Arquivos diarios: 10/11/2019

A PAZ DO POLVORÍN

Ignoro porque sonrrisa da fortuna, ó notário e a mím, nos levantarom os arrestos. Com dous soldados mais e um cabo, fomos destacados a unha casamata, a poucos kilómetros do quartel, considerada enclave militar. Aquel destino, parecía bélico, mas na realidade era um “chollo”, e nem sequer tinhamos que passar lista. Cada dia, às horas da comida, o que lhe tocara ía polo “rancho”, que era transportado em perólas e marmitas; daba as novidades ó sarxento de guarda pola manhám, e xá ninguém mais nos molestaba no transcurso do dia. A comida non era problema, pois entre os embrulhos que traíamos das escapadas à cidade, e o que mercábamos no bar Conchita, cada dia era um festín; nem comparar com a bazófia do quartel. Logo, de paisano, a fardar a Pucela, menos um ou dous que quedabam de “retén”, pois estaba prohibído abandonar o destacamento, por ser considerada zona de seguridade. Alí habería em tempos seguramente um polvorín, e agora só ficaba um galpóm com ninhos de cemento semí-derruídos pelos arredores. Mas, seguía sendo considerada como obxectivo militar, e “non había diós” que mudara isto. Nós sabíamos que non había nada que guardar, e nem facíamos guardas, nem sequer punhamos os correáxes, salvo para fazer exercícios de tiro, ou para sair à caza de algúm coelho ou lếbre, que às vezes se despistabam por aqueles “andurriáles”. Um dos soldados, puxo-se a cavar unha horta; quería prantar flores e hortalizas; mas quando chegou a inspeçón rutinária de cada semana, o sarxento que mandaba a patrulha dixo: que aquilo era unha mariconada, e que quem fazía mariconadas, era um maricón (pura lóxica deductiva), e non era cousa de explicar-lhe ao lóxico sarxento, a presença de unha “bragas” penduradas de um crávo. Bragas, que el non víu, ou non quixo ver, para dar maior validez à sua afirmaçón temerária. A história daquelas cuecas, era da noite anterior, na que o soldado cavador, trouxera unha fúrzia, que exercía o seu ofício com unha tristeza infinita. Non era feia nem bonita, mas o soldado passou-o muito bem com ela, e alentába-nos a fazer o mesmo. Mas, o decoro obrigou-nos “a passar”, o qual, non a puxo, nem mais triste nem mais alegre. Enquanto eles trebelhabam, os demais saímos a dar unha volta baixo um céu límpido e cheio de estrelas, que empezaba a brilhar xá com reflêxos de diamante. Deixei-lhes a minha litera, perto do chán, non fora a ocurrir que, com o traqueteio o armatroste se vinhera abaixo, e deram unha costelada desde arriba. Contudo, a cabalgada do impectuoso soldado, por pouco nos deixa sem cama.

JAVIER VILLÁN E DAVID OURO