
Sôbolos rios que vao,
por Babilónia m’achei
e sentado chorei.
(LUÍS DE CAMOES)
.
AVENTURAS GASTRONÓMICAS (2019)

……………Despois de sair de Guillade sobre as três da tarde de unha terça-feira qualquer, e non tendo mais obxectivo que romper a obstinada monotonia da minha prazenteira e ó mesmo tempo espartana existência, fui de longada até à estaçón de Campanhá (Porto). Daquí, tomei o Alfa-Pendular, que em três horas me porá no centro de Lisboa, como um boneco de corda preparado para andar léguas e léguas sem parar, mas para aguantar tudo isto, é necessária boa gasolina, e disso se trata este artigo gastronómico. Confesso, que sempre saio de Lisboa muito forte de rodas, eu diría que mesmo atlético.

……………A melhor, para todo tipo de introduçóns na vida de Lisboa, sería sem ningúm tipo de dúvidas a bellíssima Paula Moura Pinheiro. Mas, como ela non liga a pelintras, nem a velhos verdes, non nos queda mais remédio que fazer nós mesmos ésta sacrificada labor, com intençón de despertar unha saudábel invexa xunto dos nossos paisanos.

……………Aproveitamos também, para um brindis ao nosso querido Pomar epicuriano, que celébra os seus mil trescentos explêndidos artigos.

O Galito forma parte de uns quatro restaurantes, em que um pobre ainda pode disfrutar de certos vícios reservados á classe alta, e unha comida, que é pura aventura gastronómica. Terça-Feira à noite foi sopa de tomate com garoupa farpada/ perdíz estufada/ manga/ pudim caseiro.

Quarta feira também fomos ó Galito, e comemos canxa de perdíz/ ensopado de borrego/ manga e Fidalgo

No Sábado pola noite, de novo tornamos ó Galito para unha sopa de tomate com carne de algidar/ perdíz de escabeche/ manga e fidalgo.

.

A Adega da Tia Matilde, está em plena forma, a comida melhorou muito mesmo, o preço é modesto e a limpeza é exemplar, tal que se pode comer nos labados. A comida está muito bem feita, mesmo esmerada. Pedimos perdíz, non había; pedimos linguado frito com arroz de grelos, non había; logo filêtes de pescada com arroz de tomate, tampouco xá habia. Em fim, tivémos que comer sopa/ pataniscas com arroz de grelos/ arroz de pato no forno/ manga e folhado de mazán, tudo excelentemente cozinhado


Segunda-Feira voltei ao Tia Matilde, seduzido pela anterior comida, e tomei sopa de pato (que estaba um amor)/ filêtes de pescada com arroz de tomate/ e folhado de mazán.




.

……………Sexta-Feira, fomos ó Solar dos Presuntos, é difícil arranxar lugar, dada a massificaçón turistica, depois da nossa obstinada pertinácia conseguimos que inventaram um lugar no corredor. Boa sopa de lagosta

Bacalhau á portuguesa/ manga/ Abade de Priscos.


Vinho da Quinta da Pellada (Dao), estaba um pouco falto de espírito, non sabemos qual o motivo deste falho garrafal.



O Sacramento (Calçada do Sacramento- Chiado), é um âmplo e acolhedor local, ademais de económico. Tem um menú do día, limpo e saudábel, com o qual se come bem e por pouco dinheiro.

Fomos duas vezes, a primeira comemos unha ensalada de atum e verduras/ massada de garoupa (muito bem cozinhada) /abacaxí com lima ( as sobremessas som raquíticas, e non vale a pena pedílas).


A segunda vez, comim sopa de verduras e Bacalhau á Bráz, que estabam bastânte bem elaborados.


O Varanda de Lisboa é um dos restaurantes do Hotel Mundial, non é caro, a comida está bem elaborada, mas salvo o prato principal, em quantidades algo escássas. Outra cousa que non me gostou, foi que ó entrar habia mal cheiro na sala, despois descobrim que era o queixo dos entrantes.




Comemos sopa de peixe, boa mas pouca para o meu saque. Depois, Arroz de Bacalhau com berberechos e coêntros, que estaba verdadeiramente bem cozinhado. Somente tinha um falho, os berberechos eram demasiado pequenos para o meu gusto. A Creme Queimada non me gostou, non era feita recente, estaba fría e sabía algo a queixo.




O Trigueirinho é um restaurante económico muito popular, que fica no Torreiro do Trigo. É conveniente reservar mesa, senon vai haber que esperar um pouco. A comida era algo trapalheira, mas suficiente. De primeiro, sopa de verduras (algo escassa)/ garoupa grelhada/ e duas mûsses de manga unha e a outra de maracuxá (estaba melhor a de manga).



Há que mortificar o corpo com unha série de experiências, que ván da opulência à mais absolucta miséria humana. Partim para unha longa e enrrevessada caminhada, dessas que a mim me gustam para sentir Lisboa por dentro, e andar polo meio dos poucos portugueses que ainda ressistem barricados nas labirinticas ruas da cidade, caminho da Mexicana. Ésta pastelaria e restaurante, era um dos pontos de engate, nos quais o velhos verdes eram seducidos por estudantas astuctas, que abusabam sexualmente e non só, deles.

Miro ó meu redor, por encima do hombro, e ainda me parece ver por todas partes, raparigas golfas e pervertidas, e velhos inxénuos e inocentes, que serań irremediabelmente devorados.




O Largo de Sao Domingos, é unha praça muito frequêntada pela povoaçón africana de Lisboa, que aquí se concentra para falar das cousas da Terra, e confraternizar com os seus paisanos.

Aquí no Largo de Sao Domingos, foi o meu tio Camilo Argibay preso pela PIDE, quando se xuntou a unha manisfestaçón contra as Guerras Coloniais (pois tinha o seu filho na tropa em Macau nessa altura). Camilo Argibay, abusando da sua soberba oratória, acabou por atrair sobre sí a atençón das autoridades, o que o levou directamente as masmorras da polícia política. E das quais foi sacado imediatamente por unha das suas muitas admiradoras, que era unha alta funcionária do Estado portugês.

Se você anda necessitado, espiritualmente falando, aquí pode conseguir pócimas máxicas, estátuas de ninfas protectoras, rezos e conselhos que o podem levantar, ou talvêz fundir ainda mais na miséria.

Se alguém pensa que os velhos anarquísta xá forom todos exterminados, está completamente enganado, pois aquí está unha proba em plena Avenida Almirante Reis.

Os Pirus, está foi unha das mais emblemáticas casas de Lisboa, pertencía a vecinhos de Guilhade, e todo o mundo conhecia os famosos frangos assados no carbón e regados com molho de limón dos Pirus.


Como diría Ramiro do Pazo, tudo isto que ustedes miram é meu.

A Avenida da Liberdade, “Escavacarom, cavarom, furarom, e acabarom com a liberdade!”

O Ribadouro é unha cervexaría, que eu utilizo às tardes de caminhadas para descansar, acompanhado por uns camaroes de Espinho e unha imperial. Mas também se pode comer, pois tinha um Bacalhau à Brás com unha boa apariência.



O Atheneu de Lisboa, cuitado, xá está convertido nunha drogaría mais, e por muito que eu avise os meus vecinhos de Guillade, que non ponham um bar no Centro Cultural, non há maneira.

A ingrata labor de guardar os bens alheios, este pobre animal foi deixado aquí de noite pechado, e perante a solidón aproxima-se da porta para sentir a companhia dos viandantes.

Ésta é a Rúa do Poço dos Negros, xentes que dominabam o negócio da àgua, antes que chegaram os galegos a Lisboa.

O Hennessy, é um lugar para descansar das caminhadas longas, é tranquilo nas tardes, e pode-se levar unha namorada para falar.



Désta vez, três inglesas xá maduritas, aproveitarom-se de mim, pois, virom-me tocar ó timbre e colarom-se comigo para dentro.

Désta vez, intrometim-me nunha conversaçón de universitários brasileiros, xá bastante maduros e maduras, e bastante cultos por certo, que discutíam a situaçón no Brasil, cousa que é da mala educaçón e que non se debe fazer.

Este Pavilhao Chinês, e um lugar muito agradábel, e ainda conserva algo do seu encanto passado. Tome um Sombrero, pois evita encharcar-se de droga.



A Funerária Gil, xá cá non está o Gabino, aquel que lía libros na secretária, até que vinhera algúm cliente com os pés por diante, e invitaba os escritores a comer no Gambrinus.

O velho cupres do Principe Real, parece dar sinais de agotamento. Desta vez, vinhem passar importunamente pelo meio da grabaçón de um filme, e proboquei unha situaçón ridícula (digna do Senhor Carbalhal), pois confundim o rapaz que me avisaba com um “jinetero”. o qual foi digno de ver.

A Mari-Juana, está definitivamente integrada na sociedade de consumo, e perde todo o seu encanto de rebeldía.

Um alfaiáte para xente importante.


O Chafarís-del-Rei, aquí vinham os aguadeiros da cidade buscar água, e estabam os canos divididos por classes sociais, escrávos, negros, brancos, etc.

Fonte em Alfama, non sei se non será da famosa Àgua das Ratas.


O Café de Sao Bento, é um lugar chic enfrente do parlamento, realmente só entrei aquí unha vez para fisgonear.

A Lontra segue aí, non se sabe se está pechada ou non, o que foi unha autêntica balburdia de xentes e de razas, alerta agora que non se pode entrar com armas, drogas, ou malas intençóns.


O Xardim das Amoreiras, está intocado no seu estado passado, e conserva todo o moviliário antigo, incluso unha cabina de tipo inglês.


O Procópio, aquí afirmam as malas línguas que se forxou a revoluçón do vinticinco de Abril. agora parece pechado a cal e canto, para evitar confabulaçóns futuras.














