
Os anarcos, non pisabam a Bodega Bohémia, por considerála a inmundícia de unha sociedade corrupta. “A arpía da Concha Piquer, tinha-se cargado a Miguel de Molina”, afirmabam. “Para quedar-se só”, remataba o caixista. E eu colhía uns cabreos lexendários porque adoraba a Concha Piquer. E a continuo adorando. “Esa zorra amiga de Serrano Súñer”, insistía o impressor. “A zorra será a tua irmán”, replicaba eu. Acredito que comecei a interesarme polos asuntos da política, porque esta xente sabía muitas cousas, que os demais ignorábamos. Tinham perdido a guerra, mas restába-lhes a sabedoría. Eu duvidába de que tán alto preço e sacrifício, tiveram merecido a pena. Aquel home bom, miope e sábio, tinha unha irmán que era unha santa. E non por falta de beleza e de sensibilidade, senón por convicçón: unha santa anarquista, que tinha dedicado a sua vida à causa e à que eu, por despeito, chamaba zorra. Decía-lhe eu ao velho, Felipe Padierna, o caixista, a tua irmán vai quedar para vestir santos. O de vestir santos, sacábao de quício (era a minha vinganza polos seus agrávios feitos à Piquer). Ademais da nostalxía e da solidón, os espanhois sofrián de outros males na Alemanha. Contába-mo, unha noite um austríaco borracho e impotente, Adolf Polster, que tinha sido das SS. Polster tinha boa memória e mala consciência. Traxinába em negócios de subcontrata para subempressas: perros xudeus, perros turcos, perros gregps; sem papeis, sem dereitos, sem nada. Essa mercadoría humana era a mais rentábel. Perguntei-lhe polos perros espanhois? Respondeu-me que, em linhas xerais, todos os espanhois chegabam com os papeis arranxados e com dereitos e que para o seu negócio, isso non era conveniente. “Eu colho-os só para malas “chapuzas”, duro “arbeiten” mas bom, com horas extras, mais dinheiro: cobram, calan, “sehr gut”. Adolf Polster era um “hijoputa”, “negrero” que, encima, vinha divertir-se a Espanha. Non era o único responsábel, pois suponho que tería os seus capatazes, os seus políticos untados com marcos cobertos de suor e de miséria proletária. Herr Polster, forrado de dinheiro, era um miserábel que non sabía como gastálo; senón, que facía naquel hotelucho? Misturado com o que começábamos a chamar “turismo de alpargata”. Por dinheiro, a seu sitio estaba mais arriba, nos luxos da Costa Brava; por mentalidade e educaçón, era um mais entre os proletas.
JAVIER VILLÁN E DAVID OURO