Arquivos diarios: 14/08/2020

HABERMAS (A TRANSFORMAÇÓN ESTRUCTURAL DA VIDA PÚBLICA)

Qualquer iniciaçón ao pensamento de Habermas deberia partir da sua primeira obra, História e Crítica da Opinión Pública: A Transformacón Estructural da Vida Pública (1962). A sua importância radica na atençón que presta às orixens históricas burguesas do espaço em que se vai desenvolver a política. A esfera pública está relacionada com a xénese da autonomia do indivíduo, da liberdade e da igualdade, tanto como a autodeterminaçón colectiva, isto é, com a própria democracia. Na sua reconstruçón histórica do devir da esfera pública durante os séculos XVIII, XIX e XX, Habermas analisa as suas diferentes fases. História e Crítica serve de relato fundacional com o obxectivo de avalizar a própria possibilidade do que, muitos anos despois, Habermas denominaría “democracia deliberativa”. Esta obra tem um evidente carácter histórico e sociolóxico, com contributos da literatura, da ciência política e, claro, da filosofia. Habermas revela-se aqui xá como um autor interdisciplinar. Executa um rastreio histórico do tema fundamental: a emerxência, esplendor e decadência do espaço público que se iniciou com os salóns literários do século XVIII. Tal esfera, a sua orixem e o seu desenvolvimento, decorre em paralelo com a emerxência do ideal moderno de autonomia pessoal e da nova ordem política após a queda do “Antigo Rexime” na Europa. Habermas remonta-se aos séculos XVIII e XIX e, posteriormente, detém-se no século XX, onde se posiciona para descrever o que vai considerar o declínio da “esfera pública”, a sua decadência, e o seu ocaso, baixo a influênça dos meios de comunicaçón de massas e da mercantilizaçón eleitoralista da política.

MARÍA JOSÉ GUERRA PALMERO

A REALIDADE E A SUBSTÂNCIALIDADE DO ÉTER LUMINÍFERO (F-44)

Maxwell foi disuadido de publicar esta ideia nos “Proceedings of the Royal Society” polo seu editor, que non acreditaba que a experiência puidera funcionar. Mas em 1870, pouco antes de morrer aos quarenta e oito anos de um doloroso cancro de estómago, Maxwell enviou unha carta sobre este tema a um amigo. A carta foi publicada postumamente na revista “Nature”, onde foi lída, entre outros, por um físico norteamericano chamado Albert Michelson. Inspirado pola expeculaçón de Maxwell, em 1887 Michelson e Edward Morley levarom a cabo unha experiência muito senssíbel desenhada para medir a velocidade com que a Terra viáxa com respeito ao éter. A sua ideia era comparar a velocidade da luz em duas direcçóns diferentes, perpendiculares entre sí. Se a velocidade da luz com respeito ó éter tivéra um valor fixo, essas medidas deberiam revelar velocidades da luz que diferiríam segundo fora a direcçón do chorro. Mas Michelson e Morley non observarom ningunha diferênça. O resultado do experimento de Michelson e Morley, está claramente em contradiçón com o modelo de ondas electromagnéticas que viáxam através de um éter, e debería ter feito que o modelo do éter fora abandonado. Mas o obxectivo de Michelson tinha sído medir a velocidade da luz com respeito ao éter, mas non demonstrar ou refutar a hipótese do éter, e o que encontrou non conducíu à conclusón de que o éter non existira. Ningúm outro investigador chegou, tampouco, a dita conclusón. De feito, o cérebre físico William Thomson (lord Kelvin) afirmou, em 1884, que “o éter luminífero é a única substância da qual estamos seguros em dinâmica. Unha só cousa temos por certa: a realidade e a substâncialidade do éter luminífero”. ¿Como se podia acreditar no éter apesar dos resultados adversos da experiência de Michelson e Morley? Tal como afirmamos que a miúdo ocurre, a xente intentou salvar o modelo mediante adiçóns artificiosas e “ad hoc”. Algúns postularom que a Terra arrastaba consigo o éter, de maneira que na realidade non nos movemos com respeito a el. O físico holandês Hendrick Antoon Lorentz e o físico irlandês Francis FitzGerald suxerirom que em um sistema de referência que se movera com respeito ao éter, e probabelmente por algúm efeito mecânico ainda desconhecido, os relóxios retrasariam e as distâncias encolheriam, de maneira que sempre se mediria que a luz tem a mesma velocidade. Os esforzos para salvaguardar o conceito de éter continuarom durante quase trinta anos, até um notábel artígo de um xovem e desconhecido empregado da oficina de patentes de Berna, Albert Einstein.

STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW