
Apesar de ter estado sempre contra Hitler, no início da sua ascensón Russell manteve a actitude pacifísta, embora em 1940 tenha começado a apoiar a guerra para defender a democracia. Foi a Segunda Guerra Mundial que o impediu de voltar ao Reino Unido até 1944, quando foi readmitido em Cambridge, como xá foi referido. Durante a contenda, defendera unha posiçón política socialista afastada do materialismo dialéctico, que rexeitaba como filosofia, e da posiçón comunista, que abandonou depois da sua visita à Rússia. Em 1943, apoiou a causa sionista que defendia a criaçón de um estado xudaico na Palestina. Mais curiosa e contradictória é outra posiçón mantida em palestras públicas, como a que foi expressa em 1948, segundo a qual unha guerra contra a Rússia, antes de esta possuir a bomba atómica, non seria inmoral; seria o que chamamos um ataque preventivo. Mais tarde, expressou inúmeras vezes o seu arrependimento em relaçón a esta “boutade”. Em todo o caso, nunha primeira época do pós-guerra, em plena Guerra Fria, Bertrand Russell foi aceite na sociedade bem-pensante occidental polas suas opinións políticas e tornou-se unha pessoa respeitável. Ao longo destes anos manteve no “Times” unha acesa polémica com Gilbert Ryle e outros filósofos da linguaxem comum, em que esteve em causa a rexeiçón da filosofia tardia de Wittgenstein. Esta polémica é significativa porque dá conta do distanciamento que se produzira entre Russell e a corrente principal da filosofia analítica, que axudara a fundar. É também a época do seu terceiro divórcio e do seu novo e último casamento, com Edith Finch, em 1952. Bertrand Russell teria declarado no final da sua vida, na “Autobiografia”, que foi com ela que finalmente encontrou a paz que sempre procurara.
FERNANDO BRONCANO