O PRINCÍPIO DE QUE OBSERVAR UM SISTEMA MODIFICA O SEU CURSO (F34)

¿Non podemos, como quando o nosso director tem unha mancha de mostaza na barbilha, observar discretamente mas sem interferir? Non. Segundo a Física Quântica, non podemos “tán somente” observar algo. É dicer, a física quântica reconhece que para efectuar unha observaçón debemos interacionar com o obxecto que estamos observando. Por exemplo, para ver um obxecto, no sentido tradicional, iluminá-mo-lo. Naturalmente, iluminar unha abôbora tera pouco efeito sobre ela, mas iluminar, ainda que sexa com luz muito ténue, unha partícula quântica (lanzar fotóns contra ela) tem efeitos apreciábeis, e as experiências mostram que modifica os resultados das referidas, xusto na maneira descripta pola física quântica. Suponhamos que, como antes, enviamos um chorro de partículas contra a parede na experiência da dupla rendixa, e acumulamos os dactos do primeiro milhón de partículas. Quando representamos o número de partículas que ván parar ós diversos lugares de detecçón, os dactos formarám unha figura de interferências como a da páxina, e quando sumadas as fases associadas com todas as traxectórias possíbeis de unha partícula que saíu de A para o ponto de detecçón B, atoparemos que a probabilidade calculada de aterrar nos diversos pontos coincide com os referidos dactos. Suponhamos que repetimos a experiência, mas désta vez iluminaremos as rendixas de tal maneira que poidamos conhecer um ponto intermédio C pelo qual passou a partícula (C é a posiçón de unha rendixa ou da outra). Ésta informaçón denomina-se a informaçón de “que caminho” seguíu, porque nos dí se a partícula foi desde A até B através da rendixa 1 ou a través da 2. Como sabemos por qual das rendixas passou a partícula, as traxectórias da nossa suma para essa partícula, só incluiram agora os caminhos que passem pola rendixa 1, ou só os que passem pola rendixa 2, mas non os que passem pola rendixa 1 e os que passem pola 2 ao mesmo tempo. Como Feynman explicou a figura de interferência, com os que passam pola outra, se encendemos unha luz que determine por qual das rendixas passa a partícula, eliminamos assím a outra opçón, faremos que desaparezca a figura de interferência. E, em efeito, quando se leva a cabo esta experiência, acender unha luz modifica os resultados da figura de interferência, para outra figura diferente. Ademais, podemos modificar a experiência empregando unha luz muito ténue de maneira que non todas as partículas interacionem com a luz. No referido caso, só podemos obter a informaçón sobre o caminho para um certo subconxunto de partículas. Desglosando os dactos das chegadas das partículas, segundo conhecamos ou non dita informaçón, achámos que os dactos do subconxunto para o qual non temos informaçón sobre o caminho, forman unha figura de interferência, em tanto que os dactos do subconxunto para os quais sím temos informaçón acerca do caminho das partículas, non mostrarám interferência. Ésta ideia, tem implicaçóns importantes para o nosso conceito de “passado”.

STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW

Deixar un comentario