
A POESÍA ÉPICA ARCAICA
É sintomático que o primeiro poema independente do drama, feito em latím, pretendera ser unha traduçón da Odiseia de Homero. Non obstânte, a Odyssia de Livio Andronico era muito mais que unha traduçón ao latím; a palabra usada para “traducir” era “uortere” volver, mas “adaptar” ou “refundir” representaría mais fielmente o feito de que inclúso nestes escasos fragmentos (como máximo quarenta e cinco e dos quais só quatro exceden a extensón de um verso e ainda somente um chega a três versos), têm-se a consciência de estar lendo um poema xenuinamente latino. O xénio de Livio reside no achado de equivalentes romanos das ideias gregas: assim Camenae (un grupo de deusas das fontes que tinham um santuário fora da Porta Capena) ocupam o lugar das Musas; ou para o particularíssimo conceito homérico: “unha vez que o toma o destino fatal de morrer…” Escrebe: “quando chegue o dia que Morta tem ordenado…”. Onde, de unha maneira muito diferente, o sentido romano de “dies” e a antiga divindade itálica do destino, adquirem o tom de solemnidade de unha forma conmovedora que é especificamente romana. As metáforas homéricas tiverom que haber sido difíceis e também aquí tem Livio acertos felices: para a singular ideia homérica de “os seus xoelhos e o seu corazón afloxarom”, emprega “o corazón xelou-se-lhe de terror”. De feito, o que Livio parece ter perdido mais vissibelmente foi a sinxeleza, a graça e a lixeireza da fala homérica; substituída pola solemnidade (que se vê por exemplo num uso non homérico dos patronímicos): “na morada da ninfa Calipso”, que se converte em “na morada da ninfa Calipso, filha de Atlas”. Também estabeleceu a norma para toda a poesía latina posterior pola maneira em que se servíu de arcaísmos como único elemento na criaçón dunha fala especificamente poética.
E. J. KENNEY E W. V. CLAUSEN (EDS.)