
Em 1892 adqueriu a finca de Mélijovo, a uns treze quilómetros de Lopasnia, ao sul de Moscovo. Um lugar tranquilo, rodeado de bosques que lhe brindou a paz que buscaba para escreber, e onde reuníu aos seus amigos em agradáveis tertúlias. Também, como era tradicional nos propietários rurais de carácter liberal. Chéjov desarrolhou unha grande actividade cultural, prestou axuda médica gratuita à povoaçón local, edificou escolas e críou várias bibliotecas muito bem dotadas. No retiro de Mélijovo a obra de Chéjov alcanzou a plenitude artística. Os relatos desse período tenhem como protagonistas a homes de nobres aspiraçóns que a medida que passam os anos, ván corrompendo-se debido ao ambiênte provinciano no qual estám submerxidos, até degradar-se totalmente. Esta visón desesperanzada de unha realidade tríste, para a que o escritor non oferece soluçóns, motivou as reiteradas acusaçóns de indiferênça política. É certo que Chéjov se proclamou mais de unha vez como um home apolítico. Mas seria mais exacto afirmar que os programas dos partidos do momento non se correspondiam com o seu sentido da independência e com as suas esixências éticas. Mas precisamente essa falta de compromiso com as múltiples correntes políticas permitiu-lhe ser totalmente libre e meridiano nas suas críticas, dirixidas muito especialmente contra as ideias mais aceitadas polos intelectuais, como o tolstoianismo, com a sua abstracta non resistência ó mal; ou o populismo, que do seu período combativo, quando concitaba as simpatías da Russia democrática, só conservaba a palabraría altisonante e a práctica das “pequenas empressas”, substitutórias de empenhos renovadores mais profundos. Baixo este prisma habería que examinar os contos da década de 1890, sobre tudo da sua segunda metade. Neste sentido resultou do mais significativo a apariçón em 1892 da “Sala nº 6”, um relato que foi visto polos leitores atentos da época como unha representaçón alegórica da vida na Russia. O escritor Nikolai Leskov apuntou a seguinte testemunha: “A Sala nº 6 reproduce em miniatura todo o nosso ordem de cousas e o nosso carácter. A Sala nº6 está em todas as partes. É Russia”. Duas personáxes protagonizam a narraçón, cuxa acçón se desarrolha num manicómio provinciano. Grómov é um doente recluído na sala nº 6. A sua doênça foi motivada pola realidade circundante, realidade bassada na venalidade e na violência. Nón obstânte, o mal que sofre non apressenta as características xerais das enfermedades mentais. É o resultado de unha reflexón, de um desgaste da lucidez que se enfrentou à sinrazón social, a essa realidade que quase todos aceitan, convencidos de que non se pode câmbiar. É dizer, tráta-se de um mal surxido da impotência e da rebeldia. O seu médico e contertúlio, Raguin, vê as cousas doutra maneira. A sua saúde manifésta-se em que soube adaptar-se ao meio, que aceitou o mal como algo inevitábel. Admirador de Marco Aurelio, considera que a ordem das cousas debe ser soportado com passividade e sem protesta, tal como o preconizaba o ideàrio do imperador estóico. Mas, em realidade, detrás da doutrina de Raguin, escondía-se unha brutal indiferênça pola dor alheia. A diferênça da actitude de âmbos personáxes, ante o tema do mal, vai producir um choque inevitábel. Tán conmovedor que precipita os elementos ocultos que aninhabam no ânimo de Raguin: a assiduidade do trato com Grómov, fái-o suspeitoso de demência, motivo polo qual também vai ser recluído na Sala nº 6. Aínda que as circunstâncias deste desenlace parecem verdadeiramente excepcionais, Chéjov nos transporta até el de unha maneira lóxica e convincente. Agora, quando Raguin se encontra rodeado polos que sofrem, compreende que todo aquel que pretende colocar-se por encima do mal o único que fai é converter-se em cúmplice.
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