Arquivos diarios: 24/05/2020

O ÉTER LUMINÍFERO (F42)

As equaçóns de Maxwell estabelecem que as ondas electromagnéticas se propagam com unha velocidade de uns trescentos mil kilómetros por segundo, ou uns mil oitenta millóns de kilómetros por hora. Mas, atirar com unha velocidade non significa nada se non se especifica o sistema de referência com respeito ao qual está medida. Na vida corrente, non acostumamos a ter necesidade deste detalhe. Quando unha sinal de tráfico indica 120 kilómetros por hora, sobreentende-mos que dita velocidade está medida com respeito à estrada e non com referência ao buraco negro do centro da galáxia. Mas, incluso na vida corrente há ocasións em que debemos ter em conta os “sistemas de referência”. Por exemplo, se andamos ó largo do corredor de um avión durante o voo, podemos afirmar que a nossa velocidade é de uns quatro kilómetros por hora. Para os que estêm no chán, non obstante, a nossa velocidade será de uns novecentos quatro kilómetros por hora. A menos que acreditemos que um ou outro dos observadores tem melhores motivos para soster que está no certo, combém ter presente esta ideia porque, como a Terra xira ó redor do Sol, alguém que nos vexa desde a superfície desse corpo celeste discreparía de ambos e diría que nos estamos desprazando a uns trinta e cinco kilómetros por segundo, por non considerar quanto votaría de menos o nosso ar acondicionado. À luz de tais discrepâncias, quando Maxwell dixo que tinha descuberto que a “velocidade da luz” surxía das suas equaçóns, a pergunta natural era com respeito a que sistema de referência vem indicada a velocidade da luz nas equaçóns de Maxwell. Non há razón para acreditar que o parámetro da velocidade nas equaçóns de Maxwell sexa unha velocidade referida à Terra xá que, ao fim e ao cabo, essas equaçóns som aplicábeis a todo o universo. Unha resposta alternativa que foi tomada em consideraçón durante algún tempo foi que essas equaçóns especificabam a velocidade da luz com respeito a um meio até entón non detectado que enchía todo o espaço, denominado o “éter luminífero” ou, de forma abreviada, simplesmente “éter”, que era o termo utilizado por Aristóteles para a substância que, segundo pensaba, enchía todo o universo mais alá da esfera terrestre.

STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW