Arquivos diarios: 10/11/2021

ESCRITORES HISPÂNOS (RAFAEL MARÍA BARALT)

Baralt, Rafael María (Maracaibo, 1810 – 1860). Poeta e historiador venezolano. Viaxou a Espanha em 1843, onde viu cumprido o seu desexo de ser membro “de número” da Real Academia de la Lengua, a pesar da sua ignorância em gramática comparativa. Do seu “Diccionario matriz de la lengua española” e do seu “Diccionario de galicismos” afirmou Menéndez y Pelayo: “parece … preocupado só com levantar um muro entre o castelán e o françês; acostuma dar em decisóns caprichosas, que parecem filhas do mal-humor, mais que um sistema racional e consequênte”. Como poeta tratou de imitar, sem êxito, a fray Luis de León e a Góngora. A sua prosa é convencional. Actualmente caíu no esquecimento, a pesar de que a sua cidade natal lhe erixíu unha estátua. Editou os escritos históricos de Ramón Díaz, “Resumen de la historia antigua y moderna de Venezuela” (París, 1841, dous volûmes).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS BARAHONA DE SOTO)

Barahona de Soto, Luis (Lucena, 1548 – 1595). Poeta e prossista. Estudou em Granada e doutorou-se em Osuna. Foi membro da tertulia de Venegas e participou na guerra contra os mouriscos das Alpujarras. Escrebeu unhas “Fábulas de Vertumno y Acteón”, a primeira cheia de versos gráceis e melodiosos e a segunda influenciada polas Metamorfoses de Ovidio. Na “Égloga de las hamadríades” experimentou com os metros italianos e está considerado como antecedente da poesía gongorina. A sua obra mais conhecida é “Primera parte de la Angélica” (1586), também chamada “Las lágrimas de Angélica”, unha das melhores continuaçóns em castelán do “Orlando furioso” de Ariosto, ainda que non tenha nem a fantasía desbordante nem o poderío do seu modelo. Barahona anunciou unha segunda parte, mas nunca a acabou. Foi Lope de Vega quem acabou por fazê-lo em “La hermosura de Angélica”, que resulta demasiado dispersa. Algúns fragmentos da proxectada segunda parte de Barahona podem-se encontrar nos seus “Diálogos sobre la montería”, o melhor tratado sem dúvida de caza escrito em castelán. As suas “Poesías” forom editadas na BAE, 35 volûmes (1855) e 42 volûmes (1857).

OXFORD