Quando falamos de egotismo, é necessário referirmos Hegel? O tom deste filósofo, especialmente nos seus escritos finais, estaba cheio de desprezo por tudo o que parecesse subxectivo: o ponto de vista do indivíduo, as suas opinións e desexos eram considerados irrelevantes, a non ser que tivessem estado em concordância com a marca providencial de acontecimentos e ideias no mundo com peso. Este realismo cheio de acritude era, no entanto, idealista no sentido em que a substância do mundo era concebida non como algo material mas conceptual, unha lei da lóxica que animava os fenómenos. O mundo era como um enigma ou a proclamaçón de um confuso oráculo; e a soluçón do “puzzle” residiria na romântica ideia da instabilidade ou contradiçón interna de cada finita forma de ser, instabilidade que a obrigaria a transformar-se nunha cousa diferente. A direçón deste movimento poderia ser compreendida em virtude de unha espécie de dialéctica vital ou de dramática necessidade inerente à nossa própria reflexón. Hegel era um solemne sofista: fazia do discurso a chave da realidade.
SANTAYANA, GEORGE (EGOTISM IN GERMAN PHILOSOPHY)