ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO ANTONIO BANCES CANDAMO)

Bances Candamo, Francisco Antonio de (Avilés, Asturias, 1662 – 1704). Dramaturgo, crítico de teatro e historiador. Estudou filosofía, leis e direito canónico na Universidade de Sevilla. Marchou para Madrid a probar sorte como autor teatral. A sua primeira obra documentada na côrte foi “Por su rey y por su dama” (1685), escenificada para a celebraçón do aniversário do imperador. É a primeira de unha série de obras de intençón didáctica nas que Bances faborecía o regreso do rei dos Países Baixos, nos quais se encontraba naquel momento. Em 1687 recebeu o nomeamento de escritor do rei, mas as suas péças, excessivamente francas, levárom-no a renunciar ao cargo seguidamente à escenificaçón da sua triloxía em 1693-1694. Depois da representaçón da primeira das três comédias, “El esclavo en grillos de oro”, Bances Candamo foi ferido no peito por um espectador molesto pola temática da obra: a conspiraçón que fraguou 0vinius Clamillus para destronar a Trajano e usurpar o poder. Trajano toma conhecimento do complot e condena o senador a reinar no seu lugar para que descubra, que ser rei é ser “esclavo en grillos de oro”. O audictório pensou que a obra atacaba ao conde de Oropesa e à mala administraçón do rei, desde a caída do primeiro. Também daba a entender a necessidade de nomear um sucesor conhecido. Bances Candamo, tivo que fuxir para Madrid até que em 1696 foi estreada a sua obra “¿Cuál es afecto mayor: lealtad, sangre o amor?”, que tampouco influíu na política real. Tinha sído pouco antes nomeado tesoureiro oficial, mas renunciou ao cargo pouco antes de morrer na cidade de Lezuza. Bances Candamo é mais importante do que xeralmente se pensa. Luzán eloxiou “o seu enxenho, o seu elegante estilo, as suas notícias nada vulgares e polo grande cuidado que manifestou na verossimilitude, decoro e propriedade dos lances e das pessoas”. As suas “Obras dramáticas” (1772, dous volûmes) incluiem “La piedra filosofal” (reeditada por M. Cattaneo en 1974), de corte calderoniano; “El duelo contra su dama”, de estilo costumbrista; duas obras no estilo de Lope: “El español más amante y desgraciado Macías” e “El sastre del Campillo”; unha obra histórica basseada em Cristina de Suécia, “Quien es quién premia el amor”. As suas poesías forom publicadas como “Obras líricas” (1720, reeditadas em Barcelona, 1949). Apesar da importância das suas obras teatrais, talvez a maior aportaçón de Bances sexa “Teatro de los teatros de los passados y presentes siglos” (ed. Serrano y Sanz, RABM, 1901, V e VI), do qual fixo três versóns diferêntes. A primeira é unha defesa do decoro no teatro, ademais de dar prioridade à verdade poética sobre o mero feito histórico. Foi escrita em 1689 – 1690 para defender-se dos ataques do Xesuíta Ignacio de Camargo. A segunda e a terceira partes (1692 – 1694) son fragmentos de unha história universal do teatro desde a antiga Grecia. Na segunda parte expresa a ideia de que ao escreber obras para os reis há que dizer as cousas sem dizê-las, e expressar ideias sem sermonear, fazer “histórias vivas que, sem falar com eles, lhes hán de instruir com tal respeito que sexa a sua mesma razón quem do que vê, tome as advertências, e non o enxenho quem lhas diga. Para este dizer sem dizer, ¿quem duvidará sexa menester grande arte?” Para Moir a obra de Bances Candamo é, xunto com a “Aprobaçón” das comédias de Calderón del padre Guerra, o texto mais importânte de crítica teatral do seu século.

OXFORD

Deixar un comentario