma do seu afastamento da “polis” é que, aproveitando os seus âmplos contactos no senado e o seu tratamento favorábel por parte de Galiano e Salonina, Plotino lhes tenha pedido para restaurar unha “cidade de filósofos”, que existira noutros tempos na Campânia, e para a qual ele mesmo se retiraría xuntamente com os seus discípulos. A cidade (na verdade, mais unha comunidade utópica) seria chamada “Platonópolis” debido à sua pretensón de aplicar as “Leis” que Platón elaborara no diálogo com esse nome, o último que escreveu. O proxecto, no entanto, foi minádo polas diverxências entre o imperador e os senadores.

ANTONIO DOPAZO GALLEGO

escola

Deixar un comentario