THOMAS S. KUHN (ESTRUCTURALISMO METATEÓRICO)

Kuhn sempre se defendeu das posiçóns extremas que lhe atribuíam. Fê-lo no xá mencionado Colóquio com os popperianos, no apêndice da segunda ediçón do seu libro (publicada em 1970) e, por fim, nunha série de ensaios reunidos em 1977 sob o título “A Tensón Essencial”. Em todos estes textos posteriores ao libro “A Estructura das Revoluçóns Científicas”, Kuhn tentou especificar a sua verdadeira posiçón, tornando-a mais fácil de dixerir polos seus opositores. Inclusivamente, perante os filósofos “clássicos” da ciência que o acusabam de ambiguidade e de falta de rigor formal, aceitou a obxecçón e deixou claro que, por princípio, non estaba contra o uso de métodos formais (além dos históricos) para analisar as teorias científicas, mas simplesmente non tinha encontrado os instrumentos adequados para o fazer, pois as noçóns mais ou menos formais (quer dizer, oriundas da lóxica e da matemática) utilizadas até entón polos filósofos da ciência pareciam-lhe inadequadas. Neste sentido, é significativa a sua recepçón positiva aos novos métodos formais para analisar e reconstruir as teorias científicas que Joseph Sneed, Wolfgang Stegmüller e os seus colaboradores (entre outros, o autor deste libro) tinham desenvolvido no início da década de 1970, e que som conhecidas como “concepçón estructural das teorias científicas ou também estructuralismo metateórico”. A este ponto voltaremos na última parte deste libro.

C. ULISES MOULINES

Deixar un comentario