Arquivos diarios: 18/10/2019

LITERATURA CASTELLANA (1)

Determinar os limites do que debe ser o campo dum libro désta natureza parece, à primeira vista um problema sinxélo. A Literatura Castelán está ligada à existência da língua, que foi o seu vehículo, e non pode falar-se com propriedade de aquela até que esta non se mostre constituída como unha entidade suficientemente diferenciada das demais, tanto das suas irmáns romances, como do latím, tronco comúm de todas. A apariçón do castellano, como resultado que é de um prolongado processo de evoluçón e desarrolho, non pode, consequentemente, situar-se num tempo preciso. Mas para fixar o limite inicial da sua literatura resultaba possíbel aterse a dados bem concretos: até datas muito recentes, a primeira obra conservada, escrita em romance castelhano, era o “Poema de Mio Cid”, pertencente ao século XII; e como seu instrumento linguístico, ainda muito imperfeito e rude, está xá formado com carácteres inequívocos, aquela obra e século que passarom a ser aceites como o início seguro da Literatura Castellana. Non obstante – segundo habemos de ver no seu lugar oportuno – descobrimentos recentes aportarom inesperadas mostras de unha elemental poesía lírica, escrita em formas muito primitivas do nosso romance, que fán retroceder em muitos anos os comezos aceitados da história literária. Os limites possíbeis encontram-se, pois, agora nunha insegura fluctuaçón. Novos achados podem fazế-los variar; mas ademais falamos de enfrentár-nos com manifestaçóns literárias compostas em romance tan pouco formadas aínda, que só por tratar-se do estado incipiente do que habería de ser o castelhano posterior, pode qualificar-se de castelán. A relaçón entre ambas é da mesma índole que a existente entre um recém nascido e o futuro home adulto, non é, pois, improcedente chamar literatura do castelán a toda aquela que se compom nos romances primitivos e balbuciantes; Aínda que há que renunciar xá por enteiro à precisa delimitaçón cronolóxica que supunha o comezar com unha obra da importância e significado do Mío Cid.

J. L. ALBORG