ARISTÓTELES (A ESCOLA DO PERÍPATOS)

Ao regressar a Atenas, Aristóteles encontrou unha Academia dirixida por Xenócrates, que xá tinha aspirado ao cargo quando morreu Platón e acabara por suceder a Espeusipo. Apesar de o Estaxirita ter unha boa relaçón com o novo director, os seus interesses intelectuais eram, nesta época, muito diverxentes, pois Aristóteles mostrava-se cada vez mais crítico relativamente à platónica “Teoria das Ideias”. Por isso, descartou a ideia de se incorporar na instituiçón. A decisón estaba tomada: fundaria a sua própria escola em Atenas, o Liceu, também conhecida como a “Escola Peripatética”, no ano 335 a. C., e ali permaneceria doze ou treze anos, Sendo Aristóteles um “meteco” (apesar de soar a algo muito pior, isto só significa que era estranxeiro ou forasteiro), de acordo com a lei ateniense da época non podía comprar terrenos nem imóveis. Portanto, tivo que arrendar os lugares de que necessitaba para criar a sua nova instituiçón. E encontrou-os no Liceu, um ximnásio situado xunto de um pequeno bosque onde habia um templo dedicado a Apolo Lício, daí o nome de “Liceu”, unha denominaçón que, tal como a de “Academia”, se aplicará, a partir de entón e chegará até à actualidade, a muitas instituiçóns, sobretudo dedicadas ao ensino e à cultura. Non debe surpreender-nos que unha escola de filosofia se instalasse num ximnásio. Os ximnásios da antiga Grécia eram lugares dedicados à educaçón, non apenas física, mas também espiritual. Eram como um centro da vida social, onde se encontravam filósofos e cidadáns para trocarem ideias. Por outro lado, ali treinavam os atletas para as competiçóns, que normalmente eram consagradas aos deuses. A palabra “ximnásio” provém do grego “gymnos”, que significa “nudez”, e era habitual realizar o exercício físico sem roupa, para realçar assim a beleza dos corpos dos atletas. As instalaçóns do Liceu incluíam um passeio coberto (perípatos em grego), onde Aristóteles costumava dar aulas e filosofar enquanto caminhava (segundo algunhas versóns, devido a ser propenso a problemas de estômago) só ou acompanhado polos seus discípulos, pois, para o Estaxirita, mostrar e aprender eram dous processos inseparábeis, daí que partilhasse no momento as suas descobertas com os demais e, inclusive, gostasse de levar a cabo algunhas das suas investigaçóns na companhia dos discípulos.

P. RUIZ TRUJILLO

Deixar un comentario