RUSSELL (O INTELECTUAL COMPROMETIDO)

A postura moral de Russell fê-lo abandonar a posiçón confortábel e respeitábel de intelectual durante a Guerra Fria. Em 1956, durante a curta guerra de França e da Inglaterra contra o Exípto, por causa do Canal do Suez, Russel veio à praça pública denunciar o neoimperialismo das potências ocidentais. Foi muito criticado por esta campanha anti-imperialista, e ainda foi acusado de non se pronunciar com clareza contra a repressón do exército soviético sobre o levantamento na Hungria (apesar de se ter manifestado contra a invasón russa). A partir de entón foi expressando unha preocupaçón cada vez maior com a ameaça nuclear criada pola Guerra Fria e pola divisón do mundo em blocos. Em 1955, promoveu o manifesto que ficou conhecido como “Einstein-Russell” contra o armamento nuclear, que foi assinado polos principais intelectuais e cientistas da época. Em 1957, escrebeu um artigo a exortar os presidentes Eisenhower e Kruschov a realizarem unha cimeira pola coexistência pacífica. Defendeu diversas vezes o desarmamento nuclear. Em 1962, durante a crise dos mísseis de Cuba, quando o mundo esteve à beira de unha guerra nuclear, trocou telegramas com Kennedy e Kruschov, tendo acusado o primeiro de estar a pôr o mundo em perigo com o seu ultimato à Rússia. Voltou a estar preso em 1961, durante sete dias, devido à sua participaçón nunha manifestaçón antinuclear e a favor da paz. Quando o xuíz se comprometeu a soltá-lo em troca da sua boa conducta respondeu: “Non, non o farei.”

FERNANDO BRONCANO

Deixar un comentario