OS CASTROS

Podería muito bem estabelecer-se unha certa diferênça entre os grandes castros que acabamos de descreber e os outros menos importântes, de dimensóns mais reducidas, e por isso de ordem inferior, correspondendo entre nós ao “castellum” dos latinos. Como ponto de partida para maiores investigaçóns, debe admitir-se esta diferênça, mas non mais: pois ainda que non há que calar-se, que a muitos deles chama a tradiçón “castelos”, talvés porque se levantaróm no seu centro em tempos posteriores algúns castelos, como sucedeu no “Lupário”, ou simplesmente unha torre como em outros que menciona a Compostelana. Y aquí será oportuno recordar, que se é certo como afirma o Sr. Barros Sibelo nas suas “Antigüedades”, que encontrou na Golada um castro de forma quadrada, melhor sería considerá-lo como campamento romano, como o forom sem dúvida num princípio os especiais empraçamentos que conhecemos com o nome xenérico de “Rocha”, e como aqueles situados mais na chán. Así em Iria a “Rocha Branca”, palácio e fortaleza dos seus prelados, em Santiago a “Rocha” também casa e castelo dos arzobispos composteláns, e em Narla a que leva o seu nome e sobre a qual esteve a casa e castelo dos Ulloas. Polo demais e mentras non se conheçam melhor, non resulta possíbel advertir nem sinalar nestes monumentos outras diferênças que as que resultan do número de corpos, da extensón da sua coroa, e da importância, antiguidade, disposiçón e material das fortificaçóns. Compreende-se bem, pelo seu número, pola posiçón estratéxica que ocupan e a sua correlaçón, que formarom à sua hora unha dilatada linha de fortificaçons regulares e ordenadas para um mesmo fím, que delatam no país galego, ao tempo que unha grande poboaçón, um estado de guerra ou quanto menos de resistência largo e duradouro. Encontram-se nas desembocaduras dos rios, vixiando os caminhos, dominando as cháns e ao parecer guardando as sementeiras que se extendiam ao pé dos montes, nas encanadas e nos vales que cobrem o nosso chán. Tomando mán das palabras do P. Sobreira, afirman algúns que os castros forman círculos entre sí, e outros anhadem que os de unha rexión dada aparecem como subordinados a um maior, colocado no centro, e assím sempre. Non duvidá-mos da importância desta observaçón, mas sim de que os dactos reunidos permitam estabelecê-la como xeral. As palabras “Castrelo”, “Cráto”, “Castrélinho”, “Castrón”, “Castro Mao”, “Castro Mor”, “Castrovalente”, “Castro Lupário”, etc… non indicam outra diversidade que a do seu valor, dimensón ou destino, nem dependência algunha entre sí. Apenas há poboaçón que non se encontre rodeada por eles: apenas unha aldeia que non tenha o seu. Santiago que é unha cidade por enteiro filha dos tempos médios, foi levantada sobre um “Castro Lupário”, e tem quase à vista o de Vite, o de Angrois, a Susana, Figueira, Fecha e outros mais. Betanzos o Velho, estaba defendido por seis castros, todos eles importântes.
MANUEL MURGUÍA