
Por outro lado, e para que Leibniz non se esquecesse dos seus estudos de teoloxia e filosofía, Boineburg pediu-lhe que compatibilizasse a preparaçón do proxecto polaco com a resposta a unha antiga carta que tinha recebido em 1665 do polaco Andrzej Wiszowaty – sociniano unitário e, portanto, herexe que critica o dogma da Trindade – e da qual se lembrou por este motivo. A resposta, intitulada Defesa da Trindade a partir de Novos Argumentos (Defensio Trinitatis per nova reperta logica), tem particular importância porque indica os pontos de fricçón fundamentais com os inimigos comuns do cristianismo e da relixión, nos quais estabam de acordo tanto o católico convertido Boineburg como o luterano Leibniz, ambos convencidos da importância da reunificaçón das igrexas na Alemanha. O período de estada em Mainz é, quanto ao resto, fundamental para desenvolver os interesses multidisciplinares de Leibniz, que participa activamente em todas as questóns acesas da época, quer sexam teolóxicas, científicas ou políticas, e também encontra tempo para escrever pequenos ensaios, ora sobre controvérsias relixiosas ou filosóficas, ora sobre problemas filolóxicos, históricos, físicos ou matemáticos. Além disso, encarrega-se de divulgar estas questóns através de unha rede crescente de correspondentes (mais de 1100 em dezasseis países diferentes, no final da sua vida) e, para maior repercussón na opinión pública, pede ao Kaiser autorizaçón para fundar unha revista científica. Tudo isso sem deixar de desenvolver a reforma xurídica e de trabalhar como advogado ao serviço da família Boineburg. É desta época a redaçón de Novas Hipóteses Físicas (Hypothesis physica nova), unha das suas obras mais importantes, que reveria um ano depois enquanto estaba imerso no seu estudo intensivo de Hobbes para a publicar anonimamente (com as iniciais G. G. L. L.) em 1671 e que, finalmente, daria a conhecer como sua na forma de dous ensaios complementares: Teoria do Movimento Concreto (Theoria motus concreti) e Teoria do Movimento Abstracto (Theoria motus abstracti), que dedicaria, respectivamente, à Royal Society de Londres e à Académie Royale des Sciences de París, nas quais quixo entrar como sócio. Leibniz distancia-se de Descartes e encontra inspiraçón para a explicaçón do movimento nesta obra precoce, na ideia do “conatus” (tendência, impulso) de Thomas Hobbes, e que Espinosa também adoptará na sua filosofia; unha ideia mecânica que Leibniz definirá, no entanto, como “começo do movimento”. Mas a maior orixinalidade de Leibniz neste ponto encontra-se, sem dúvida, no facto de ter considerado nas suas investigaçóns o problema do contínuo, um antigo problema na história da filosofia, que recua até aos paradoxos de Zenón: xá que se o contínuo é divissíbel até ao infinito, existiria realmente unha infinidade de partes, enquanto para Descartes o indefinido seria unha ideia sem correspondência com a realidade. A defesa do movimento contínuo significaba para Leibniz – contrariamente a Gassendi – que non era interrompido por intervalos de repouso, pois tudo o que se move dirixe o seu “conatus” total – cuxo efeito será a velocidade virtual – contra qualquer obstáculo até ao infinito. Ainda assim, todos estes paradoxos referentes aos indivissíbeis só se poderam resolver mais tarde graças à descoberta do cálculo infinitessimal.
CONCHA ROLDÁN