Arquivos mensuais: Maio 2021

CANCIONEIRO D’AJUDA (ESTES OLHOS MEUS)

Estes meus ollos nunca per

deran, sennor gran coita mentreu vi

vo for e direi vos fremosa mia

sennor destes meus ollos a coita

que an Choran çegan quandal

guen non veén. ora çegan por algue

que veém

Guisado teem de nunca perder

meus ollos coita e meu coraçon

estas coitas senor minhas son

mais los meus ollos por alguen veér

Choram çegan quandalguen non véem.

E nunca ia poderei aver ben

pois que amor ia non quer nen quer deus.

mais os cativos destes ollos meus

morreran sempre por veer alguen

Choram çegan quandalguen non véém

.

CANCIONEIRO D’AJUDA (CCXXXVII)

KUHN (AS CRISES RESOLVEM-SE COM UNHA REVOLUÇÓN BREVE)

Pois bem, esta visón tán característica da filosofia clássica da ciência, quanto à identidade das teorías (quer dizer, acerca de que tipo de entidades som), as suas relaçóns com a experiência e as suas eventuais relaçóns com outras teorias, é precisamente o que Kuhn pôn em causa. Nega pura e simplesmente as três teses clássicas que acabamos de expor: a) unha teoria científica non é simplesmente um conxunto axiomático de princípios; b) a sua relaçón com a experiência é de natureza muito diferente da que os filósofos clássicos da ciência supónhem, tanto “positivistas lóxicos” como “popperianos”; c) quando unha teoria considerada “melhor” sucede a outra mais antiga, a relaçón entre ambas non é de reduçón no sentido que descrebemos, mas de “incomensurabilidade” (de que falaremos mais adiante). Segundo Kuhn, o motor da dinâmica científica non é nem a induçón (como acreditam Carnap e os seus seguidores), nem a deduçón (como defendem os popperianos). De facto, non existe apenas unha forma de dinámica científica, mas duas, e nem unha nem outra correspondem aos modelos “inductivistas” ou “falsificacionistas”. Através dos seus estudos históricos, Kuhn detecta dous tipos de fases completamente diferentes na evoluçón de unha disciplina científica: por um lado, períodos que descrebe como de “ciência normal” e, por outro, períodos que classifica como de “ciência revolucionária” (para sermos exactos, deveríamos acrescentar, embora Kuhn nunca o tenha dito de forma explícita, um terceiro tipo de período entre os dous anteriores, unha fase mista e confusa de “crise”. Os períodos de “ciência normal” nunha determinada disciplina som, em xeral, bastante mais longos que as épocas revolucionárias. Veriamos alguns exemplos históricos de períodos de “ciência normal”: o desenvolvimento da “astronomia ptolemaica” (mais correctamente denominada “astronomia xeocêntrica”) desde o século V a. C. até meados do século XV (uns 2000 anos); o desenvolvimento da “mecânica newtoniana” desde finais do século XVII até começos do século XX (mais de duzentos anos); a “química daltoniana” durante todo o século XIX (cem anos); o desenvolvimento da “xenética” inadequadamente chamada “mendeliana” desde princípios do século XX até meados da década de 1950 (mais de meio século). Em contrapartida, as revoluçóns científicas costuman ter lugar em lápsos relactivamente breves (como acontece também com as revoluçóns políticas): além do caso singular da revoluçón “copernicana”, ou sexa, “heliocêntrica” (que foi abrindo caminho ao longo de século e meio), exemplos preeminentes de revoluçóns científicas, como a construçón da nova mecânica por Newton, o descobrimento do “processo de oxidaçón” por Lavoisier ou a concepçón das “teorias da relactividade” por Einstein, correspondem a fases revolucionárias comparativamente breves, xá que se estendem por apenas alguns anos. O esquema da revoluçón de unha disciplina científica segundo Kuhn é, pois, esquematicamente o seguinte a partir do momento em que a disciplina em questón se consolida como disciplina verdadeiramente científica (e non como um mero conglomerado heteróclito de especulaçóns dispares), desenvolve-se durante um longo período de “ciência normal”, o qual num determinado momento, vai derivar nunha crise, que se resolve por unha revoluçón, à qual sucede um novo período de “ciência normal”, que em algum momento também entrará em crise, dando lugar a outra revoluçón, e assim sucessivamente. De um ponto de vista epistemolóxico xeral, o importante é verificar que os conteúdos da “ciência normal” e da “ciência revolucionária” som completamente diferentes. Vexamos em que consistem uns e outros.

C. ULISES MOULINES

LITERATURA CLÁSSICA GREGA (TEOGNIS)

Teognis é um dos poucos poetas gregos (e o único da era arcaica) cuxa obra nos chegou, non nunha pequena selecçón realizada por antoloxistas, non em fragmentos citados por autores posteriores ou em trozos de papiro, senón como um corpo completo conservado a través da Antiguidade tardía e durante o período bizantino. Desgraçadamente, este corpo é mais do que completo: temos demasiado. O texto conservado nos manuscritos medievais compom-se de uns 600 “dísticos elexíacos”; um manuscrito, o mais antigo e melhor, acumula outro centenar baixo o epígrafe de “Libro segundo”. Os versos están escritos em sequência ininterrompida, mas non existe estructura xeral, non há continuidade lóxica que se mantenha muito tempo. Polo contrário, encontra-mos a cada passo câmbios de tema abruptos, assím como de suxeito e inclúso de destinatário. Están lonxe de ser pouco comúns a repetiçón – verbal e temática- , a incoherência e a contradiçón franca. Resulta difícil evitar concluir que nos enfrentamos a unha colecçón miscelânea de poemas elexíacos. a maioría muito curtos, alguns incompletos; está claro que non som todos da mesma mán, polo feito de que muitas séries curtas de versos encontradas em Teognis, están noutros lugares atribuídas de maneira firme a Solón, Mimnermo e Tirteo. Non sabemos quanto mais da obra destes poetas fica por reconhecer no “corpus de Teognis”, posto que non temos fragmentos das suas obras; nunca saberemos, tampouco, quantos poétas mais, hoxe anónimos, forom levados a engrossar a mostra. O chamado libro segundo toca o mesmo tema em toda a sua extensón – o “amor efébico” -; compôm-se de unha série de unidades curtas (um ou dous dísticos na maioría dos casos), muitas das quais começam com “rapaz”… Mas o resto da miscelânea contem artículos tán diversos, como breves invocaçóns às divindades (Apolo, Ártemis e as Musas), poemas dirixidos por Teognis a Cirno, filho de Polipante , com outros extendidos polo resto de poemas, dirixidos a outros homes (Simónides e Onomácrito por exemplo), que bem podem ser as personáxes bem conhecidas, mencionadas em outros lugares, mas que também podem non sê-lo), exhortaçóns gnómicas morais de um carácter xeral, por non dizer banal, e cançóns de bebedores do tipo de moda entre os parrandistas dos banquetes aristocráticos. Parece como se unha colecçón orixinal de poemas de Teognis, dirixidos a Cirno, um home muito mais xovem, houbera medrado durante o curso de muitos anos de transmisón, até ao seu presente formato e tamanho, por adicçón de material paralelo (e em contraste), talvez também polo procedimento de extraçón. Non sabemos em que momento exacto se fixo a antoloxía na sua forma actual. Os poetas cuxa obra podemos identificar como (Solón, Mimnermo, Tirteo), som todos anteriores ao século V, e, até onde podemos afirmá-lo, os poétas do século V que utilizarom o “dístico elexíaco” (Ión de Quíos, Simónides, Critias) non están representados. O acontecimento histórico mais tardío que se menciona é a invasón persa da Grecia no 480 a. C.; os versos 773-82, som um eloquente chamamento a Apolo para que salve Megara, refére-se claramente a um perigo presente, non alonxado, e também lamentam a desunión dos gregos frente ao invasor.

P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)

DAVID HUME (O ARGUMENTO DO DESÍGNIO)

Todas as relixións som, de unha maneira xeral, compostas por “verdades” relixiosas, afirmaçóns consideradas polos fiéis como indiscutivelmente verdadeiras, e por rituais -cerimónias com que estes, adoram a divindade. Por sua vez, as verdades relixiosas podem, quanto à forma como as conhecemos, ser “verdades reveladas”, verdades de que o crente tem conhecimento por revelaçón divina, ou “verdades de razón”, isto é, verdades que podem ser conhecidas meramente pola razón, independentemente de serem ou non também conhecidas por revelaçón. A “Santíssima Trindade” é um bom exemplo do primeiro tipo de verdades e a existência de Deus do último tipo. As primeiras som, por esse motivo, obxecto de “relixión revelada”, ao passo que as últimas som obxecto de “relixión natural” ou “teoloxia natural”. Embora as verdades reveladas sexam o elemento central da tradiçón relixiosa occidental, os teólogos e os filósofos cristáns procuraram, desde muito cedo e tendo por ponto de partida a filosofía grega antiga, formular argumentos para provar a existência de Deus. Desses argumentos, os mais conhecidos som o “argumento ontolóxico” de Santo Anselmo, o “argumento cosmolóxico” e o “argumento do desígnio”. De todos, o “argumento do desígnio” é histórica e filosoficamente o mais importante. A ideia de desígnio, mesmo na sua forma mais sofisticada, é muito antiga. Tem as suas raízes nas especulaçóns filosóficas gregas acerca da natureza do universo. Acontece primeiro em Platón, nos diálogos (Fedón -97 c) e no Timeu (46 d-e), e depois em Aristóteles, que faz dela unha das suas quatro causas, a causa final). Aparece em seguida em Cícero, que realça a complexidade dos seres vivos, chama a atençón para a sua semelhança com os artefactos humanos e concluie que non podem ter tido unha orixem casual. No mundo medieval cristán, a ideia volta a surxir na última das “Cinco Vias” com que S. Tomás de Aquino pretende provar a existência de Deus. A ciência moderna, que resultou da revoluçón científica do século XVII, tendeu a rexeitar as explicaçóns finalistas, mas algunhas ciências entón emerxentes, como a astronomia, a química ou a bioloxía, forneceram exemplos de sistemas de tal maneira complexos que pareceu impossíbel que pudessem ser resultado do acaso ou das meras leis da natureza. Isto tornou o “argumento do desígnio” tán popular, mesmo entre os cientístas, que era unanimemente considerado unha proba incontestábel da existência de Deus. As “ciências naturais” e a “teoloxia natural” tornaram-se assim duas faces da mesma moeda, com as primeiras a fornecer os exemplos em que se apoiavam as pretensóns da segunda. É neste contexto de optimismo, mas também de dogmatismo relixioso, em que “relixión revelada” e “relixión natural”, “verdades de fé” e “verdades de razón”, se unem para afirmar a existência de Deus e os seus dictames morais, que os Diálogos surxem em 1779. Hume xá tinha antes atacado a “relixión natural”. Na Secçón XI da “Investigaçón sobre o Entendimento Humano”, embora de forma breve, pom em causa o “argumento do desígnio” e a sua suposta capacidade de probar a existência de unha causa intelixente do universo. Os Diálogos alargam e refinam esse ataque à pretensa racionalidade das crenças relixiosas.

DAVID HUME (DIÁLOGOS)

BREVE HISTÓRIA DE QUASE TUDO

Por razóns desconhecidas os seus átomos vam dispersar-se em silêncio, para se transformarem noutras cousas. E será o fim da história para si. Apesar de tudo, xá non é nada mau que assim sexa. De um modo xeral, o mesmo non acontece no universo, polo menos que se saiba. O que non deixa de ser estranho, porque os átomos que com tán boa vontade e xenerosidade se agregam para formar os seres humanos aqui naTerra som exactamente os mesmos que se recusam a fazê-lo em todo e qualquer outro lugar. A vida pode ser muitas cousas, mas do ponto de vista químico, é curiosamente simples: carbono, hidroxénio, oxixénio e azoto, um pouco de cálcio, unha pitada de enxofre, uns pozinhos de outros elementos muito corriqueiros – nada que non possa encontrar-se nunha farmácia normal – e pronto, non é preciso mais nada. A única característica especial dos átomos que o constituiem a si, é o facto de o constituírem a si. E nisso consiste o milagre da vida. Quer formem ou non vida em qualquer outro lugar do universo, é inegábel que formam muitas outras cousas, melhor dizendo, formam tudo o resto que existe. Sem eles non haberia àgua, aire, rochas, estrelas ou planetas, nuvens gasosas distantes ou nebulosas a xirar, ou qualquer outra das cousas que fazem do universo unha matéria tán rica. Os átomos som tán numerosos e necessários que temos a tentaçón de esquecer que, na realidade, nem sequer precisariam de existir. Non há nenhuma lei que esixa que o universo se encha de inúmeras partículas de matéria ou que produza luz e gravidade ou as outras propriedades físicas com que se articula a nossa existência. Na verdade, non tem de haber universo nenhum. E non hoube, durante a maior parte do tempo. Non houbo átomos e non houbo um universo onde eles pudessem fluctuar. Non houbo nada. Nada de nada, em lado nenhum. Portanto, só temos de agradecer aos átomos.

BILL BRYSON

POPPER (O “MODUS TOLLENS”)

Que razóns pode Popper apresentar a favor desta tese aparentemente tán contrária ‘a nossa intuiçón e ao que qualquer pessoa minimamente informada espera da ciência? O seu argumento principal a favor desta tese, ao que parece tán deprimente, é de carácter estrictamente lóxico-formal. No entanto, na orixem da sua concepçón cabe um papel a unha constataçón histórica, bem como a unha tomada de posiçón ética. Começaremos pola constataçón histórica, continuaremos com o argumento lóxico (que é o central) e terminaremos com a questón ética. Popper apercebeu-se muito cedo (segundo ele próprio, na adolescência) de que as grandes teorías científicas do passado, inclusive as de maior êxito, foram a posteriori consideradas falsas. O exemplo histórico de maior relevância foi a teoría da gravitaçón de Newton. Durante mais de duzentos anos depois de ter sido formulada, esta teoría foi considerada, tanto polos próprios físicos como polos leigos, unha contribuiçón impressionante e definitiva para o conhecimento humano: explicaba (e sobretudo previa!) toda unha série de fenómenos que até entón tinham permanecido inexplicábeis, do movimento dos planetas à oscilaçón do pêndulo, passando polas marés e pola forma da terra. Contudo, apesar de todas estas conquistas formidábeis, no início do século XX apareceu um “axitador”, Einstein, que, apoiando-se tanto nas suas próprias consideraçóns teóricas como nas experiências e nas observaçóns de outros, refutou de vez a teoría newtoniana. As experiências e observaçóns posteriores continuaram a dar razón a Einstein e non a Newton. Poderíamos sem dúvida, alegar que o caso da teoría de Newton e de muitas outras boas teorías científicas, que na altura em que foram propostas tiveram mais ou menos êxito, mas a longo prazo se verificou serem falsas, som lamentábeis, porêm, non vale a pena estar sempre a referi-las e, em princípio, poderá conceber-se unha teoría que, polo menos para um certo âmbito da realidade, sexa definitivamente confirmada e, portanto, simplesmente verdadeira. Foi isto que muitos cientistas pensarom (e ainda pensam): independentemente do que tenha acontecido no passado, um dia encontraremos a teoría definitiva sobre o universo (ou, polo menos, sobre unha parte dele). Todavia, é neste ponto que entra em acçón o poderoso argumento lóxico-formal de Popper: é por razóns lóxicas estrictas que unha teoría científica, por plausíbel que pareça e por bem corroborada que estexa por muitas observaçóns e experiências particulares, nunca poderá conter em sí mesma a garantia da sua veracidade, e estará sempre sob a ameaça de ser refutada. O argumento que Popper utiliza para xustificar a sua tese é unha regra da lóxica: o chamado “modus tollens”, unha peça-chave da metodoloxía popperiana.

C. ULISES MOULINES

ESCRITORES HISPÂNOS (HILARIO ASCASUBI)

Ascasubi, Hilario (Posta del Fraile Muerto, 1807-1875). Poeta do gauchismo e xornalista arxentino, que se opúxo ao rexíme do dictador Rosas e que conseguíu escapar da cárcere trás dous anos de cautiveiro. Asentou-se em Montevideo, Uruguay, a partir de 1832. Alí continuou com a tradiçón literária gauchesca de Juan Gualberto Godoy e Bartolomé Hidalgo em revistas feitas por el mesmo e que frequentemente non passabam do primeiro número, como “El Arriero Argentino” (dous de Septembro de 1830), a qual escrebeu baixo o pseudónimo de “Gaucho Cordobés”. Editou também, com mais fortuna “El Gaucho en Campaña” (quatro números em 1839). “El Gaucho Jacinto Cielo” (doze números em 1843). A maior parte dos seus escrítos perderom-se, mas ainda quedam restos dos seus trabalhos, em dous libros aparecidos ainda em vida do autor: “Trovos de Paulino Lucero” (1853, dous vols.) e “Paulino Lucero ou Los gauchos del Río de la Plata cantando y combatiendo contra los tiranos de las Repúblicas Argentina y Oriental del Uruguay”, 1839-1851 (París, 1872). Editou também a revista satírica “Aniceto el Gallo”, na qual o título se servía também como pseudónimo; alcanzou catorze números e um boletín especial que se publicou entre os anos 1853 e 1859. A contribuiçón mais substâncial de Ascasubi à literatura gauchesca foi “Santos Véga”, poema narrativo de considerábel lonxitude; as duas primeiras partes aparecerom entre 1850-1851 como “Los mellizos de La Flor” e tenhem mais de mil versos. Narra a vida de dous xémeos, um bom e o outro criminal, através da voz do “payador” Santos Vega. Ascasubi terminou o seu poema em París quase vinte anos despois. Em total alcanza os 12.604 versos e foi publicado como o primeiro volûme das suas “Obras Completas” (París, 1872).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (LITERATURA ARTÚRICA)

Artúrica, Literatura. As novelas europeias do “ciclo de Arturo”, forom parte integrante da tradiçón oral e escrita desde o século XII. Ningunha novela permaneceu igual a través do tempo, ou ao passar de um país para outro, ou de unha fala para a outra. A maioría enriqueceu-se com passaxens que provinham de fontes diversas às que orixinalmente tinham criádo ao rei Arturo e aos cabaleiros da “Tábora Redonda”. As primeiras referências à chamada “matéria de Bretanha”, dentro da Península Ibérica encontram-se em Catalunha, alá por finais do século XII. Unha novela provençal em verso chamada “Jaufré”, escríta por um discípulo de Chrétien de Troyes, está dedicada a um rey catalán. Do século XIII em diante, muitas obras françêsas do “Ciclo Artúrico” em prosa e em verso forom conhecidas em Catalunha, e várias forom traducídas. A entrada em Castela tivo lugar mais tarde, xá que as traduçóns mais temperáns ao castelán provenhem do século XIV. Ainda que o artúrico tivo um bom nível de aceitaçón, as obras producidas em Castela som escásas: unha versón do “ciclo da post-Vulgata” escríto em Frânça (1230-1240), conhecido como o “Roman du Graal” dividido em três partes: a primeira foi chamada de “José Abarimatia” e trata da história temperam do “Grial”; a segunda narra a história de “Merlín” e a criaçón da “Tábora Redonda”, sendo publicada baixo o título de “Balandró del sabio Merlín” a finais do século XV; a terceira parte trata da conquista do “Grial” e publicou-se a princípios do século XVI com o nome de “La demanda del santo Grial”. Também existe um largo fragmento manuscrito chamado “Lanzarote del Lago” de princípios do século XVI. A história de “Tristán e Isolda”, da qual conservamos duas versóns: um largo fragmento do século XIV e unha impresón de “Tristán de Leonís” de 1501. A ediçón de 1534 deste libro contém unha segunda parte que narra as aventuras do filho do herói, polo qual se reúnem baixo outro título, “Crónica de don Tristán de Leonís y del rei don Tristán el Joven”. Ambas versóns, a manuscrita e a impresa, derivam de unha fonte comúm, pressumibelmente italiana e non francêsa; “Tablante de Ricamonte” é unha narraçón que algo debe à xá mencionada novela em verso “Jaufré”; conseguíu até sete ediçóns entre 1513 e 1629. Parece ser que esta foi a única mostra de novelas artúricas que Cervantes conhecia directamente, pois a menciona no seu Quixote (I, 16). O “ciclo” deixou de ser publicado em Espanha despois de 1530.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL ARTIGAS FERRANDO)

Artigas ferrando, Miguel (Blesa, Teruel, 1887-1947). Professor e bibliotecário. Foi director da Biblioteca Menéndez y Pelayo de 1915 a 1930, e logo director da Biblioteca Nacional de Madrid, a partir dessa data até à sua morte. Axudou a dirixir a ediçón nacional das “Obras completas de Menéndez y Pelayo” (Santander, 1940-1959, 65 vols.) e escrebeu diversas obras sobre o mesmo autor, no qual era especialista. Escrebeu também algúns estudos sobre Góngora como: “Don Luis de Góngora y Argote” (1925), “Semblanza de Góngora” (1928) e “La vida y la obra de Góngora” (1938).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (ESTEBAN DE ARTEAGA)

Arteaga, Esteban de (Moraleja de Coca, Segovia, 1747-1799). Producíu obras de estéctica literária. Em 1767 foi expulsado de Espanha xunto com os xesuítas, ainda non se sabe de certo se chegou a ordenar-se sacerdote da Companhia. Em 1769 abandonou a Companhia e passou a viver em Itália, onde publicou tanto em castelán como em italiano. Arteaga foi o escritor de estéctica mais notábel da sua época. Entre as suas obras podemos citar: “Investigaciones filosóficas sobre la belleza ideal” (1789), “La rivoluzione del teatro musicale italiano dalla sua origine fino al presente” (1783-1788, 3 volûmes), “Memorias para servir a la música española” (1789) e “Della influenza degli arabi sull origine della poesia moderna in Europa” (1791).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (VERSOS DE ARTE MENOR)

Arte menor, Versos. Som versos que tenhem de duas a oito sílabas, com somente um acento rítmico, ainda que às vezes podem ter dous.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (VERSOS DE ARTE MAIOR)

Arte maior, Versos. Ou coplas de arte maior, som aqueles formados por um número variábel de sílabas (de nove a catorce) com quatro pausas, duas em cada hemistíquio, e unha cesura. O têrmo aplíca-se polo comúm a versos de doze sílabas com unha forte cesura depois da sexta, fórmula especialmente popular no século XV. Pode-se fazer multitude de combinaçóns com este verso, no qual o rítmo é anapéstico e non yâmbico.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (ANTÓN ARRUFAT)

Arrufat, Antón (La Habana, 1935). Dramaturgo cubano que cultiva o “teatro do absurdo”. O seu tema por antonomasia é o “tempo” e os estragos que causa ao home. “El caso se investiga” (1957), ridiculiza os métodos policiacos á maneira de Mack Sennet nos seus films mudos. “El vivo al pollo” (1961), que trata de unha mulher que embalsama o seu marido morto para poder conservá-lo sempre ao seu lado. A mulher acaba casándo-se com o embalsamador, e o difunto converte-se na melhor propaganda do negócio. A inexorábel destruçón do rutinário, aparece em “El último tren” e “La repetiçón”, ambas de 1963. “Todos los domingos” (1965) mostra-nos unha mulher paralítica que foi abandonada polo seu prometido vinte anos antes. Ela dedica-se a alugar muchachos xovens, que a visitam cada Domingo, vestidos exactamente igual a el. A enfermeIra da mulher, mata ao último dos impostores com unhas tissouras, mentras que ela rí aloucadamente. A sua obra “Los siete contra Tebas” (1968), baseada na traxédia de Ésquilo, provocou unha forte reaçón por parte do rexíme de Castro.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (RAFAEL ALBERTO ARRIETA)

Arrieta, Rafael Alberto (Buenos Aires, 1889-1968). Historiador literário e Poeta arxentino. Foi professor de literatura europeia na Universidade de La Plata, onde se tinha graduado. Entre 1917 e 1918 editou a “Revista Atenea”. Colaborou e editou a “História de la literatura argentina” (1960, seis volûmes). Ganhou o “Prémio Nacional de Filosofía” com a sua obra “Don Gregório Beeche y los bibliógrafos americanos de Chile y del Plata” (1942). A sua obra poética inclúie “Alma y momento” (1910), “El espejo de la fuente” (1912), “Las noches de oro” (1917), “Fugacidad” (1921), “Estío serrano (1926) e “Tiempo cautivo” (1947).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN BAUTISTA ARRIAZA Y SUPERVIELA)

Arriaza y Superviela, Juan Bautista (Madrid, 1770-1837). Poeta. Durante um tempo pertenceu à Marinha, mas foi licenciado em 1798. Servíu entón no corpo diplomático e foi asignado a Londres. Os seus primeiros versos forom publicados em “Primicias” (Paris, 1797), aos quais seguirom “Ensayos poéticos” (1799) e “Poesías Líricas” (1822). Cultivou também a poesía política nas suas “Poesías patrióticas” (Londres, 1810) e por elas foi chamado “el poeta oficial”, xa que com os seus versos celebraba os nascimentos, matrimonios ou mortes dos reis, assím como as proezas do povo espanhol em luta, como os famosos poemas sobre o dous de Maio. A sua traduçón da “Poética de Boileau” (1807) fixo-se célebre. Foi um poeta excessivamente fácil, ainda que os seus poemas eróticos estém dentro da melhor tradiçón da sua época. As suas poesías forom editadas na BAE, por L. A. de Cueto (vol. LXVII, 1875).

OXFORD