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De acordo com positivistas lóxicos como Carnap, se o confronto entre as proposiçóns extraídas da teoría e as que derivam da experiência derem resultados positivos, a teoría vai-se tornando cada vez mais provável. Na leitura popperiana desta situaçón, a teoria é simplesmente corroborada e convém tentar refutá-la a partir da observaçón de outros factos particulares; se, por fim, a teoria é refutada, debemos abandoná-la imediata e definitivamente, sob pena de estarmos dispostos a tornar-nos pseudocientistas intelectualmente desonestos. Sexa como for, em âmbas as leituras das relaçóns possíveis entre teoria e experiência, tudo aquilo a que nos conduz a ivestigaçón empírica no que concerne a unha determinada teoria é a preservá-la tal qual, bem confirmada ou, se se preferir, bem corroborada, ou a rexeitá-la como falsa. Non há alternativa. Quanto à relaçón que pode ser estabelecida entre duas teorias que tratam do mesmo campo da experiência, de acordo com a visón clássica existe apenas unha relaçón interessante: a “relaçón de reducçón”. Unha teoria (admitida como adequada até nova ordem) pode estar na relaçón de ser reductíbel a outra teoria (igualmente admitida como adequada até nova ordem), o que equivale a dizer que os conceitos básicos da primeira podem ser definidos em funçón dos conceitos básicos da segunda, e que os princípios fundamentais (axiomas) da primeira som loxicamente deductíbeis dos da segunda. Quando isso acontece, pode dizer-se que a segunda teoria é a mais xeral e, se se conserva a primeira na tradiçón da disciplina, é só por ser mais fácil de entender ou aplicar, ou talvez também por razóns didácticas. No entanto, parte-se do pressuposto incontrovertíbel de que todos os conhecimentos contidos na primeira teoria também estaram contidos na segunda, considerada a melhor. De acordo com esta visón, o progresso teórico nas ciências empíricas consistiria num progresso por “acumulaçón”. Assim, por exemplo, supôn-se que o sistema heliocêntrico de Copérnico foi primeiro reduzido ao sistema planetário elipsoidal de Kepler, este por sua vez foi reduzido à teoria da gravitaçón de Newton, e esta por fim à teoria da relactividade xeral de Einstein. Por isso, podemos falar de um progresso na astronomia: todo “o bom” das teorias anteriores é conservado nas posteriores, e todo “o mau” é rexeitado.
C. ULISES MOULINES