
Estoicismo: ordem universal e sabedoría. O estoicismo, fundado em Atenas por Zenón de Cítio, por volta do ano 300 a. C., foi a mais influênte das escolas helenísticas, cuxas ideias terán penetrado, com maior profundidade, nos vários estractos das sociedades, non só da ateniense e grega, mas, especialmente, desde o início da nossa era, na romana. Chegou até a influenciar alguns Padres da Igrexa que viriam a conceber as ideias fundamentais do crisrianismo. A sua característica mais notória é a concepçón de um mundo racionalmente estructurado de acordo com um plano divino (ordem metafísica), unha organizaçón xeral que pode ser compreendida pola mente humana (ordem epistemolóxica), sendo o reflexo da intelixência cósmica na intelixência individual o passo prévio para a aceitaçón da pertença do home e da sua conducta à estructura xeral (ordem ética). Da compreensón da natureza e da organizaçón do universo, dependem non só a sabedoria, mas também todo o bem e a felicidade. Neste sentido, esta abordaxem implica unha tripla racionalidade, embora a visón do universo contenha ainda o sentimento relixioso. O cosmos é experimentado como um organismo, isto é, um corpo unitário de partes interligadas, dotado de unha alma racional. O facto de a intelixência humana pôr em causa a perfeiçón desta ordem xeral e centrar-se mais no que parecem ser as suas imperfeiçóns deve-se às suas próprias limitaçóns e ao seu hábito de se concentrar mais nas partes do que no todo. Mundo, compreensón do mundo e comportamento do home, som os três grandes centros de interesse dos estoicos (serán também os do epicurismo), que determinam também as suas três principais áreas de investigaçón filosófica: a física (através dos elementos da metafísica), a teoría do conhecimento (lóxica, epistemoloxía, gnosioloxía) e a ética. No entanto, é importante salientar que a apresentaçón global do estoicismo coloca unha dificuldade específica em relaçón às restantes escolas helenísticas: as diferenças marcantes que se forom dando ao longo do tempo no pensamento dos seus representantes.
J. A. CARDONA