Arquivos diarios: 11/03/2020

ESCRITORES HISPÂNOS (NATANIEL AGUIRRE)

Aguirre, Nataniel (Cochabamba, 1843-1888). Estadista boliviano e autor de românces históricos. A sua melhor novela, “Juan de la Rosa: memórias del último soldado de la independência” (1885), expressa um desagrado de tom liberal pola convencional fidelidade ó passado colonial. As suas obras aparecerom em 1911.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL AGUSTÍN AGUIRRE)

Aguirre, Manuel Agustín (Loja, Equador, 1904). Poeta de esquerdas e fundador em 1944 de “La Tierra”, o xornal do partido socialista equatoriano. Despois dos seus “poemas automáticos” (Guayaquil, 1931), nos que seguia a técnica do “hai-kai, inclinou-se por temas mais políticos na “Llamada de los proletários” (Guayaquil, 1935). Pies desnudos: poemas de la infancia (Loja, 1943) que foi publicada polos seus amigos sem o seu consentimento. As suas “Lecciones de marxismo (Universidade de Quito, 1950-1951, 2 vols.) recibirom resposta em “La única solución al problema social (1958) de Gustavo Miranda Ribadeneira.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ MARÍA AGUIRRE)

Aguirre, José María (1896-1933). Poeta lírico vasco que escrebeu baixo o pseudónimo de “Xabier de Lizardi”. Os poemas de Biotzbegietan (San Sebastián, 1956) considerados os mais encantadores e orixinais da fala vasca. Escrebeu também prossa humorística na sua colecçón de contos “Itz-lauz” (1934).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (DOMINGO AGUIRRE)

Aguirre, Domingo (Ondárroa, 1864-1920). Novelista vasco. Garoa (1912) apressenta a nostalxía por um passado idílico, foi traducida ó castelán com o título de “El helecho”. As suas obras anteriores som de menor importância. Entre outras está o românce histórico “Auñemendiko lorea” (1898) e o românce de costûmes “Kresala” (1906).

OXFORD

HEIDEGGER (NON HÁ UNHA FORMA ÚNICA DE QUESTIONAR O SER)

Do mesmo modo, sería preciso questionar se, no aparentemente eterno substantivo, eternizado a partir da sua determinaçón como “substância” (que é o conceito para se referir ao “permanente”), non se inscreve, apesar de tudo, o temporário. Para isso, sem dúvida, terá de descer à cousa que o substantivo pretende eternizar. Nesse nível, tudo muda: a cousa pescada (non a substância pescada) apodrece se non for cozinhada a “tempo”; do mesmo modo que a cousa martelo se perde, talvez para sempre, tornando-se passado, ou simplesmente se se partir; nós mesmos, sem ir mais lonxe, morremos e desaparecemos. E acontece tudo isso com os substantivos? Talvez com as substâncias? Ou non será sobretudo com as cousas, se é que resta algunha cousa delas depois de as determinar em excesso e de maneira sucessiva como substâncias e substantivos? Para sermos exactos, o que sobra delas? Certamente, as substâncias e os substantivos non mudam de aspecto nem morrem; aspiram, inclusivamente, a ocultar o seu nascimento, como se isso os tornasse vulneráveis – xá se sabe, tudo o que nasce tem de morrer – e os rebaixasse da sua condiçón eterna. Em todo este assunto do ser, como estará a comprobar seguiu-se a leitura até aqui, a interligaçón entre as cousas e as acçóns (o substantivo e o verbal), e o ser e o tempo, é muitíssimo relevante, apesar da qual, ou graças à qual, o assunto do ser aparece para nós em primeiro lugar “domesticadamente”, ou sexa, como um grande subentendido que non è questionado. Mas chegados aqui, também deberia referir-se que non há unha forma única de questionar o ser. Simplifiquemo-las nestas duas: a primeira questionaria o ser “à distância”, como se se tratasse de um obxecto alheio, o qual só enfrentássemos de forma temática, mas sem ter em conta o subentendido que nos precede sempre: dizemos algo do ser a partir do próprio ser em que nos encontramos, sem podermos evitar essa situaçón; a segunda, por outro lado, questionaria o ser, reconhecendo, em primeiro lugar, explicitamente, esse subentendido (que estamos sempre nunha determinada situaçón de ser, que se caracteriza simultaneamente por non a questionar) como o aspecto mais relevante da própria questón, como se, além disso, fosse ele que a desencadeasse. Digamos que nos dois casos, desde que se fala da “questón do ser”, fala-se de ontoloxía, embora, no primeiro caso, e só com a finalidade de facilitar a exposiçón, falaremos de “ontoloxía xeral”, segundo a tradicional fórmula académica, e, no segundo, de “ontoloxía fundamental”, que é precisamente o título que Heidegger dá, em princípio, ao que faz em “Ser e Tempo”.

ARTURO LEYTE