Arquivos diarios: 10/05/2020

LISBOA (VISITA AO MUSEO GEOLÓXICO)

Recomendamos, encarecidamente, unha visita ao Museo Geolóxico de Lisboa. Quando estês só e com pouco para fazer, é o momento de entrar nunha espécie de letargo parsimonioso-introspectivo, de cavilar sobre assuntos bastante afastados da nossa vida quotidiana. Vaia a este Museo, que foi primorosamente conservado pelos seus cuidadores para tí. Xente que resistíu o câmbio da modernidade, e o mantivo tal qual era, com todo o seu encanto orixinal, o que incrementa grandemente o seu atractivo. Aprenderemos cousas novas, cousas incríbeis, de que nunca ouvimos falar xamais. Saberemos que non só nós viaxamos, que os enormes continentes também viaxam constantemente sobre um mar de fogo. Que a nossa terra galega, xá estivo no meio de África, no coraçón de Panxeia. Que também xá estivo perto do Polo Sul, e despois derivou para norte. Que as costas do Canada, estabam pegadas a Lisboa, e logo se separarom e afastarom no mar. Tudo isto, que ninguém quer saber, passou antano. Um dos temas principais, que deberemos rumiar durante a visita, é sobre a enorme dificuldade que tem o cerebro humano em alcançar a enormidade do tempo, até mil anos vamos andando, mas, quando se trata de milhóns de anos, aí xá nos perdemos completamente. Para axudar nesta laboura o Museo elaborou um calendário anual orientativo, em que o nosso mundo nasce em Xaneiro e vai até 31 de Decembro, que som os nossos dias. E, para termos unha noçón aproximada de onde estamos, pensemos que a desapariçón dos “dinossaurios”, que se estima foi há sessenta milhóns de anos, milhón mais ou menos, corresponde no referido calendário anual aos últimos dias de Decembro. E, poderemos também elocubrar, sobre o que chamamos a extinçón da vida neste planeta, que verdadeiramente, non sería unha desapariçón da vida no planeta, posto que este seguiría com vida. Mas, ao que nos referimos, é à desapariçón da raza humana, que mais tarde ou mais cedo, acabará por acontecer. Passando unha olhadela xeral, por todos estes seres xá desaparecidos do planeta Terra, o que sim podemos atisbar fácilmente, é o destino que nos espera a nós também. Retrasemos, o que retrasemos, non perdemos pola demora. Mais tarde, ou mais cedo, acabaremos todos desdentados como o “Cocodrilo de Chelas”.

Léria Cultural