
As alemáns había que vê-las, quase em couros, estendidas ó sol, somnolentas e ofegantes polo exceso de calor e pola sede, non por outra cousa. Assím tumbadas, eram quase iguais a nós. De pé, a cousa cambiaba muito. De pé, o umbigo, principal causa da nossa fascinaçón, chegaba um palmo mais arriba do nosso, à altura do peito ou algo parecido. O qual, ainda que humilhante, tinha unha ventaxa: as tetas das alemáns plantabam-se erectas à altura de uns olhos, que de tán fixos, se punham estrábicos e esquizofrénicos. Descubriamos, em suma, que éramos baixinhos. E birolhos. Ou, polo menos, de unha bizqueira conxuntural estimulada pola luxúria. E mal alimentados; segredo este que, ainda que o silenciaram as nossas bocas, o proclamabam os nossos corpos. Onde os corpos das alemáns adelgazabam desenhando unha perfeita simetría e unha limpeza de linhas, sem rebordes na cintura, os nossos comezabam a desparramar-se sem ordem nem concerto. Daba igual: por encima de um sentimento classista da estéctica, alzaba-se o fervor igualitarista do desexo. Um desexo libidinoso dos espanhois daqueles anos sesenta, podía conquistar o mundo. Era o ardor patriótico sem fronteiras. E debía ser idéntico, ou parecido, ao dos conquistadores da América e aos Tercios de Flandes, aqueles aventureiros que, onde non chegam com o brazo, chegam com a ponta da espada. Ou com a ponta do capulho, que foi sempre a autêntica reserva espiritual das Espanhas.
JAVIER VILLÁN E DAVID OURO