
A primeira assimilaçon cristán do neoplatonismo é encontrada nos padres gregos Gregório de Nissa e Dionísio Areopagita, também chamado (Pseudo-Dionísio, que entrou na escolástica através de Xoán Escoto Erígena), e no principal padre latino, Santo Agostinho. Outra influênça de primeira importância foi Aristóteles. Apesar da cronoloxia, o seu impácto foi tardío no pensamento latino, sem dúvida devido ao racionalismo e ao naturalismo, que eram dificilmente absorvidos pola teoloxía cristán. O seu domínio, no entanto, chegaría a ser hexemónico durante séculos tanto no mundo árabe como no latino. Além da sua lóxica, que, unha vez conhecida, se impón graças à sua própria maturidade até aos tempos modernos, encontramos um eco das suas doutrinas em metafísica: hilemorfismo (teoria matéria-forma ou acto-potência), primacía da substância dentro das categorias e doutrina das quatro causas (eficiente, formal, material e final) necessárias para a existência dos seres. Em psicoloxía, através da sua teoria do intelecto. Em ética, na sua concepçón da felicidade e na sua definiçón da virtude. Na sua Física, explica a natureza de um modo imanente, guiada por unha teleoloxía interna que exclui o demiurgo platónico e o posterior criacionismo monoteísta: a natureza é o princípio e a causa do movimento e repouso das cousas. O realismo da sua política bem como a sua análise dos diversos rexímes rectos e corrompidos tiveram um bom acolhimento na Idade Média a partir do século XIII, mas non tanto a sua defesa do sistema democrático como horizonte político da humanidade. Na sua cosmoloxía, parte da afirmaçón da eternidade do universo, dada a eternidade do movimento e da sua estructura hilemórfica. Distingue o mundo celeste ou supralunar do mundo sublunar, sendo aquel imutábel, imperecedeiro e rexído polo movimento circular, enquanto este é alterábel e perecíbel e caracteriza-se polo movimento rectilíneo; o nosso mundo é esférico e imóvel e está situado no centro do universo e rodeado polas esferas celestes, no final das quais se encontra o céu das estrelas fixas. Acrescentemos que a nova física de Galileu deitou por terra as bases da física e da astronomía aristotélicas, até entón comummente aceites nos meios académicos
ANDRÉS MARTÍNEZ LORCA