Arquivos diarios: 06/03/2020

ARISTÓTELES (BIOGRAFIA)

Um dos episódios mais conhecidos da biografia de Aristóteles é o seu período como tutor de Alexandre Magno. Em 343 a. C., o filho do rei Amintas III, Filipe II da Macedónia, propuxo-lhe tornar-se preceptor e tutor do seu filho Alexandre, que tinha nesse momento treze anos. O xovem príncipe estaba destinado a ser unha das grandes personaxes da história. Na sua curta vida (morreu aos trinta e dous anos) foi capaz de forxar um império que se estenderia por todo o Mediterrâneo oriental e, mais além, até ao rio Indo, a fronteira com a Índia. Conquistaria territórios ao Império Persa, até obter o título de imperador e o sobrenome de “O Grande” ou “Magno”. O imperador Alexandre Magno, além de ser um conquistador implacábel, mostraria unha sensibilidade especial para os assuntos relacionados com a cultura helenística, sabe-se lá até que ponto influenciado polo seu mestre Aristóteles. Contribuiria para o esplendor do helenismo ao estender a cultura e o pensamento gregos por todo o seu império, em muitos casos non como mera imposiçón, mas tentando a sua conciliaçón com a cultura e as tradiçóns existentes no território conquistado. Aristóteles aceitou o desafio e deslocou-se a Pela, onde permaneceu até o seu discípulo subir ao trono, no ano 336 a. C. Non está claro em que medida o Estagirita influenciou o carácter de Alexandre Magno, mas sabemos que o xovem príncipe era um homem de acçón e com um limitado interesse pola filosofia. Do que non há dúvida é do apreço que sempre teve polo seu mestre, até ao ponto, por exemplo, de aceder ao desexo de Aristóteles e ordenar a reconstrucçón de Estagira, de financiar boa parte das suas investigaçóns e de lhe dar todo o tipo de apoio “loxístico”. Quando Filipe morreu, e com a ascensón de Alexandre ao trono, os seus serviços como mestre pareciam xá non fazer muito sentido. Por isso, Aristóteles retirou-se durante algum tempo para Estagira, que xá fora reconstruída, antes de decidir que era o momento de regressar a Atenas, quando xá rondaba os cinquenta anos e era considerado o maior pensador da época. Quando faleceu a sua primera esposa, Pitíade, voltou a casar com Herpílis, com quem tivo um filho, Nicómaco, a quem mais tarde dedicaria a “Ética a Nicómaco”.

P. RUIZ TRUJILLO