
A orixem da épica castelán. O segundo problema, muito mais discutido ainda que o anterior, é o que concerne à orixem da épica. Três teorías forom propostas: a francesa, a xermânica e a arábigo-andaluza. A francesa, defendida por Gaston París e por Eduardo de Hinojosa, sostém que a épica castelán procede da francesa, basándo-se no feito de certas semelhanzas entre as duas e na prioridade cronolóxica da francesa com respeito à castelán. Menéndez Pidal, ó formular a sua própria teoría, admite o influxo françês, mas somente a partir de começos do século XII; nesta época é manifesta a presença de numerosos elementos da cultura francesa nos diversos campos da nossa cultura, debido ao grande número de xograres da naçón vecinha, que venhem para a península com ocasión das peregrinaçóns a Santiago de Compostela e que difundem aquí os grandes cantos épicos do “ciclo carolinxio”; e à intensificaçón das relaçóns políticas entre a corte de Castela e a francesa; ó estabelecimento nas Espanhas de monxes cluniacenses e à chegada de numerosos cabaleiros de França, dous dos quais chegam a casar com sendas filhas do monarca castelán; tudo o qual provoca intercâmbios abundantes. O que se exerceu sobre a épica castelán, non sería mais que um aspecto daquela influência xeral. Agora bem; esta aportaçón, segundo precisou Menéndez Pidal, debe considerar-se como um afluente, que acarreta elementos novos à épica hispâna, quando esta xá se encontraba enteiramente formada, polo que de modo algúm lhe dá orixem; recordemos a conclusón, xá citada, de que os nossos grandes poemas épicos, que forom compostos a raíz dos acontecimentos que referem, som na sua maior parte anteriores ós começos declarados para o influxo françês.
J. L. ALBORG