Vale mais, ser filha do C. R. e da P. X. ! Ningúm negociante, fai negócios honrados. Porque, senón, pergunta-lhe quando chegues ó outro mundo, como eram os xuros que acadaba dos seus paisanos? ¿e quê, etc…? ¡¡Cópiam uns polos outros!! Bem decia o meu tio Carlos: “Ao chegar aos deçoito anos, queres o “Din”, ou queres o “Dom”? Se queres o “Dim”? É, unha tapa de misérias! E, se a qualquer preço, pior! Só, que agora, está na moda ser honrado… Entón, procura-se, que unha mán lave a outra, e as duas xuntas lavem a cara!
¡¡Eu, non vivo para disgustos!!
¡¡Ricos, som os caramelos!! ¡¡E, mismo así, fán mal à saúde!!
Oportunistas, hai-nos em todos os sítios! Somente que uns, dissimulam mais do que outros. “¿Entón, que era, um vigarista?” ¿Eu, que sei? Às vezes, diz que divago!
Após a morte do pai, aconteceu algo que nem os mais autorizados biógrafos de Pascal conseguem descrever em pormenor, xá que quase non existem referências a esse respeito. Pascal deu unha reviravolta à sua vida e passou um ano a frequentar círculos diferentes daqueles aos quais estaba habituado, fazendo novas amizades que o introduziram nos círculos libertinos da sua época. É de destacar neste período a amizade que estabeleceu com o duque de Roannez, bem como a companhia frequente de Damien Mitton, escritor e burguês rico da corte, e do Cavaleiro de Méré, matemático amador e também escritor, dous libertinos que colaboraram na teorizaçón do ideal do século XVII do “honête homme”, o homem honesto. Este momento da sua vida é conhecido como o período mundano, que conciliou com os seus estudos científicos e durante o qual Pascal continuou a trabalhar nas suas experiências sobre o vazio, que deram orixem ao “Tratado sobre o Equilíbrio dos Líquidos e do Peso da Massa de Ar (Traités de l’Équilibre des Liqueurs et de la Pesanteur de la Masse de l’Air), unha obra em que formula a teoria do equilíbrio hidrostáctico, obtendo das suas experiências unha lei xeral que hoxe se conhece como lei de Pascal e que se expressa da seguinte forma: a pressón que se exerce sobre um fluido pouco compressíbel e em equilíbrio dentro de um recipiente de paredes indeformáveis transmite-se com a mesma intensidade em todas as direcçóns e em todos os pontos do fluido. A lei de Pascal foi decisiva para o desenvolvimento da prensa hidráulica. Em 1654, um dos seus novos amigos, o Cavaleiro de Méré, que estaba especialmente interessado nos xogos de azar, colocou a Pascal duas questóns para ver se este era capaz de as resolver. Como é óbvio, estas tinham que ver com o grande passatempo de Méré: quantas vezes é preciso lançar os dados para garantir que sai um duplo seis vencedor? E como distribuir os lucros equitativamente entre os participantes de um xogo se este for interrompido a meio ou se um deles o abandona antes de terminar? Pascal aceitou o desafio e pôs máns à obra imediatamente, com a intençón de dar resposta às duas questóns através da matemática. O resultado dos estudos suxeridos por Méré ficaram no “Tratado sobre o Triângulo Aritmético (Traité du Triangle Arithmétique), unha obra na qual se estabelecerom os alicerces do cálculo de probabilidades e que lhe permitiu anunciar à Academia de Paris a invençón da xeometria do azar. Este período mundano terminou com um estranho acontecimento que marcaria o resto da vida de Pascal.
Porém, Rawls cai nunha incoherência que os seus críticos destacam de imediato. Como é possíbel respeitar a pluralidade de concepçóns do bem, o respeito igual polas diferentes e lexítimas formas de entender o bom, se os indivíduos se veem a si próprios como suxeitos morais autónomos? A autonomia moral, unha ideia básica da ética kantiana, é mais unha das concepçóns do bem. Nem todos os cidadáns das sociedades democráticas se veem a si próprios como moralmente autónomos. Os crentes, por exemplo, assumen que a verdade moral é revelada ou que é, além disso, unha lei natural. De acordo com esta concepçón, os indivíduos non podem decidir por si próprios sobre o que significa ter unha vida boa. Essa informaçón está predeterminada. Outro exemplo som os utilitaristas, que pensam que o bem comum consiste em optimizar o bem-estar colectivo. Nem utilitaristas nem crentes parecem dispostos a aceitar que esse bem se possa escolher de maneira autónoma. E será que isso significa que é impossíbel encontrar unha concepçón da xustiça que todos poidam aceitar? Na sua segunda grande obra, “O Liberalismo Político”, de 1993, Rawls rectifica os seus argumentos sobre a xustificaçón dos princípios, mas sem se desviar da sua finalidade. Mantém a validade dos princípios de xustiça, mas a estabilidade social é xustificada de outra forma. Renuncia à autonomia moral como requisito da liberdade, mas non à ideia de que os indivíduos se veem a si próprios como pessoas libres; contudo, agora a liberdade está muito mais ligada à condiçón de cidadán do que na sua obra anterior. O que Rawls fai é aprofundar a sua intuiçón de que a xustiça è unha questón política e non metafísica. No seu novo argumento, a liberdade non é unha suposiçón ética do suxeito moral, mas sim unha condiçón política dos cidadáns. Non é necessário que as pessoas se vexam a si próprias como moralmente autónomas, como axentes morais que escolhem o seu próprio bem. Basta conceberem-se como cidadáns libres e iguais, dispostos a chegar a acordos sobre como conviver politicamente no espaço público. É unha condiçón muito menos esixente do que a anterior: permite que os crentes non renunciem à verdade moral revelada, e que os utilitaristas pensem que há unha maneira impessoal de entender o bem colectivo. A única condiçón é que todos aceitem as regras da convivência democrática. E Rawls xulga que essa é unha condiçón compatíbel com a maior parte das doutrinas substantivas do bem (quer sexam éticas, metafísicas ou relixiosas) que existem nas sociedades democráticas reais.
Banhada Galiza polas áugas de múltiples rios e xungída estreitamente, na sua longa e dilatada extensón, polas ondas do Oceano, tem sido desde logo propícia para o home lacustre. Lagos e lagoas lhe brindarom com a seguridade dos seus asilos apacíbeis; e os nossos rios e enseiádas oferecerom-lhe sitio oportuno no que levantar as suas vivendas. Àugas tranquilas, ares puros, abundante alimento, ribeiras fructíferas, tudo isto encontrou fácilmente, e o que é mais, tudo isto aproveitou com o ânimo que indicam as tradiçóns relativas às cidades levantadas sobre as ondas. Sem temor de enganar-se, podemos asinalar o emprazamento das antigas povoaçóns que herdeiras directas das dos palafitos, se enriquecerom com o comércio dos sidóns, e avivarom despois a cobiça cartaxinesa e romana. Onde queira que um rio de algúm caudal desemboca no mar, formando essas rexións médias entre a àuga doce e a salgada, a que chamamos rias, alí se asentarom as nossas primitivas poboaçóns, como as que as seguirom despois. Iria, Brigantia, Lámbrica, Flavia Lambris, Noela, Duos Pontes, som um exemplo. As que non alcanzarom tanta fama, apresentam a pesar disso à consideraçón dos arqueólogos, restos suficientes para testemunhar o passo do home lacustre em semelhantes lugares. Sostenhem algúns autores que muitos dos antigos palafitos non chegarom a ser abandonados de todo, antes alcanzarom como depósitos até à época romana. Polo que lhe toca à Galiza, non è possíbel afirmar outro tanto. Ao contrário, non se atopa o menor indício que autorice fundamentadamente esta presunçón, pois vê-mos que ainda que non desaparecerom de todo, persevéram emprazadas nos mesmos lugares ou nas suas imediatas cercanías e como que quixeram ter um pé na marxém e o outro nas ondas movediças. As que lhe sucederom, testemunham com farta claridade, qual foi a sua orixe e o seu posterior destino. Pouco a pouco forom-se alonxando do mar e estabelecendo-se terra adentro, sendo das primeiras, casualmente aquelas que por ter sostído um activo comércio com os sidóns e fenícios, puideram muito bem ser apenas simples depósitos ou feitorías. A chegada dos romanos apressou um movimento de deserçón. As que non eram tán importantes e sobre tudo as do interior -mais pobres, menos conhecidas e por tanto non tán cobiçadas- essas duraron, essas virom, na sua maioria, acampar os suevos ó pé das suas vivendas. Mais felíces que as marítimas, compartirom largamente o seu império com as rudimentárias poboaçóns das alturas e com as dos antros. Escondidas, perdidas na solidón dos vales e ribeiras galegas, forom as esquecidas proxenitoras do que hoxe cobre o nosso chán, ocupando as situaçóns mais privilexiadas. Se se querem probas, fácil seria buscálas nas tradiçóns que respeito de tantas cidades como se dín submerxidas nas àugas, conservam-se entre nós acusando unha dilatada poboaçón lacustre. Irmán nesta, como em tantas outras cousas, da Irlanda, a Galiza que contaba numerosos centros, tivo também como aquela numerosos burgos levantados sobre as àugas, habitados à sua hora, num e noutro país, polos celtas, nossos proxenitores. Os que duvidem, podem fixar-se nos nomes das localidades presumidamente lacustres; quase todos, tanto os latinos como os actuais, significam àuga em sanscripto ou em celta.
Berkeley acreditaba que o futuro económico da Inglaterra e da Europa passaba pola América, mas non fomentando empresas tán pouco recomendáveis económica e moralmente como a Companhia do Mar do Sul. Recordemos que a sua famosa afirmaçón, xá citada, segundo a qual “o curso do império dirixe-se para ocidente”, se converteu no lema dos pioneiros norte-americanos. Berkeley axiu com coherência e tomou a decisón de emigrar para o Novo Mundo com o propósito de construir nas ilhas Bermudas o coléxio universitário de que xá falámos,e que tinha como finalidade educar tanto os filhos dos proprietários como os dos indíxenas. A meio caminho entre um proxecto de mudança social e um plano da Providência, a ideia teve êxito e foi apoiada com unha axuda de vinte mil libras (que nunca receberia) polo Parlamento, que com medidas como esta tratava de compensar escândalos como o da “borbulha” da Companhia do Mar do Sul. O título do documento que contém o proxecto de Berkeley é esclarecedor: “Uma proposta para melhor abastecer as igrexas nas nossas plantaçóns estranxeiras e para converter os selvaxens americanos ao cristianismo, através da fundaçón de um coléxio universitário erixido nas ilhas Summer, também chamadas ilhas Bermudas”. Era Berkeley, o missionário que nunca deixaría de ser. Nunha publicaçón de 1737, intitulada o “Pesquisador” (onde formula seiscentas “pesquisas” ou indagaçóns de carácter interrogativo), Berkeley perguntava-se como se poderia estimular a melhoria económica e o comércio próspero, para concluir que a riqueza de unha naçón radica no trabalho e no cuidado dos cidadáns. “Há algunha outra virtude no ouro ou na prata que a de pôr as pessoas a trabalhar ou a criar indústrias? Algunha vez hoube, há ou haverá unha naçón laboriosa pobre ou unha ociosa rica?”, perguntava-se Berkeley. Vale a pena sublinhar o mérito da procura racional de explicaçóns acerca do atraso económico e dos sofrimentos da populaçón irlandesa, tendo em conta que os estudos económicos mal existiam, de que o primeiro modelo económico, o “Tableau Économique” de François Quesnay, foi publicado em 1758, e de que a que se considera unha das obras inaugurais da ciência económica, a “Riqueza das Naçóns”, de Adam Smith, só veria a luz em 1776.
Durante os seus estudos, colaborou em revistas de humor, às quais subministraba comentários, crônicas de sucésos, resenhas teatrais, contos, e inclúso novelas de terror, que el firmaba com pseudónimos como: “Ulises”, “O home sem brazo”, “O irmán do meu irmán”, “O médico sem doêntes” e, com mais frequência, “Antosha Chejonté”. Eram relatos vinculados a um tipo de humor tradicional em esta clásse de publicaçóns, às quais Chéjov se amoldaba perfeitamente. No fim de contas, o que el pretendia era ganhar algúm dinheiro para manter a sua família. Parte destes relatos integraram posteriormente o primeiro libro de Chéjov, “Contos de Melpómene” (1884), e também o segundo, “Relatos variopintos” (1886). As personáxes que povoam estes contos som xeralmente os humilhados que tanto pululam polas páxinas dos clássicos rusos. Recordemos, por exemplo, “Humilhados e ofendidos” de Dostoievski. Ainda que, a diferença dos seus predecessores, Chéjov mostra-se implacábel com eles. Todos esses chupa-tintas, empregados de mesa, pequenos funcionários, sem ningúm sentido da dignidade, humilhan-se até que se lhes presenta a oportunidade de converter-se em déspotas e tiranos. Chéjov saca os seus argumentos da realidade, e nisto non é diferente da tradiçón literária rusa. Non obstânte, aquí também pressenta unha diferênça: a realidade à que sempre invoca é mais falsa do que qualquer ficçón, pois à sua vez falseia as relaçóns humanas. Neste sentido é típico o conto “O gordo e o fraco” (1883), no qual dous amigos que se comportam como tais, até que se descobre que âmbos som funcionários e que um deles ocupa um posto muito mais elevado que o outro. Momento em que as relaçóns humanas som substituidas polas xerárquicas. Para o inferior, o outro deixa de ser um amigo e converte-se em “Sua Excelência”. Ó final resulta que o diálogo cordial da primeira parte tinha sido unha transgresón vituperábel do sentido da subordinaçón. Desta maneira, Antón Chéjov, pleno de ironia, recreia no relato a realidade social que os rodeia, na qual as relaçóns xerarquizadas, estabelecidas em funçón do poder e do prestíxio, imponhem-se aos xenuínos e mais elementais vínculos humanos.
Kuhn sempre se defendeu das posiçóns extremas que lhe atribuíam. Fê-lo no xá mencionado Colóquio com os popperianos, no apêndice da segunda ediçón do seu libro (publicada em 1970) e, por fim, nunha série de ensaios reunidos em 1977 sob o título “A Tensón Essencial”. Em todos estes textos posteriores ao libro “A Estructura das Revoluçóns Científicas”, Kuhn tentou especificar a sua verdadeira posiçón, tornando-a mais fácil de dixerir polos seus opositores. Inclusivamente, perante os filósofos “clássicos” da ciência que o acusabam de ambiguidade e de falta de rigor formal, aceitou a obxecçón e deixou claro que, por princípio, non estaba contra o uso de métodos formais (além dos históricos) para analisar as teorias científicas, mas simplesmente non tinha encontrado os instrumentos adequados para o fazer, pois as noçóns mais ou menos formais (quer dizer, oriundas da lóxica e da matemática) utilizadas até entón polos filósofos da ciência pareciam-lhe inadequadas. Neste sentido, é significativa a sua recepçón positiva aos novos métodos formais para analisar e reconstruir as teorias científicas que Joseph Sneed, Wolfgang Stegmüller e os seus colaboradores (entre outros, o autor deste libro) tinham desenvolvido no início da década de 1970, e que som conhecidas como “concepçón estructural das teorias científicas ou também estructuralismo metateórico”. A este ponto voltaremos na última parte deste libro.
Em lugar de ir-me a Alemanha, seguindo os conselhos do Salustiano e do Salva, esperéi que a Alemanha vinhera a mím; e fixo-se pressente na costa catalán de Canet de Mar. A Alemanha de aquí tinha muito pouco, ou quase nada, da disciplina que eloxiabam os emigrantes; a Alemanha de aquí, a que chegaba em autocarros e em rebanho, era o desmadre da borracheira e da fornicaçón. Decía o Salustiano que aquilo era o paraíso e que as alemáns andabam sempre desbragadas, faróis e fantasías de um zaloio de Castela. O mais seguro era que o “arbeiten arbeiten arbeiten”, non lhes deixara tempo para nada; ou sexa, dar o calo de contínuo. Unha cervexa de vez em quando e a cascála. As missivas do Salvador Barón eram mais contídas e menos fantasiosas que as de Salustiano García. Notabase-lhe que tragaba a amargura e que, de non ser polo medo a voltar à sua terra com o rabo entre as pernas, xá tería deixado aquilo aos poucos dias de chegar. Estas cartas meterom-me o desexo de conhecer os focos xermânicos de Canet e seus arredores. Um pouco mais arriba, na Costa Brava, por onde as montanhas parecem cair no mar, debería de haber outros focos mais discretos e menos bullangeiros; polo menos isso decíam os que conheciam os “intríngulis” mais segredos da costa. Xente de vida social pechada e restrinxida, prófugos acaso de unha derrota, postos de rendistas ou xubilados. Ou de industriais hoteleiros. Ás vezes, nalgúm sítio afín a eles soltabas, como sem querer, Nuremberg e producía-se um silêncio de pedra. O Villán, que andaba de transeúnte polo mundo, sem ánimo de enrraizar nalgo fixo, estaba obsesionado com este assunto, e em qualquer signo vislumbraba unha cruz gamada. Eu conhecia um pouco ó Villán dos infaustos dias da Laboral de Tarragona. Mal lhe iba a ir por Canet, em questón de fornicaçóns, se em cada teta e cada cono divisaba unha esvástica. Imaxinar swásticas em zonas tán tórridas do corpo humano cortaba um pouco, ainda que a certos viciossos lhes puidéra por “cachondos”. Como eu tinha adquirido certa relevância, pese à minha vida pouco exemplar, tivem ocasión de enchufá-lo como lavapratos no Hotel San Carlos. Por entón, e suponho que também agora, eu era um ser contradictório. Impunha-me certas regras de xogo que, unha vez determinadas, cumpría a “rajatabla”; o mau era quando essas regras non coincidíam com as regras dos demais. Ahí sobrevinha um duro problema de adaptaçón ó meio, circunstância da qual sempre saía escaldado. A contradiçón estaba em que aceitaba as minhas regras, mas desdenhaba as que me impunham os demais.
É também por esta altura que a fama de Popper atinxe o seu auge. Recebe um grande número de honrarias e homenaxens em todo o mundo. Em 1965, a rainha de Inglaterra concedeu-lhe o título de Knight Bachelor, que fez de Popper Sir Karl. Em 1974, a Library of Living Philosophers, unha colecçón de libros consagrados a filósofos vivos, considerados os mais influentes da nossa época, dedicou dous volumes ao pensamento de Popper, que perfizeram um total de trinta ensaios. Na última fase da vida, Popper non publicou nenhuma obra com a puxança das anteriores, mas elaborou textos de divulgaçón, para um público o mais vasto possíbel, como a colecçón de ensaios “Em Busca de Um Mundo Melhor” (1984). Por outro lado, também nos últimos anos, dedicou-se mais que nunca ao que ele próprio consideraba o seu passatempo intelectual favorito: a traduçón e reinterpretaçón dos filósofos gregos pré-socráticos. Os ensaios que escreveu sobre eles foram publicados postumamente, em 1998, com o título “O Mundo de Parménides. Continuou intelectualmente activo até poucas semanas antes da sua morte. Karl Popper faleceu em Londres a 17 de Septembro de 1994.
Na actualidade, as equaçóns que descrebem os campos eléctricos e magnéticos som denominadas “equaçóns de Maxwell. Ainda que pouca xente tenha ouvido falar delas, som probabelmente as equaçóns comercialmente mais importantes que conhecemos. Non só rexem o funcionamento de tudo, desde as instalaçóns domésticas até ós computadores, senon que também descrebem ondas diferentes tais como as da luz, como por exemplo microondas, radioondas, luz infrarroxa e raios X, todas as quais diferem da luz vissíbel em só um aspecto: a lonxitude de onda (a distancia entre duas crestas consecutivas da onda). As radioondas tenhem lonxitudes de onda de um metro ou mais, em tanto que a luz vissíbel tem unha lonxitude de onda de unhas poucas dezmilhonéssimas de metro, e os raios X unha lonxitude de onda mais curta que unha centéssima de milhonéssima de metro. O Sol emite todas as lonxitudes de onda, mas a sua radiaçón é mais intensa nas lonxitudes de onda que nos resultam vissíbeis. Probabelmente no é casualidade que as lonxitudes de onda que podemos ver a simples vista sexam precisamente as que o Sol emite com maior intensidade: é probábel que os nossos olhos evolucionaram com a capacidade de detectar radiaçón electromagnética no referido intervalo de radiaçón, precisamente porque é o intervalo que lhes resulta mais disponibel. Se algunha vez nos encontraramos com seres de outros planetas, teriam probabelmente a capacidade de “ver” radiaçón às lonxitudes de onda emitidas com máxima intensidade polo seu sol correspondente, modulada por algúns factores secundários como, por exemplo, a capacidade do pô e dos gases da atmósfera do seu planeta de absorber, reflextir ou filtrar a luz de diferentes frequências. Os alieníxenas que tiveram evolucionado em presença de raios X teríam, pois, um magnífico futuro na seguridade dos aeroportos.
René Descartes nasceu a 31 de Março de 1596, a escassos metros das turbulentas águas do rio Creuse, nunha pequena aldeia da província de Turena, perto do vale do Loire, no centro de França. Embora ele non o tivesse chegado a saber, a modesta La Haye prestar-lhe-ia unha homenaxem póstuma ao adoptar o seu nome a partir da Revoluçón Francesa de 1789: os que ali nascem chamam-se agora “descartoises”. O pequeno René teve unha infância pouco assinalábel e com o componente traumático de ter perdido a nái, víctima de um parto complicado, quando ele tinha apenas um ano de idade. O pai, um reputado xurista, formou rapidamente unha nova família, mas teve a prudência de deixar os seus anteriores filhos a cargo do tio materno, um político tolerante acostumado a mediar com êxito os conflictos entre católicos e “huguenotes” (como eram conhecidos os calvinistas franceses, partidários da Reforma Protestante) na localidade vizinha de Châtellereault. Descartes cresceu beneficiando das comodidades de unha família católica de clásse média-alta, composta por médicos e xuristas, embora acometido de unha fraxilidade física (manifesta pela sua inseparábel tosse seca), que apenas começaria a superar a partir dos vinte anos. “Preferi ver sempre as cousas do ângulo mais faborábel e tentar que a minha felicidade dependesse principalmente de mim mesmo, e creio que essa predisposiçón venceu gradualmente a minha debilidade”, confessaria anos mais tarde, ao constactar algo xá sabido pelos filósofos de qualquer época: que a saúde do pensamento influi na saúde do corpo. Graças à amizade que unia a sua família aos directores, aos dez anos pôde ingressar na resplandecente escola de La Flèche, xerida pela ordem católica xesuíta. Tratava-se do centro de estudos mais avançado da Europa cristán e, como veremos seguidamente, um bom exemplo da complexa tessitura ideolóxica na qual o pensamento moderno foi abrindo caminho.
Adentrando-nos no terreno das vendas, que som unha das bases da riqueza altaneira, e da soberba opulenta (ainda que os axiótas intentem ocultar esta orixem miserábel de toda fortuna). Um director de banca afronta às vezes, situaçóns de humilhaçón verdadeiramente heróicas. Porque para um home honesto, resulta um tormento, ter de rebaixar-se a enganar os seus semelhantes. Mas, cá para mim, que o fán mais para probar a nossa fidelidade ideolóxica, que pelo miserábel benefício que poidam sacar. Pois, roubar os outros, non é bom negócio, e resulta contrariamente ao que se poida pensar, socialmente ruinoso. Regulamentariamente vestido, com zapatos, calças e casaco, ademais de unha gorbata apertada ó pescozo. Encontra-se, talmente como um peixe fora d’agua, no meio dunha imensidóm serrana de penhascos e verduras. Severamente perdido e confuso, manipula a sua carteira comercial, seleccionando documentos ou melhor dito remordimentos. ¡¡Boas tardes!! ¡¡Bonita ovelha!! ¿¿Se mo permite, gostaría de lhe mostrar algúns productos finançeiros, que lhe ván certamente interessar?? Depois de o ter mirado detidamente de alto a baixo, o pastor de modo trocista, fruncíu o cenho, e dixo: “¡¡Usted é um empregado da banca!!” ¿¿E como adivinhou?? “¡¡Pois, por três razóns fundamentais!!”
A primeira: vem xunto de mim sem ser chamado.
A segunda: quer vender-me algo, que non necessito para nada.
A terceira: confundíu o cán com as ovelhas.
Lamentabelmente, esta é a dura vida que tem que soportar um pobre director de banca moderno, ainda que despois sexa compensado com unha leve aureôla de prestíxio social, e o pompôso nome de “Chefe de Vendas”.
Em seguida, Marx passa a advertir que “acontecimentos extraordinariamente análogos” conduzem na história a resultados completamente diferentes. Faz referência ao destino dos plebeus da antiga Roma, que na sua orixem tinham sido camponeses libres e que no decurso da história do Império forom expropriados e separados brutalmente da sua propriedade comunal. Além disso, ao mesmo tempo que eles se tornavam unha massa “inteiramente libre” (das suas servidóns comunais e também das suas condiçóns de existência), no Império Romano concentrava-se em determinadas máns unha grande propriedade financeira. A situaçón era, no fundamental, idêntica á descripta em Inglaterra a partir do século XV. Ora, os “proletários” romanos non se transformarom em trabalhadores assalariados, “mas nunha turba de desocupados mais abxectos que os “pobres brancos” que existiram no sul dos Estados Unidos, e xuntamente com isso, desenvolveu-se um modo de produçón que non era capitalista, mas que dependia da escravidón”. O que se impón para a teoria da história é, pois, conclui Marx, “estudar, separadamente, cada unha destas formas de evoluçón” e, comparando-as, encontrar a chave desses fenómenos, em vez de inventar, diz-nos, “um passe-partout universal de unha teoria histórico-filosófica xeral cuxa suprema virtude consiste em ser supra-histórica” (ibid.). Incríveis palabras que a tradiçón marxista teria feito bem em aplicar aquando da entronizaçón de unha “teoria xeral da história” à qual se chamaria “materialismo histórico”. Em resumo: Marx non pretende de forma algunha ter descoberto qualquer cousa como “unha lei xeral da história”. A sua obra fundamental, aquela em que nesse momento estaba a trabalhar habia xá mais de metade da sua vida, intitulava-se “O Capital”, nada parecido com “Teoria Xeral da História”. Non há dúvida de que o capitalismo é algo histórico, mas unha cousa é encontrar as leis que rexem um ente histórico, neste caso a sociedade capitalista, e outra muito diferente é pretender com isso que se encontraram as leis da própria “história”.
Esta grandiosa e complexa composiçón, sem dúvida o mais grande de todos os poemas épicos, pode considerar-se críticamente desde muitos pontos de vista. Os leitores que nos seguem probabelmente xa lerom pola sua conta grande parte do poema, polo que unha simples paráfrase resultaria ociosa. Non obstânte, ó final pareceu melhor basar este estudo num análise crítico dos principais temas do poema, libro por libro, e em pasaxes traducidos escolhidos para mostrar os aspectos engrenados da acçón e do linguaxe. Em quanto à estructura básica da Ilíada, ainda que lineal em sí mesma, a miúdo se vê obscurecida por elaboraçóns e disgresóns espessas; e um debe experimentar o efeito de conxunto seguindo a sua ordem se pretendemos que a impresón resultante sexa unificada e monumental e non simplesmente caótica. Nas páxinas que seguem o nosso propósito será construir gradualmente unha opinión non só do plano narrativo e das suas implicaçóns, senon também das qualidades expressivas, estilísticas e sensitivas das quais debe depender qualquer apreciaçón refinada do poema. O poema inicia-se com unha curta invocaçón à Musa para que cante “a cólera de Aquiles”. Isto, com as suas consequências imediatas, será o tema narrativo central, de diferêntes maneiras, a “xesta” troiana toda e as tensóns inherentes ao código heroico mesmo non som menos importantes. A cólera do príncipe Aquiles é provocada polo seu enfrentamento com Agamenón, xefe dos aqueos -gregos- acampados frente a Troia. Indirectamente é iniciado polo deus Apolo; que envia unha praga ao exército sitiador, porque, como revela o adivinho Calcante, Agamenón recusa devolver o seu botín de guerra, a fermosa Criseida, ao seu pai Crises, sacerdote de Apolo. Xá o poema passou do seu prólogo lapidário para um tenso debate entre os dirixentes aqueos; xá exhibe a escala e o detalhe de unha obra singularmente longa e ambiciosa. Agamenón, rexiamente molesto, insulta primeiro a Calcante e despois, mais perigosamente, a Aquiles, que sai na defesa do adivinho. Aquiles replica em termos envenenados que retam a honra e a autoridade do rei, ó qual as forças expedicionárias xurarom fidelidade -tanto por ser o irmán maior de Menelao, e por tanto o responsábel de vingar o rapto de Helena polo príncipe troiano Paris, como por ser o rexedor poderoso da “Micenas rica em ouro”-. Nas suas palabras de enemistade a Agamenón, Aquiles xá revela a invexa e o descontento que están implícitos non só no seu papel particular, senón também em toda a escala heroica de valores.