Arquivos diarios: 28/11/2021

ESPINOSA (MÉTODO INTUITIVO-PARADOXAL)

A experiência consiste em observar por um instante esta imaxe de unha paisaxem de montanha. Há duas cordilheiras cobertas de neve, unha colina, um vale, aldeias, bosques (pinhais, faias), o céu com diferentes tonalidades. Rexistado o seu conteúdo, podemos passar á sua possíbel interpretaçón. Claro que nón é unha cousa que se faça obrigatoriamente: o mais habitual é recrear o olhar com a paisaxe sem a analisar. Aqui, trata-se de entender os diversos modos possíbeis de observar a imaxe, a qual agora xá podemos descobrir que representa o mundo: a interpretaçón desta simples imaxem corresponde à interpretaçón do mundo. Ao ver a paisaxem, um cientista tentaria aplicar os seus princípios de análise e a sua metodoloxía, e construiría um modelo que talvez pudesse ter efeitos prácticos tecnolóxicos, mas que non atinxiría o fundo da realidade. O saber científico non chega à essência íntima do real porque parte sempre da hipótese de trabalho, de unha segunda realidade construída; non estuda o mundo, mas um modelo do mundo, unha concepçón do mundo. Alguns filósofos tentaram chegar ao núcleo principal da realidade. Os filósofos pré-socráticos, os primeiros da tradiçón ocidental, procuraram o princípio da realidade ou da natureza (que eles chamavam “physis”, daí que sexam denominados físicos). Procurarom o que habia por detrás, ou dentro, daquilo que percebiam polos sentidos, o mais real da realidade, a “última substância”, a ordem subxacente ao dinamismo aparentemente caótico da natureza, dos incessantes processos de mudança, xeraçón e corrupçón. Um pré-socrático teria visto nesta paisaxem algún princípio xerador que non se podia captar através dos sentidos: um teria visto “átomos” (partículas indivisíveis) que se combinam e rexeitam de diversas maneiras, outro, os “quatro elementos” – àgua, terra, ar, fogo – unidos polo amor e desunidos polo ódio, outro, um princípio indeterminado, imortal e indestructíbel, outro, o “ar” em diversos gráus de condensaçón ou rarefaçón, um pitagórico teria vislumbrado relaçóns de proporçón numéricas, Heraclito teria visto o princípio da realidade no próprio processo da mudança, no fluir ou devir, no “logos” ou lei universal que se expressa no mundo sensíbel… O mais importante, no que se refere aos filósofos físicos pré-socráticos, foi que teriam procurado na nossa paisaxem o que denominavam “archê da physis” (princípio da realidade ou da natureza).

JOAN SOLÉ

EM NOME DE GUILLADE (O SALÓN DO GALO)

UM TRABALHO FINAL DE GRADO DE HISTÓRIA DE ALBA IGLESIAS AMIL

Os militares franquistas que derom o quartelazo de 1936, colherom unha vivenda familiar dos Novoa situada na Rua D’Abaixo, para instalar unha prisón de mulheres. Os golpistas as retiverom na pranta baixa desta casa xunto com os seus filhos, com a intençón de presionar os seus familiares para que se entregaram aos militares. Os vecinhos passeam por diante deste edifício, sem ter consciência da existência deste lugar histórico, xá que non há nada que o recorde. Os sublevados exercerom unha violência brutal específica contra estas mulheres, com o fim de limpar de adversários a retaguarda. No caso concreto das mulheres, eram castigadas polos seus familiares que tinham escapado, xá que daquela as mulheres ainda non tinham a intervençón política dos nossos tempos. Som perseguidas, escolhidas, e colocadas diante do Concelho de Pontareas, com o obxectivo de humilhá-las. Som rapadas e depois passeádas até á prisón do “Salón do Galo”, onde quedam com os seus filhos presas, polo mero feito dos seus maridos ser contrários ao rexíme. Actualmente, procura-se ocultar estes feitos por parte dos herdeiros do sistema, para que as xentes non tenham conhecimento destes acontecimentos passados, e também para que non estexam preparados para um futuro possíbel.

A IRMANDADE CIRCULAR