Arquivos diarios: 09/04/2021

LITERATURA CLÁSSICA GREGA (MIMNERMO DE COLOFÓN)

Tirteo e (até onde sabemos) Calino eram amadores, fabricados por unha crise nacional, a utilizar o único meio de propaganda que conheciam. Somente isto é suficiente para designá-los os inventores da elexía, em contra das pretensóns do lonxevo Arquíloco. Unha xeraçón mais tarde viveu outro professional de destacada técnica, Mimnermo de Colofón. Viveu durante a última parte do século VII a. C., a data tradicional está confirmada polo conhecimento que das suas obras mostram outros autores. A sua obra compreendia ao parecer dous libros polo menos (muitos, de acordo com a Suda), que continham unha série de poemas separados, evidentemente bastante curtos, assim como unha produçón mais larga entitulada posteriormente “Nanno”, por ser o nome de unha flautista da qual o poeta estaba namorado. Mimnermo foi recordado principalmente como poeta amoroso; mas os fragmentos que se conservam de Nanno, non tenhem muito que ver com o amor. Isto pode ser meramente accidental, ademais de que vários fragmentos podíam associar-se com um contexto erótico mais âmplo. Mas é mais anigmático encontrar também atribuído a Nanno o primeiro relacto que se conserva da migraçón xonia, o estabelecimento de Colofón e Esmirna partindo de Pilos. Fala das “desexábeis flores da xuventude”, e pergunta “Que é a vida, que é a alegría sem a dourada Afrodita? Oxalá eu morra quando estas cousas xá non signifiquem nada para mím”. O poeta continua lamentando a indignidade e as privaçóns da velhice. A poesía de Mimnermo ganhou pronto unha vasta circulaçón, como podemos deducir das alusóns de outros escritores. O fundo pessimísmo com o que repetía a comparaçón homérica da vida de um home com a das folhas cuxo brotar breve acaba pronto, talvéz estimulou a um poeta posterior caminho da reflexón mais fortificante de que, posto que a comparaçón se mantém, um debe ser liberal no disfrute do bom da vida, durante o maior tempo possíbel (Simónides). Tampouco parece que a sua fama se marchitara durante os séculos posteriores. É fácil entender o entusiasmo de Calímaco: “aquí habia poesía brilhantemente vivida e, à sua maneira, sofisticada e elegante.”

P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)