Arquivos diarios: 04/08/2020

RAWLS (A LEXITIMIDADE POLÍTICA NO CONSENTIMENTO DOS CIDADÁNS)

Com estes alicerces e obxectivos, Rawls consolida a argumentaçón para chegar aos princípios da xustiça. Para isso, recupera a tradiçón do contracto social como enquadramento teórico de referência do acordo político. Essa tradiçón, que nos leva a filósofos como Hobbes, Locke, Rousseau e Kant, procura a lexitimidade política no consentimento dos cidadáns a partir da assignatura de um contracto hipotético no começo da vida em comum. Contudo, o contractualismo de Rawls é diferente do dos seus ilustres antecessores. Thomas Hobbes imaxina um estado de natureza inicial em que os indivíduos som igualmente libres de fazerem o que lhes apetecer, o que é bastante contraproducente para todos eles, porque acabam por viver num estado de permanente insegurança, sempre expostos à violência, xerada polos desexos opostos de uns e de outros. Neste hipotéctico ou suposto estado em que o homem é o lobo do home (“homo homini lupus”, como escrebe Hobbes na célebre expresón latina tirada de Terêncio), a intelixência natural considera racional chegar a um acordo para ceder grande parte da liberdade a um terceiro que vexa pola segurança pública, mantendo afastados os lobos humanos e garantindo assim a paz e, com ela, a possibilidade de tirar partido da cooperaçón social e económica. O preço a pagar, como destacam os críticos, é que o terceiro em discórdia, a quem se cede a liberdade em troca da segurança, o Estado ou Leviatán, acumula um poder enorme que se pode virar contra os teoricamente protexidos por ele. John Locke pretende evitar essa circunstância negativa fundamentando o pacto social nos princípios éticos que considera naturais: a liberdade e a igualdade, que están por encima da vontade do Leviatán, de modo que se este se excede nas suas prerrogativas, os cidadáns, em nome da “Liberdade natural” violada, podem quebrar, através de unha revoluçón, o pacto social orixinário com o obxectivo de criarem outro que respeite mais a liberdade orixinal. Como salienta Locke, o consentimento que os indivíduos atribuiem ao contracto social acaba por ser tácito. Non há necessidade de os cidadáns aprovarem o contracto orixinal se acabam por beneficiar-se dele. Assim, sem unha aprovaçón explícita o contracto pode funcionar como um álibi para encobrir benefícios desiguais segundo determinadas posiçóns sociais e económicas privilexiadas e pouco xustificadas.

ÁNGEL PUYOL

EM NOME DE GUILLADE (PAZOS)

Topónimo, também expressivo que, em qualquer tratado desta matéria, tem unha clara definiçón, tanto “Pazo”, como “Pazos”. Segundo a opinión mais comúm, encontram a sua orixem etimolóxica, na palabra latina: “Pallatium” (significando: Palácio, casa da nobreza, casa senhorial, casa principal, casona de família acomodada da Galiza, maiormente despois do século XVI). De aquel vocábulo: Pallatium, por diferentes câmbios (na evoluçón filolóxica) através dos séculos, foi dar em: Palácio, Pacio, Pazo. Assím pois, Pazos, vem a recordar, ainda que actualmente non apareçam nem sinais, daquel senhorío. E, o certo é que vem a significar “lugar de Pazos”, onde, pois, em algúm tempo, existirom diferentes casonas, com escudos de armas ou nón, mas que sempre tinham portadas muradas, pombal e ciprés… Nos encontra-mos com documentaçón, onde aparecem diferentes famílias da nobreza na aldeia de Guillade, emparentadas com outras de Salvaterra e Pontareas. Ante esta classe de topónimos tán significativos (importantes e curiosos) em outros tempos, mas, hoxe valeiros daquel conteúdo, escrebe o autor francês E. Muret: “Muitos nomes polo seu desacordo com o estado actual dos lugares que os levam, entende-se que som valiosas testemunhas de um estado anterior de cousas”.

.

X. MARTÍNEZ TAMUXE