Arquivos diarios: 07/08/2020

EM NOME DE GUILLADE (REIMONDE)

Segundo diferentes autores, o dito topónimo, provem do nome próprio: Reimundus I, que na consabida evoluçón, máxime, com a influênça xermánica, e o seu passo polo romance: Raimundo, Raimonde, chega-se fácilmente à actual: Reimonde. O sábio, P. Sarmento, tem a esta clásse de nomes quando se aplicam a lugares, como pequenos territórios (bairros ou possesóns) pertencentes a um nobre ou distinguido senhor de esse nome: Raimundo, Reimonde. Senhorio ou terras de Reimundo ou Reimonde.

X. Martínez Tamuxe

Bibliografia consultada: Diccionário Latino-Español Etimológico, de Raimundo de Miguel. Toponimia Gallega y Leonesa por A. Moralejo Lasso (Santiago, 1977). Puenteareas. Notas históricas y Etimológicas, de Mariano Piñeiro Groba (Puenteareas, 1941). Diccionário Español Etimológico, de Felix Diez Mateo (Bilbao, 1972).

PASCAL (A SEGUNDA CONVERSÓN)

A finais de 1654, com 31 anos acabados de fazer, Pascal sofreu unha profunda melancolia que o afastou do seu novo círculo de amigos e puxo fim a dous dos propósitos que tinha planeado para o seu futuro imediato: casar e obter um cargo público. O seu estado de espírito levou-o a pechar-se em si mesmo e a única cousa que se permitia eram as visitas à irmán no Convento de Port-Royal. O estado anímico de Pascal era um mistério, unha cousa que estaba a acontecer no seu interior que o afastava de tudo e o levava a pensar na relixión com mais profundidade. Aquela tristeza mudou algunhas cousas em si, mexeu com ele, e por fim terminou debido a unha experiência mística que ele próprio deixou por escrito: “Ano da graça de 1654./ Segunda-feira, 23 de Novembro, dia de San Clemente, papa e mártir, e de outros no martirolóxio,/ Véspera de San Crisógono, mártir, e de outros./ Desde cerca das dez e meia da noite até perto de pouco depois da meia-noite./ Fogo / Deus de Abraán, Deus de Isaac, Deus de Jacob, non dos filósofos e dos sábios. / Certeza, certeza, sentimento, alegría, paz. / Deus de Jesus Cristo / Deum meum et deum vestrum. / O teu Deus será o meu Deus./ Esquecimento do mundo e de todos, menos de Deus./ Só o encontramos através dos caminhos assinalados no Evanxelho,/ Grandeza da alma humana./ Pai xusto, o mundo non te conheceu, mas eu conheci-Te./ Alegria, alegria, alegria, lágrimas de alegria./ Eu separei-me d’Ele./ De reliquerunt me fontem aquae vivae./ Meu Deus, abandonar-me-ás?/ Que non me separe de Ti eternamente!/ Esta é a vida eterna, que Te conheçam como o verdadeiro e único Deus, e aquele a quem Tu enviaste, a J.C./ Jesus Cristo./ Jesus Cristo./ Eu separei-me d’Ele, fuxí d’Ele, renunciei a Ele, crucifiquei-O./ Que eu nunca sexa separado d’Ele!/ Só o mantemos através dos caminhos assinalados no Evanxelho./ Total e doce renúncia./ Etc. / Submissón total a Jesus Cristo e ao meu director./ Eternamente em alegria por um dia de exercício na Terra. / Non obliviscar sermonestuos. Ámen.” Este breve texto é conhecido como o “Memorial”, e foi encontrado num lugar curioso e de maneira fortuita.

GONZALO MUÑOZ BARALLOBRE