
Tratando-se de povoaçóns das alturas, forzoso é falar dos “Castros” esses especiais monumentos. Na realidade, aquelas primitivas cidades, asentábam-se todas elas em grandes castros, cuxo destino dá bem a entender o nome com que as recorda a tradiçón. Desde a Cinânia portuguesa até à galega Armeá, à qual, como queda dito, chamou castro o Padre Sarmiento, todas o som. Ao mesmo tempo fortaleza e cidade, presentam-se ao nosso arbítrio baixo todos os aspectos na que a cidade antiga pode ser considerada, isto é, como templo, como morada do xefe e por tanto como tribunal e lugar de asambleia. O seu destino relixioso o proclamam os castros Nemeño e de Rebón; o xurídico, o de Faramello, conhecido também por castro Lupario, nome que denota residência real; como lugar de asambleia o de Santa Susana (Santiago); como fortificaçón o aspecto e disposiçón de todos eles. É pois o monumento mais curioso que a idade antiga nos legou. Se queremos dar unha ideia destes monumentos com as mais breves palabras possíbeis, bastará dicer que o “castro” é o “oppidum” dos galos. Varíam na forma, ainda que non tanto como na extensón, e por conseguinte na importância; mas, no fundo som o mesmo, isto é, unha colina mais ou menos acentuada, que se aproveita e dispón para a defesa de um pequeno território. Dentro de um murado recinto pode abrigar unha pequena povoaçón. Com grande verdade, afirma o vulgo que os castros se vem uns aos outros. Assim é. Nunca se encontra um só, mas sí os necessários para formar unha linha circular de primitivas fortificaçóns que guardam unha cidade ou um val, unha rexión dada. Enlazam-se os uns aos outros e correspondem-se, continuando polas estribaçóns das montanhas, como os vales que se sucedem ao longo do país galego. Talmente, unha serpe de inumerábeis aneis, que se estênde e enrosca indefinidamente. O mesmo Castro é como unha espiral que vai do chán o cûme, dando as suas, duas, três ou mais voltas ó redor da colina.
MANUEL MURGUÍA