AGRARISMO E OBREIRISMO NO CONDADO

A proclamaçón da Segunda República nos concelhos do Val do Tea integrados na bisbarra natural do Condado (sul de Pontevedra), débese relacionar com três fenómenos fundamentais. O primeiro de âmbito estatal, era a desintegraçón total das bases sobre as quais se asentaba o rexíme constitucional de 1876 durante o reinado de Alfonso XIII; a incapacidade demostrada na tarefa de incorporar os partidos non dinásticos às funçóns de goberno – malia que estes tinham demonstrado representar unha porcentaxe crescente de poboaçón, – da mais activa – fixera prantexar a sua oposiçón xá non ao Goberno, senón ó rexíme político estabelecido (republicanos, radicais, socialistas, nacionalistas, no Pacto de San Sebastián), e apostarom por um modelo republicano. Os outros dous fenómenos de âmbito mais local, eram a existência dum movimento agrário de orixe antiforal perfeitamente organizado, cunha longa traxectória de luta reivindicativa desde a primeira década do século, apoiado inicialmente no pulo do Directório de Teis, com o seu lider Amado Garra, o seu programa e a sua ideoloxía de fundo -radical, laicista- practicamente indiscutida; contabam tamém com um xornal “El Tea” fonte fundamental ó dia de hoxe, para seguir o processo que estamos a tratar. Tinham xá gobernado o concelho de Pontareas no ano 1924, e a experiência acumulada e a sua crescente actividade e aceitaçón popular constituiam o elemento mais preocupante para a velha oligarquía local bugalhalista, de base caciquíl, aferrada coma um cravo ardendo no tradicional sistema de control social derivado do rexíme foral, definitivamente em vias de extinçón (lei de 1926), e a consabida e sistemática manipulaçón dos resortes eleitorais. Por fím, o movimento obreiro, menos poderoso que o agrário nésta zona rural, conta também cum núcleo non desdenhabel, dende a segunda década do século, com a sua base na vila de Pontareas onde algunhas fábricas (aserradeiros, curtidos) permitem o nascimento das primeiras folgas, como a de 1927-28 que rematou com o episódio do incendio da fábrica de curtidos de Garra. Nos anos trinta vémo-los formando unha agrupaçón obreira socialista, com a sua “Casa del Pueblo” e o seu “mais de meio centenar” de militantes. A tudo isto engadir um apoio constante das asociaçóns de emigrantes da localidade, em especial Sudamérica, que aportam fundos para o desenvolvimento das actividades societárias e, às vezes, mesmo para a criaçón de centros de ensino de orientaçón laica (o que xá no 1910 provocara as iras de católicos e carlistas)

PUBLICADO EM A PENEIRA (ANO I – 1984)

Deixar un comentario