O NATURALISMO

Em 1883 aparece um libro firmado por Dª Emilia Pardo Bazán e titulado “La Cuestión Palpitante”. Esta questón é o friunfo do Naturalismo em França, com Zola à cabeza, e a opinión sobre o contido do volume, que non era senón unha recopìlaçón de artigos publicados em “La Época”, foi em xeral negativa. Poucos tinham entendido que surxía a polémica pola preocupaçón intelectual de unha mulher aberta ó mundo criador, e um dos poucos foi o prologuista do libro, Leopoldo Alas, “Clarín”. O Naturalismo que resume e analiza dona Emilia tinha nascido como consequência literária da doutrina positivista, que explica o home através de unha série de condicionantes – a raza, o ambiente, o momento – e que tem a Taine e a Darwin, entre outros, como mentores. O Naturalismo, com o seu determinismo radical, com o seu fatalismo, o seu vacío existencial, a consideraçón do home como um animal, mais rexido por leis fixas, polo instinto cego, a concupiscência, etc, conduciu a unha criaçón literária protagonizada por enfermos físicos, sociais ou mentais – tuberculosos, alcohólicos, prostitutas, loucos – , que flotam num ambiênte de miséria e repugnância e é descripta com um léxico que busca narrar os acontecimentos mais desagradáveis com unha técnica detalhada e morbosa. Isto é o que víu, mais ou menos, dona Emilia no naturalismo, e ós excessos que comenta opóm-se no seu libro, ainda que tamém relata os rasgos positivos da produçón de Zola, acerca dos quais mostra a sua admiraçón pondo em práctica, incluso, non poucos dos seus princípios estécticos. Dona Emilia, non nos esqueçamos, era cristán e acreditava no libre albedrío, e non podia em consequência, mostrar-se de acordo com o fatalismo e o determinismo dos Naturalistas. A produçón novelística de dona Emilia tinha começado quatro anos antes da publicaçón de “La Cuestión Palpitante” com unha extensa obra titulada “Pascual López”, autobiografia de um estudante de medicina, á que seguirá dous anos depois “Un viaje de novios” e em 1883 “La tribuna”, para muitos críticos unha das suas melhores novelas. La Tribuna, tem como escenário Marineda (topónimo literário da Corunha) e é um dos primeiros e mais significativos quadros da vida da clásse urbana trabalhadora. As novelas da Pardo Bazán mais lidas – e também das mais estimadas polos críticos – talvez sexám “Los Pazos de Ulloa” e a sua segunda parte, “La Madre Naturaleza”, obras de amores incestuosos, famílias aristocráticas xá sem papel social que cumprir, violência, clérigos pouco exemplares, amancebamentos e barbárie. “A aldeia, quando se cria um nela e non sai dela xamais, envilece, empobrece e embrutece”, lemos nos Pazos de Ulloa e, efectivamente, dona Emilia, que tanto amaba a Galiza, presenta-nos nestas obras um quadro da vida rural galega centrado na degradacón de unha clásse dominante e de uns campesinos e uns criados que están muito lonxe dos idílicos montanheses de Pereda, como cercanos dos protagonistas das Comédias Bárbaras, a Sonata de Outono ou as Divinas Palabras valleinclanescas.

RBA EDITORES, S.A. – BARCELONA

Deixar un comentario