Arquivos diarios: 07/05/2020

ESCRITORES HISPÂNOS (RAFAEL ALBERTI)

Alberti, Rafael (Puerto de Santa María, Cádiz, 1902). Poeta e autor teatral. Começou a sua carreira artística como pintor. “A la pintura” (1948, reed., 1968) está considerada como unha das obras que com maior fortuna verte a essência da arte pictórica na linguáxe poética. Alberti comezou a escreber poesía em 1923 e com o seu “Marinero en tierra” ganhou o Prémio Nacional de Literatura em 1925. Mais tarde publicou “La amante” (1925), “El alba del alhelí” (1926) e “Cal y canto” (1927). Nestes libros observa-se a forte influênça da poesía tradicional espanhola na obra temperán do poeta, e sobre tudo resalta o romanceiro tradicional. Também tem influênças da lírica culta, especialmente a de Garcilaso e a de Gil Vicente. A presença de Góngora no âmbito das influênças poéticas de Alberti levou-o a escreber unha “Soledad tercera” que ficou inconclusa. É probábel que os melhores poemas de Alberti sexan os que reuníu em “Sobre los ángeles” (1929): trata-se de poemas abstractos, difíceis, a miudo surrealistas. Os seus últimos libros som mais elaborados, ainda que Gaos, xá tinha dito de “Sobre los ángeles”: “o surrealismo de Alberti parece mais fruto de unha deliberada actitude mimética, que de unha funda convicçón interior”. Segue unha época de compromiso político em que a sua poesia cobra um tôm cada vez mais irónico e desgarrado: “Yo era un tonto y lo que he visto, me ha hecho dos tontos” (1929), “Sermones y moradas” (1929-1930) e “Con los zapatos puestos tengo que morir” (1930). Em 1931 Alberti ingresa no partido comunista. Em 1933 escrebe “Consignas” e “Un fantasma recorre Europa”. Em 1935, “13 bandas y 48 estrellas”. Despois da guerra civil espanhola tivo que exiliar-se na Arxentina, onde voltou aos temas e actitudes da sua xuventude. Em 1961 publicarom-se as suas “Poesías completas” (Buenos Aires) e mais tarde a “Suma taurina” (Barcelona, 1963), onde recolhe grande parte da sua obra poética, prosa e teatro. Outras obras: “Poemas de amor” (1967), “Roma, peligro para caminantes” 1964-1967 (México, 1968), “Libro del mar” (Barcelona, 1968), “Poemas anteriores a “Marinero en tierra” (Barcelona, 1969), “Los ocho nombres de Picasso” e “No digo más de lo que no digo”, 1966-1970 (Barcelona, 1970). A poesía comprometida de “El poeta en la calle” (ed. ampl., París, 1970) reflexa as suas ideias políticas: Alberti tinha lutado contra a monarquía em 1931 e em 1936 com a República, recebeu o Prémio Lenin da Paz. Em 1983, recebeu o Prémio Cervantes na Espanha. A sua obra teatral tivo unha menor relevância que a poética, ainda que non é de menor importância. Podemos citar “Fermín Galán” e “El hombre deshabitado” (ambas de 1931), e “El adefésio”, entre outras. Publicou a sua autobiografía em “La arboleda perdida”, Libros I e II de memórias (Buenos Aires, 1959), obra que foi reedictada recentemente (1977). Neste mesmo ano, Alberti regressou à sua patria despois de um largo exilio. Sendo candidacto a diputado polo seu partido, cargo ao qual renunciou pouco despois das eleiçóns.

OXFORD