
As mais antigas manifestaçóns conhecidas da literatura castelán correspondem à poesía épica; mais concretamente à epopeia. Os ainda mais recentes descubrimentos de pequenas formas líricas, chamadas “jarchas” (que estudaremos no capítulo seguinte) anticiparía em mais de um século os limites cronolóxicos desta literatura e esixiría comezar a sua história pola poesía lírica como mais antiga. Optamos, non obstante, por seguir a mais estendida costûme de estudar a épica em primeiro lugar: de um lado, porque as citadas jarchas mais que poesía castelán propriamente ditas som fragmentos muito breves de romance mozárabe, adheridos a composiçóns líricas arábigas e hebreias; e ademais, porque sendo escasa também a diferença cronolóxica, o valor intrínseco do “Poema de Mío Cid”, primeira obra épica conservada, excede até tal ponto as jarchas líricas, que bem merece ser o pórtico desta história literária. Digamos de passada que a prioridade de apariçón entre a épica e a lírica constituie um problema de soluçón quase impossibel. Deixando aparte o dacto concreto e real de que pertenzam a um ou outro xénero os primeiros monumentos conservados – feito que pode variar de unha a outra literatura -, é muito difícil precisar qual dos dous xéneros poéticos está mais entranhabelmente arraigado nos lontanares psicolóxicos dos povos, e qual nasce primeiro, polo tanto: se o desexo de conhecer, de informar, de comunicar os feitos de interês comúm, que están na raíz mesma da épica, ou a necessidade de exteriorizar os sentimentos próprios, estimulados pelas paixóns individuais ou pelos acontecimentos colectivos. A pergunta quase é ociosa; o mais probabel é que épica e lírica nasceram ó mesmo tempo, e que nem sequer se distinguiram nos seus começos, ó menos non na medida na que o tempo e a sua própria evoluçón as haberíam de diferenciar.
J. L. ALBORG