Arquivos diarios: 12/02/2021

PASCAL (DO ESPÍRITO XEOMÉTRICO)

Em 1655, após a sua conversón, Pascal foi a Port-Royal para fazer um retiro e decidiu envolver-se mais a fundo no movimento jansenista. A primeira cousa que fez foi criar um novo método para ensinar a ler as crianças que iam às escolas associadas a Port-Royal e, uns anos mais tarde, escrebeu para essas mesmas escolas os Elementos de Xeometría (Éléments de Géométrie), obra da qual só restaram dous opúsculos: “Do espírito Xeométrico” e “Da arte de persuadir”. Desta época, há unha história peculiar que nos mostra a personalidade do Pascal posterior à conversón. De entre os amigos que fez durante o seu período mundano, mantinha contacto com o duque de Roannez, a quem xulgou conveniente converter ao jansenismo. Assim, depois de vários encontros, conseguiu cumprir o seu obxectivo, e o duque abandonou unha promissora e brilhante carreira para se entregar a Deus. Quando o tio do duque soubo da notícia, perguntou quem era o responsábel. Ao conhecer a sua identidade, decidiu resolver a questón de unha forma radical, e assim, em 1655, mandou assassinar Pascal. Felizmente, o assassino non conseguíu levar a cabo a sua missón, e o nosso filósofo logrou escapar désta, de unha morte prematura.

GONZALO MUÑOZ BARALLOBRE

LITERATURA CLÁSSICA LATINA (AS ORIXENS DO DRAMA EM ROMA)

Despois da morte de Menandro (292 a. C.), a profissón teatral grega, que había sido primeiro ateniense, fixo-se panhelénica. Muitas cidades gregas construirom teatros ou os renovarom a grande escala, e som os restos deles e non os teatros do período clássico, os que admira o viaxeiro em lugares como Delos ou Epidauro. Na xeraçón durante a qual o poeta-erudícto Calímaco trabalhou no novo “Museo” de Ptolomeu em Alexandría, quando o siciliano Teócrito compunha as suas églogas e quando o futuro pai da literatura romana, o grego Andronico, era todavía um mancêbo em Tarento, a profissón do teatro foi adquirindo um novo prestíxio, incluso poder político. Os actores, músicos e autores da comédia e da traxédia, estabam organizados em “capelas” ou “conventículos”, e se dabam a si mesmos o nome de “os Artístas ao servíço de Dionisos”. Quatro “cofradías” de artístas surxírom, correspondendo cada unha a unha rexión do mundo grego; aparte dos têrmos e régras que rexíam as competiçóns dramáticas, estas organizaçóns comportabam-se nalgúns aspectos como estados independêntes, que podiam negociar dereitos de salvaconductos para os seus membros com unha cidade ou confederaçón. Assim, a profissón do teatro chegou a florecer e a depender de um “circuito” de festivais musicais e dramáticos entre os quais Atenas era somente um mais de tantos centros. Producíam-se todavía novas obras, mas o ênfase puxo-se no repertório clássico – na comédia Menandro, Filemón e Dífilo; na traxédia, Sófocles, Eurípides e os imitadores deste último – . O nosso conhecimento destes desarrolhos dos anos 290-250 a. C. debe-se em grande medida aos descubrimentos arqueolóxicos, e dada a natureza destas testemunhas, é detalhado para Delfos e Delos, e desigual para Sicilia e o sul da Itália. Até à década do 180 a. C., non ouvímos falar dos artístas de Roma, quando um drama romano basado no seu repertório, xá tinha duas xeraçóns. A pesar da ausência de testemunhas directas, é probábel que os artístas visitaram centros tais como Siracusa e Tarento no século III a. C., e resulta seguro que o seu exemplo respalde o vigoroso crescimento do teatro romano despois da metade desse século. Non obstânte, está claro que a actividade dos artístas e a presentaçón e estilo do seu repertório ático non forom os únicos modelos nos que se basaba o drama latino mais antigo. Desafortunadamente, incluso os erudíctos do período dos Gracos (Elio Estilón, Accio) e da época de Cicerón (Varrón) sabiam muito pouco com certeza sobre os comêços do drama romano. Intentarom proporcionar-lhe um “pedigree” para igualar as histórias teleolóxicas do drama grego, preparado por sábios da escola peripatética. Ao parecer, Accio considera a Nevio o primeiro dramaturgo romano de importància e daba para Andronico unha cronoloxía que parece demasiado tardía, a pesar dos intentos modernos de defendéla. Varrón invocaba a autoridade de “velhos documentos” para demostrar que Andronico foi o “primeiro inventor” do drama latino e que escrebeu unha obra no 240 a. C., a finais da Primeira Guerra Púnica. Os restos de relatos de teatro primitivo, que eram correntes no século I a. C. carecem enteiramente de valor respeito da traxédia e virtualmente respeito da comédia.

E. J. KENNEY E W. V. CLAUSEN (EDS.)