
Que princípios de xustiça escolheriam os indivíduos se non soubessem se som ricos ou pobres, homes ou mulheres, brancos, negros ou amarelos, homossexuais ou heterossexuais, seguidores de unha relixión, agnósticos ou ateus, etc…? É preciso pensar que após a escolha dos princípios, os indivíduos se ván desfazer do “véu de ignorância” e descobriram quem realmente som. Trata-se de fazer unha escolha nunha hipotéctica situaçón de igualdade. Isso garante que os princípios de xustiça escolhidos correspondem realmente ao nosso sentido de xustiça mais autêntico, libre de preconceitos e interesses particulares que o obscureçam. Em primeiro lugar, os membros da posiçón orixinal vam querer protexer qualquer escolha de vida boa que possam chegar a realizar. Ou sexa, ván querer viver nunha sociedade que aceite que os seus membros professem unha ou outra relixión ou nenhuma, que sigam um ou outro ideal ético, que non existam priviléxios sociais a favor de qualquer unha das escolhas, etc… Definitivamente, ván querer que se poida viver em liberdade e que a opinión da maioria non sirva para oprimir, nem legal nem socialmente as minorias. Os membros da posiçón orixinal sabem que, por detrás do “véu de ignorância”, poderiam ser qualquer pessoa e, por esse motivo, están racionalmente interessados em protexer-se da possíbel opressón que os outros possam exercer. O único limite que colocam à liberdade pessoal é que com ela non se magoe os outros, porque nós podíamos ser cada um deles. Por isso, o primeiro princípio de xustiça garantirá liberdades iguais para todos.
ÁNGEL PUYOL