
Do habitante das cavernas, e do que levantou as suas tendas sobre as àguas, assím como do que arou sobre os cûmes, e alí tivo a sua casa, nos quedam desde logo mais que restos suficientes para afirmar que baixo estes céus existirom homes prehistóricos, ou quando menos das primeiras sociedades. Precederom em muito tempo ao àrio? Ninguém o dirá por agora. Quedam, é verdade, os restos materiais que testemunham a sua presença no nosso país; non mais que isto. Non se sabe nem quando veio, nem quanto tempo permaneceu aquí. Graças que sexa dado presupor, que eram poucos e que pronto forom despoxados. O dia em que as tribus célticas puxerom o seu pé na Galiza e se apoderarom do extenso território que compunha a província galega, à qual derom o seu nome, fala, relixión, costûmes, nunha palabra, vida enteira, esse dia acabou o poder dos homes inferiores na nossa terra. Fossem ou nón, fineses ou xente mais humilde todavia, de cor amarela, fala monosilábica e vida intelectual rudimentária, tiverom que apartar-se e desaparecer. Nem na raza, nem nas costûmes e superstiçóns, nem sequer nos homes de localidade deixarom as pegadas do seu paso. Algunhas vezes, é certo, cruzam as altas mesetas ou os mais ásperos desfiladeiros homes cuxo corpo desmedrado e cuxa triste fisonomía recordam ó primitivo habitante ou que presumimos como tal, mas isto somente é unha excepçón. Fruto do atavismo, persistência da raza ou dexeneraçón de outra superior, som contados e som conhecidos logo pelo seu aspecto, nos lugares que preferem e ocupaçóns que enchem as suas vidas. Tudo confirma polo tanto, que o celta se apoderou da Galleira, como verdadeiro vencedor; isto é, por enteiro e para sempre. El cobre durante os séculos o nosso território, é um verdadeiro possuidor: os seus filhos acampam todavia nos mesmos lugares que eles lhe derom por herdanza. Se alguém pode disputar-lhe os seus domínios é o elemento xermánico que aquí, como em muitos poucos países, se apresenta à sua vez avassalador e triunfante. Assím que para que o nosso passado se ilumine, para que as recordaçóns começem e a história escreba as suas primeiras páxinas, necessita-se que asome aquela xente que de tal maneira encheu o chán galego, que non parece senón que tudo o actual tem a sua orixem e raíz nela só. Os mesmos monumentos prehistóricos podem ser-lhe adxudicádos sem temor, ó menos na sua maior parte. Nada há na nossa antiguidade que deles non venha, ou com eles non comêçe. O celta é o nosso único, o nosso verdadeiro antepassado. Chegará o dia em que a ciência histórica, desprendêndo-se de algúns prexuíços e fazendo caso omiso de teorías que só importam para fazer-nos ver quanto de vácuo ocultam baixo as suas aparentes vestiduras científicas, alheias non obstânte à índole da história, poida ésta penetrar nos obscuros limbos da época primitiva e tempos que imediatamente seguem, e fazer que essas xentes revivam, e revêlem a sociedade rudimentária que nelas e com elas tivo princípio. As numerosas investigaçóns que hoxe se levam a cabo em todos os países e baixo céus tán diversos, permitirám à sua hora reconstruir o passado, non tal e qual o descrebem, senón como foi, uno e múltiplo, vário e unifome a um tempo, segundo as idades, segundo as famílias de homes, segundo os accidentes da sua vida histórica. O mundo primitivo sairá entón como Lázaro do seu sepulcro à voz do historiador, apresentándo-se ante o que o interrogue, em carne e osso e como quem ao levantar a lousa que o cobre, ensina e fái patente quanto com el se tinha enterrado. Esperando esse dia, e entanto non se conhece melhor o mistério das nossas orixens, limitémo-nos a estudar os monumentos mais antigos que se conhecem no nosso chán.
MANUEL MURGUÍA