ANTÓN CHÉJOV (A PÉRDA DA INOCÊNCIA)

A modo de exemplo, pode-se extrair da inxente obra chejoviana algúns dos seus contos nos quais encontramos latente a ideia de que o home compra a sua felicidade mediante a pérda da inocência, com a degradaçón intelectual e moral. Um, “A Casa com Mansarda”, escrito na primeira pessoa, ilustra a proposiçón das “pequenas empressas” que deberia substituir a ausência das ilusóns da sociedade. Lidia, filha de ricos terratenentes entrega-se por enteiro à labor de elevar o nível de vida dos campesinos: ensina na escola, cura os doêntes, luta por melhorar as condiçóns sanitárias da poboaçón. O narrador, pintor de profissón, considera polo contrário, que todos estes botiquins, escolas, lotes de libros, só servem para subxugar ainda mais ao pobo. ¿Onde está a saída? Segundo o pintor, o importante sería eximir ao campesino de parte do seu trabalho, distribuir melhor o esforço físico entre o pobre e o rico, entre a cidade e o campo. Mostra-se partidário, pois, das grandes soluçóns. Aínda que tampouco chega ao fundo dos problemas concretos. A esta disputa em torno à responsabilidade do intelectual superpon-se o tema do amor desafortunado. Lidia é bela e xovem, mas encontra-se dominada polo intransixente ponto de vista do seu apostolado. Assím malogra um incipiente amor entre o pintor e unha sua irmán, interpondo-se com um rigor fanático, amor que o pintor tampouco é capaz de protexer. Com este elemento rebasa-se o marco social do relato e abre-se unha linha lírica que fai mais complexa e ambigua a sua significaçón. O escritor parece incitar ao leitor a buscar a soluçón.

RBA EDITORES, S. A. -BARCELONA

Deixar un comentario