Arquivos diarios: 30/08/2021

O VINHO (3)

Neste terceiro artigo sobre o vinho, procuraremos andar em torno do conceito de “terroir”, ou sexa da personalidade distintíva que o terreno transmite aos caldos. Tendo em conta os progressos que se verificarom nos últimos anos no mundo da enoloxía, e que permitem na actualidade fabricar bons vinhos, inclúso vinhos extraordinários, em qualquer parte do planeta, isto, podería levar a que os vinhos tenderam a ser todos iguais. Ou polo menos a parecerem-se bastante todos eles, o qual sería, do ponto de vista comercial, unha autêntica catástrofe económica e non só. Os entendidos na matéria, afirmam que isto podería dar-se no campo dos vinhos medíocres, mas nunca nos grandes vinhos, que tenhem um nome e um apelido, ou sexa unha marca. Que, nem a regulaçón térmica, nem a mesa de selecçón, nem a prensa pneumática, poderiam arruinar a personalidade dos bons vinhos. A nocçón francesa de “terroir”, que era quase ignorada antâno, agora alcânça unha importância relevante, para diferênciar os grandes vinhos, que buscam a expressón singular do lugar de cultivo, procurando sacar todo o potêncial característico déstas terras. Non obstânte, as terras ricas non som forzosamente as que dam grandes vinhos. Os terrenos escolhidos, aliádos com unhas boas condiçóns climáticas, podem dar às vezes vinhos inigualábeis, como poderiam ser: um Margaux, um Latour, ou um Mouton, etc… Ungría, Itália e Espanha, tenhem muitos bons vinhos, inclúso algúns excepcionais. Grandes vinhos, vinhos diferentes, imáxes do seu próprio território, e da incríbel diversidade que constitui a riqueza do mundo.

LÉRIA CULTURAL

LEIBNIZ (PARIS VALE BEM… OUTRA FILOSOFIA)

Leibniz prolongará a sua estada em Paris por quase quatro anos, até Outubro de 1676. Tanto os seus biógrafos como os seus intérpretes están de acordo em sublinhar a importância deste período para o desenvolvimento científico e filosófico do autor. Nesta cidade, devorou os manuscriptos de Descartes e Pascal, e conheceu pessoalmente Antoine Arnauld, o bibliotecário real Pierre Carcay, Malebranche -com quem manterá unha significativa correspondência ao longo da sua vida- e diversos cientistas e matemáticos como Mariotte, Roberval, Tschirnhaus e, sobretudo, Huygens, que o axudou a aprofundar o conhecimento da matemática; xá na visita realizada por Leibniz a Huygens no Outono de 1672, este tinha recomendado a leitura das obras de Pascal, Fabri, a “Geometria de Descartes”, a “Arithmetica infinitorum de John Wallis” e o “Opus Geometricum” de Grégoire de Saint-Vincent, e tinha-lhe apresentado um problema matemático (que Huygens xá habia resolvido em 1665) para pôr à proba o xovem alemán: encontrar a suma da série infinita dos números triangulares recíprocos. Em Leipzig e Jena, Leibniz tinha estudado fundamentalmente aritmética (propriedades dos números e combinatória), mas conhecia bem as suas lacunas nos níveis superiores da matemática e da xeometria. Por isso, aprofundar o seu estudo era unha das suas prioridades. Proba do aproveitamento intensivo dos seus estudos parisienses foi a sua descoberta do “cálculo das diferênças e da quadratura aritmética”, ambos tán relevantes na polémica para estabelecer a prioridade na descoberta do “cálculo infinitesimal”, sem esquecer a construçón da máquina de calcular que Leibniz apresentou à Academia de Ciências de Paris para pedir a sua admissón. O artefacto de Leibniz podia multiplicar, dividir e calcular raízes quadradas, ultrapassava, por isso, a máquina aritmética de Pascal (a “pascalina”, que só podia sumar e subtrair). Leibniz gastou as suas poupanças na sua construçón.

CONCHA ROLDÁN